© Dr. Alessandro Loiola
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Um relatório emitido recentemente (2014) nos EUA pela SAMHSA (Substance Abuse and Mental Health Services Administration) mostrou que o número de atendimentos nas unidades de emergência devido uso excessivo de zolpidem, uma droga aprovada pelo FDA para o combate da insônia, praticamente dobrou durante os períodos de 2005-2006 e 2009-2010.
Em 2010, foram atendidas mais de 20.000 pessoas com efeitos colaterais potencialmente graves relacionado a este remédio - 68% eram mulheres. A associação de zolpidem com outras substâncias (como diazepam, analgésicos narcóticos e mesmo bebidas alcoólicas) potencializa absurdamente o efeito sedativo da medicação. Cerca de 26% dos pacientes atendidos terminaram necessitando internação em uma unidade de tratamento intensivo.
Graças à alta incidência de reações adversas, o órgão solicitou aos fabricantes que diminuíssem em 50% a dose recomendada para mulheres. Penso que seria prudente também usar o mesmo parâmetro para os homens.
Vários estudos mostram que 96% dos atendimentos de urgência envolvendo tentativa de suicídio em pacientes entre 45 e 64 anos de idade estão relacionados ao abuso de medicamentos (de venda livre ou controlados). Destes casos, 48% envolvem remédios para ansiedade e/ou para insônia.
Medicações contra insônia, ansiedade e depressão podem ser benéficos, mas devem ser empregados com bastante critério e de forma monitorada. Tanto médicos quanto pacientes devem discutir abertamente sobre os riscos e as reações adversas de qualquer medicação, procurando uma alternativa viável sempre que possível. A resposta para os problemas da vida NUNCA estarão em um comprimido escondido em um blíster ou uma pequena caixa de papel.
Um comentário:
Muito bom ler isso! Nunca tive insônia, mas conheço pessoas que sofrem com a mesma e os remédios são usados como se fossem a única alternativa, muitas vezes. Concordo com o Sr, quem pensa que a resposta está nos comprimidos está completamente enganado.Vou passar essa matéria pra uma amiga, acho que ela precisa ler isso. Bye!
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