© Alessandro Loiola
Viva como se viver fosse uma sentença de morte e você não tivesse opções, mas apenas poucos segundos e nenhum anjo para lhe salvar do destino que se aproxima trazendo consigo a extinção inclemente. Como se seu sangue estivesse se esvaindo em horas, como se o amor fosse uma sentença furiosa, como se cada pessoa fosse um encontro dourado e cada dia, uma descoberta que nunca, nunca, irá se repetir.
Viva com ganâncias abstratas e sonhos realizáveis, construa dias vertiginosos, derrube muros, ponha abaixo as paredes, cante as músicas, dance, perca-se, abandone-se. Entenda: somos feitos de "carpe diem" e "memento mori", este aviso está escrito em suas células, nos telômeros dos seus genes.
Fuja da rotina com os olhos de quem nunca viu o mundo antes, nade para o horizonte, levante-se e escale a porra da montanha, respire o ar da tempestade e misture-se sem medo com a chuva e os ventos e os trovões. Vá fundo e transpire cada emoção - TODAS elas. E então de novo e de novo.
Viva a aventura de viver até que não sobre uma mísera gota sequer, pois essa deveria ser a única filosofia, o único regime político, a única lição das escolas, a única religião moralmente aceita em qualquer parte. Ainda há tempo.
Um comentário:
Excelente ótica. Foi um prazer inenarrável conhecê-lo. Obrigada
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