© Alessandro Loiola
Um amigo querido me pede para conferir no Face o depoimento de uma conhecida que vem enfrentando dificuldades "por causa do lulopetismo".
- É disso que eu falo - ele alerta. - Histórias assim estão se repetindo em toda parte!
Hum... sei.
Me formei em medicina em 1997 e de lá pra cá já morei em 12 cidades diferentes - quantos presidentes passaram desde então mesmo?
Nessas décadas, ciganeei em busca de novos campos, novas oportunidades, novos melhores lugares na sombra e água fresca. Algumas vezes consegui, outras nem tanto. Fiz 4 anos de residência em cirurgia geral e hoje trabalho com PSF - nada a ver com a minha área de origem. Aprendi com Darwin no balanço do Beagle: a adaptação resiliente é o segredo da sobrevivência. Lamentar-se exaure forças e facilita a extinção.
Assumir dívidas, estabelecer seu padrão de vida em patamares escravizantes de renda, optar por vínculos trabalhistas ruins, acomodar-se e não elaborar planos alternativos, não fazer um fundo reserva para a época de vacas magras, isso tem nada a ver com prefeitos, vereadores, deputados, senadores, governadores ou presidentes.
Assumir a responsabilidade pelas próprias escolhas é EXATAMENTE o que esperamos dos governos - e DEVERIA ser uma filosofia íntima inegociável para absolutamente cada um de nós.
A hora em que pararmos de reproduzir no plano micro de nossas vidas os erros que apontamos no plano macro da nossa sociedade, é NESSA hora que o milagre irá acontecer. Qualquer coisa antes disso é pura comiseração infantil.
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