Recentemente, fontes ligadas ao presidente eleito ventilaram que Bolsonaro pretende reduzir o número de Ministérios mais ou menos 15. Já não era sem tempo.
Desde fevereiro de 2018, o Brasil conta com 23 ministérios, duas secretarias (Secretaria de Governo e Secretaria-Geral) e quatro órgãos equivalentes a ministérios (Advocacia Geral da União, Banco Central, Casa Civil e Gabinete de Segurança Institucional).
Dos Ministérios propriamente ditos, temos atualmente: Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Cidades; Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Cultura; Defesa; Desenvolvimento Social; Direitos Humanos; Educação; Esporte; Fazenda; Indústria, Comércio Exterior e Serviços; Integração Nacional; Justiça; Meio Ambiente; Minas e Energia; Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; Relações Exteriores; Saúde; Segurança Pública; Trabalho; Transparência, Fiscalização e CGU; Transportes, Portos e Aviação Civil; e Turismo.
Muitos Ministérios apresentam atuações sobrepostas ou à sombra de outros. Uma reforma certamente seria bem vinda – e ela irá ocorrer, conforme anunciado.
Alguns países podem oferecer bons exemplos sobre como os Ministérios poderiam ser organizados com um foco na Ordem e no Progresso.
A Suécia (10 milhões de habitantes) possui 12 Ministérios: Agricultura; Cultura; Defesa; Educação e Pesquisa; Emprego; Empreendedorismo, Energia e Comunicação; Meio Ambiente; Finanças; Relações Exteriores; Saúde e Serviço Social; Integração e Igualdade de Gênero, e Justiça.
A Finlândia (5 milhões de habitantes) possui 11 Ministérios: Relações Exteriores; Justiça; Interior; Defesa; Finanças; Educação e Cultura; Agricultura e Florestas; Transporte e Comunicações; Economia e Emprego; Saúde e Assistência Social, e Meio Ambiente.
Os EUA (328 milhões de habitantes) possuem 15 Gabinetes Executivos – equivalentes aos nossos Ministérios -, divididos em: Tesouro; Justiça; Interior; Agricultura; Comércio; Trabalho; Defesa; Saúde e Assistência Social; Desenvolvimento Urbano; Transporte; Energia; Educação; Veteranos de Guerra, e Segurança Interna.
A Austrália (25 milhões de habitantes), famosa tanto por seus coalas e praias quanto por sua extensa e elaborada burocracia, possui 29 Ministérios: Assuntos Indígenas; Infraestrutura, Transporte e Desenvolvimento Regional; Esporte; Governo Local e Descentralização; Tesouro; Finanças e Serviços Públicos; Defesa; Indústria de Defesa; Relações Exteriores; Comércio, Turismo e Investimento; Assuntos Internos; Comunicações; Artes; Mulheres; Emprego e Relações com a Indústria; Pequenas Empresas, Capacitação e Educação Vocacional; Recursos e Nordeste da Austrália; Indústria, Ciência e Tecnologia; Educação; Saúde; Famílias e Serviço Social; Agricultura e Recursos Hídricos; Meio Ambiente; Energia; Cidades, População e Infraestrutura Urbana; Veteranos de Guerra; Imigração, Cidadania e Assuntos Multiculturais; Idosos; Assistência Social; e Transformação Digital.
Minha aposta seria manter uma base geral com 14 ministérios, distribuídos em:
1. ECONOMIA: seria o Ministério com Super-Poderes do Paulo Guedes.
2. DEFESA
3. RELAÇÕES EXTERIORES
4. TRABALHO
5. JUSTIÇA: tornaria a Controladoria Geral da União (ou CGU, órgão do Governo Federal responsável pela defesa do patrimônio público, transparência e combate à corrupção) uma pasta dentro do Ministério da Justiça.
6. AGRICULTURA, FLORESTAS & RECURSOS HÍDRICOS: envolveria Agricultura, Pecuária e – com o perdão do trocadilho – 50% do Meio Ambiente.
7. ENERGIA: envolveria Minas e ficaria com os outros 50% do Meio Ambiente. Uma secretaria de Ciência & Tecnologia dentro desta pasta seria bem vinda.
8. CIÊNCIA & TECNOLOGIA: envolveria Inovações e Comunicações
9. EDUCAÇÃO: fagocitaria o Ministério da Cultura e talvez o ministério dos Esportes. Uma secretaria de Indústria & Serviços dentro desta pasta seria bem vinda para facilitar o diálogo entre a realidade do mercado de trabalho e o mundo acadêmico.
10. INDÚSTRIA & COMÉRCIO: engoliria o ministério do Turismo e incluiria ações sobre Serviços. Uma secretaria de Educação seria bem vinda dentro deste ministério para completar a ponte com os programas curriculares de nossas escolas e universidades.
11. PLANEJAMENTO & DESENVOLVIMENTO: engoliria Transportes, Portos, Aviação Civil, Transparência e Fiscalização.
12. SAÚDE: dependendo das intenções do novo governo, se a pasta Esportes não couber dentro de Educação, poderia ir para Saúde.
13. SEGURANÇA PÚBLICA: fagocitaria o Ministério dos Direitos Humanos, tornando-o uma pasta dentro da Segurança. Se quiser muito, pode adicionar uma secretaria de Direitos Humanos dentro do Ministério da Justiça, para dinamizar o diálogo entre as duas pastas.
14. INTEGRAÇÃO NACIONAL: fagocitaria os ministérios Cidades e Desenvolvimento Social. Este seria o Ministério “menina dos olhos” para retirar o Nordeste da servidão assistencialista que o petismo o enfiou durante quase duas décadas. Uma secretaria de Planejamento & Desenvolvimento e outra de Ciência & Tecnologia seria bem vinda dentro desta pasta para dinamizar seu diálogo horizontal e otimizar a tomada de decisões rumo à prosperidade.
Uma escalação assim certamente tornaria as reuniões mais fáceis e produtivas, e o estabelecimento de secretarias interministeriais estratégicas seria sensacional para evitar o isolamento de pastas com meios e finalidades interdependentes.
Enfim, mais dois meses e o Mistério dos Ministérios será revelado.
E você? Qual seria a sua aposta e como escalaria a disposição do time?
30 outubro 2018
22 outubro 2018
“AH, MAS A ESQUERDA DEFENDE A COMUNIDADE LGBT!”
É mesmo? Jura? Sei...
Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), fundado em 1980 e o único no país a reunir as estatísticas de homicídios contra homossexuais, os registros consolidados entre 1980 a 2000 mostravam uma média anual de 91 homicídios de homossexuais.
De 2002 a 2017, durante o reinado do criminoso Lula e seus asseclas, esta média subiu para 230 vidas ceifadas por ano.
Ou seja: durante os anos tenebrosos da sombra da Esquerda, os homicídios contra homossexuais AUMENTARAM nada menos que 252%.
Em uma entrevista concedida em 2012, o responsável pelo relatório do GGB, o Prof. Luiz Mott, antropólogo da Universidade Federal da Bahia e fundador do grupo, afirmou que:
“A subnotificação destes crimes é notória, indicando que tais números representam apenas a ponta de um iceberg de crueldade e sangue. Como o Governo Federal se recusa construir um banco de dados sobre crimes de ódio contra homossexuais, baseamos tal relatório em notícias de jornal e internet, que com certeza está longe de cobrir a totalidade desses sinistros”.
Então, quando leio que o plano de governo do PT para as eleições presidenciais de 2018 “propõe políticas de enfrentamento à violência e ao preconceito e a criminalização da LGBTIfobia”, só posso pensar que esses caras não são apenas hipócritas: eles são MAQUIAVÉLICOS.
Basta consultar os dados estatísticos para ver que esta facção criminosa travestida de partido político, enquanto ocupou a Presidência da República, aumentou em 252% da taxa nacional de homicídios por homofobia.
Mas essa mesma facção criminosa tem a pachorra de afirmar que “brasileiras e brasileiros LGBTI+ tiveram um motivo extra para se orgulhar quando, em 2008, foi realizada a Primeira Conferência Nacional LGBT”.
Sério? Em 2008, 1 homossexual foi assassinado a cada 2 dias debaixo das barbas orgulhosas do PT, fechando o período com 187 homicídios. Em 2009, o “motivo extra para se orgulhar” resultaria em outros 198 assassinatos. Que grande “motivo extra para se orgulhar”.
De que adianta realizar conferências nacionais? Para tirar fotos de futuros cadáveres e conquistar o voto dos sobreviventes que não percebem como estão sendo manipulados?
E ainda tem gente dizendo que o Bolsonaro é que é o “homofóbico”.
Se entendessem pelo menos a matemática do Ensino Básico e tivessem qualquer apreço às EVIDÊNCIAS – e não aos seus preconceitos e às suas crenças infundadas -, essas pessoas perceberiam que o viés “fascista homofóbico” nunca esteve do lado do Bolsonaro, mas do lado da Esquerda.
É da Esquerda a responsabilidade pelo sangue da comunidade LGBT derramado nos últimos 15 anos. Foram eles que ocuparam o governo deste país durante todo este tempo – e nada fizeram a respeito do massacre de milhares de brasileiros.
Se a Esquerda tivesse qualquer traço de integridade, humildade ou honestidade, assumiria a responsabilidade pelos homicídios por homofobia que ocorreram SOB SEU GOVERNO, ao invés de tentar empurrar a conta de sua incompetência cruel para a única pessoa sensata e corajosa que se dispôs a corrigir a tragédia imensa que os apoiadores do Petismo fizeram com este país.
Por tudo isso, se você pertence à comunidade LGBT, tenho uma dica que merece sua atenção: dia 28, dê um basta na Era da Falsidade Vermelha.
Dia 28, vote pelo verde e amarelo, vote pela Justiça, pelo Bom Senso. Vote pela Ordem e pelo Progresso. Se tiver um mínimo de lucidez e inteligência, perceberá de que lado todos estes estão.
_______
Fontes dos dados consultados para esta postagem:
- https://oglobo.globo.com/brasil/eleicoes-2010/numero-de-assassinatos-de-gays-no-pais-cresceu-62-desde-2007-mas-tema-fica-fora-da-campanha-4984070
- http://www.ggb.org.br/assassinatos%20de%20homossexuais%20no%20brasil%202011%20GGB.html
- http://www.dhnet.org.br/dados/livros/dht/br/mott_homofob/ii_assassinatohomosexual.htm
- http://www.observatoriodeseguranca.org/dados/debate/viol%C3%AAncia/homofobia
- https://oglobo.globo.com/sociedade/assassinatos-de-lgbt-crescem-30-entre-2016-2017-segundo-relatorio-22295785
- http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-01/levantamento-aponta-recorde-de-mortes-por-homofobia-no-brasil-em
- http://www.pt.org.br/plano-de-governo-do-pt-defende-direitos-lgbti/
Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), fundado em 1980 e o único no país a reunir as estatísticas de homicídios contra homossexuais, os registros consolidados entre 1980 a 2000 mostravam uma média anual de 91 homicídios de homossexuais.
De 2002 a 2017, durante o reinado do criminoso Lula e seus asseclas, esta média subiu para 230 vidas ceifadas por ano.
Ou seja: durante os anos tenebrosos da sombra da Esquerda, os homicídios contra homossexuais AUMENTARAM nada menos que 252%.
Em uma entrevista concedida em 2012, o responsável pelo relatório do GGB, o Prof. Luiz Mott, antropólogo da Universidade Federal da Bahia e fundador do grupo, afirmou que:
“A subnotificação destes crimes é notória, indicando que tais números representam apenas a ponta de um iceberg de crueldade e sangue. Como o Governo Federal se recusa construir um banco de dados sobre crimes de ódio contra homossexuais, baseamos tal relatório em notícias de jornal e internet, que com certeza está longe de cobrir a totalidade desses sinistros”.
Então, quando leio que o plano de governo do PT para as eleições presidenciais de 2018 “propõe políticas de enfrentamento à violência e ao preconceito e a criminalização da LGBTIfobia”, só posso pensar que esses caras não são apenas hipócritas: eles são MAQUIAVÉLICOS.
Basta consultar os dados estatísticos para ver que esta facção criminosa travestida de partido político, enquanto ocupou a Presidência da República, aumentou em 252% da taxa nacional de homicídios por homofobia.
Mas essa mesma facção criminosa tem a pachorra de afirmar que “brasileiras e brasileiros LGBTI+ tiveram um motivo extra para se orgulhar quando, em 2008, foi realizada a Primeira Conferência Nacional LGBT”.
Sério? Em 2008, 1 homossexual foi assassinado a cada 2 dias debaixo das barbas orgulhosas do PT, fechando o período com 187 homicídios. Em 2009, o “motivo extra para se orgulhar” resultaria em outros 198 assassinatos. Que grande “motivo extra para se orgulhar”.
De que adianta realizar conferências nacionais? Para tirar fotos de futuros cadáveres e conquistar o voto dos sobreviventes que não percebem como estão sendo manipulados?
E ainda tem gente dizendo que o Bolsonaro é que é o “homofóbico”.
Se entendessem pelo menos a matemática do Ensino Básico e tivessem qualquer apreço às EVIDÊNCIAS – e não aos seus preconceitos e às suas crenças infundadas -, essas pessoas perceberiam que o viés “fascista homofóbico” nunca esteve do lado do Bolsonaro, mas do lado da Esquerda.
É da Esquerda a responsabilidade pelo sangue da comunidade LGBT derramado nos últimos 15 anos. Foram eles que ocuparam o governo deste país durante todo este tempo – e nada fizeram a respeito do massacre de milhares de brasileiros.
Se a Esquerda tivesse qualquer traço de integridade, humildade ou honestidade, assumiria a responsabilidade pelos homicídios por homofobia que ocorreram SOB SEU GOVERNO, ao invés de tentar empurrar a conta de sua incompetência cruel para a única pessoa sensata e corajosa que se dispôs a corrigir a tragédia imensa que os apoiadores do Petismo fizeram com este país.
Por tudo isso, se você pertence à comunidade LGBT, tenho uma dica que merece sua atenção: dia 28, dê um basta na Era da Falsidade Vermelha.
Dia 28, vote pelo verde e amarelo, vote pela Justiça, pelo Bom Senso. Vote pela Ordem e pelo Progresso. Se tiver um mínimo de lucidez e inteligência, perceberá de que lado todos estes estão.
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Fontes dos dados consultados para esta postagem:
- https://oglobo.globo.com/brasil/eleicoes-2010/numero-de-assassinatos-de-gays-no-pais-cresceu-62-desde-2007-mas-tema-fica-fora-da-campanha-4984070
- http://www.ggb.org.br/assassinatos%20de%20homossexuais%20no%20brasil%202011%20GGB.html
- http://www.dhnet.org.br/dados/livros/dht/br/mott_homofob/ii_assassinatohomosexual.htm
- http://www.observatoriodeseguranca.org/dados/debate/viol%C3%AAncia/homofobia
- https://oglobo.globo.com/sociedade/assassinatos-de-lgbt-crescem-30-entre-2016-2017-segundo-relatorio-22295785
- http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-01/levantamento-aponta-recorde-de-mortes-por-homofobia-no-brasil-em
- http://www.pt.org.br/plano-de-governo-do-pt-defende-direitos-lgbti/
21 outubro 2018
"AH, SE BOLSONARO FOR ELEITO O DESEMPREGO IRÁ AUMENTAR"
Em 1989, no final do Governo Sarney, a taxa de desemprego equivalia a 4,6% da População Economicamente Ativa (PEA).
Em 1991, no meio do governo Collor, a taxa atingiu 7,2% e não parou mais de subir, alcançando 12,2% da PEA ao final do Governo FHC, em 2002.
Milagrosamente, com o início do governo Lula em 2003, as taxas foram diminuindo como se estivéssemos passando por uma extraordinária explosão de desenvolvimento econômico: saiu da herança de 12,2% de FHC e caiu para 9,8% em 2004; para 7,9% em 2007; e então para maravilhosos 6,8% da PEA em 2010.
Puxa, que gênio desenvolvimentista o molusco, hein?
Hum, nem tanto.
O fato é que entre 1983 e 2002, o IBGE utilizava uma determinada metodologia para calcular a taxa de desemprego. Com a subida de Lula ao poder, os caras por lá decidiram mudar a mobília e fizeram umas alteraçõesinhas no cálculo.
Por exemplo: até 2002, quem desempenhasse 15h ou mais de atividade NÃO-REMUNERADA por semana, era considerado Empregado. De repente, essa atividade era trocada por bens ou outros serviços e esse cidadão, para o IBGE, era considerado empregado.
Com o início do primeiro mandato presidencial do criminoso preso Lula, esta linha de corte passou para 1h de trabalho NÃO-REMUNERADO por semana. Ou seja: para o IBGE, o cara que passa mais ou menos 8 minutos por dia cortando grama ou lavando carros para receber uma cesta básica ou em troca de uns goles de pinga, é considerado EMPREGADO segundo o IBGE.
Através da nova metodologia lulística, um malabarista de semáforo que ganha uns trocados também passou a ser considerado EMPREGADO, por exemplo.
E mais: um sujeito que está procurando emprego há 6 meses e não encontrou, ele não é um "desempregado", mas um DESALENTADO - e não participará dos cálculos do IBGE para as taxas de desemprego.
Pessoas que não estavam trabalhando na semana da pesquisa mas que trabalharam em algum momento dos 358 dias anteriores à pesquisa e que estavam dispostas a trabalhar, também são deletadas do cálculo da taxa.
Pessoas que têm qualquer rendimento por meio de bicos, ainda que estes rendimentos sejam inferiores ao salário mínimo, também passaram a ser excluídas do cálculo da taxa de desemprego feito pelo IBGE.
E foi assim, construindo narrativas fantasiosas em cima de mudanças maliciosas no método de cálculo, que o Petismo conseguiu produzir o discurso mentiroso de "pleno emprego".
Se você realmente quiser fazer uma projeção realista sobre o desemprego em massa causado pelo petismo, considere que:
1) Em 1998, éramos 170 milhões de brasileiros e 6,6 milhões de desempregados
2) Em 2018, somos 208 milhões de brasileiros e 14,2 milhões de desempregados.
3) OU SEJA: enquanto a população aumentou 22% nos últimos 20 anos, o número de desempregados aumentou 115%!
Guardadas todas as devidas proporções, temos hoje CINCO VEZES MAIS PESSOAS DESEMPREGADAS que antes de sermos acometidos pelo pesadelo da Era Petista.
Os números produzidos até aqui pela Esquerda não são apenas falaciosos: são uma propaganda partidária ostensiva e imoral, uma manipulação terrorista da Verdade para manter um "plano egocêntrico de poder" às custas do sofrimento real de todo um povo.
Se eu fosse da equipe do Bolsonaro, uma de minhas 10 primeiras medidas seria designar uma Força-Tarefa para passar um pente fino na metodologia do IBGE, recalculando os indicadores estratégicos para o nosso desenvolvimento com base na REALIDADE. Seria no mínimo curioso ver a multidão de esqueletos que sairiam do armário esquerdista.
14 outubro 2018
THOREAU, TIC TIC E O NIILISMO HEDONISTA PÓS-MODERNO
Um amigo compartilhou um vídeo onde um "filósofo" urbano, cheio de inspirações de puro niilismo hedonista típicas da pós-modernidade, diz que deveríamos abdicar de procurar vitórias ou conquistas, pois quem ganha "magoa os derrotados". Segundo o "filósofo", ele abandonou a "competição" do mundo para viajar em busca de um "sentido para a vida".
Me pergunto:
1) A Seleção Natural Darwiniana produziu a linhagem que resultou nos animais que nós somos. Como ela opera?
2) Pessoas que inventaram câmeras fotográficas, chips e programas de computador, por exemplo, e que permitiram que o registro do "filósofo" fosse gravado e divulgado, trabalhavam para vencer ou perder com suas ideias?
3) Se TODOS abdicassem da luta por uma vitória com receio de "magoar os derrotados", o mundo seria um lugar melhor e mais próspero?
O fato é que a vida não carece de um propósito: ela É o propósito em si.
Procurar outro sentido na vida é como um peixe cavar um poço no oceano para não morrer de sede.
E a "vitória na vida" está em realizar o máximo de seu potencial sem lesar fisicamente outras pessoas ou a propriedade de terceiros. Apenas cuide de colocar sua mira bem alto - como recomendou Thoreau.
Lembre-se da lição de Tic'Tic na película "10.000 a.C.".
No filme, lançado em 2008, há uma cena notável onde o experiente guerreiro Tic'Tic conversa com o jovem rebelde D'Leh.
Diz Tic'Tic:
"Um Bom Homem traça um círculo em torno de si e cuida daqueles que estão dentro - sua mulher, seus filhos. Outros traçam um círculo maior e trazem seus irmãos e suas irmãs. Mas alguns aceitam um destino maior: eles traçam em torno de si um círculo que inclui muitas, muitas outras pessoas".
Nossos antepassados foram alguns destes Homens e cabe apenas a você decidir qual tipo de Homem você será. Faça disto o seu propósito, e sua vida já terá sido uma vitória monumental.
Me pergunto:
1) A Seleção Natural Darwiniana produziu a linhagem que resultou nos animais que nós somos. Como ela opera?
2) Pessoas que inventaram câmeras fotográficas, chips e programas de computador, por exemplo, e que permitiram que o registro do "filósofo" fosse gravado e divulgado, trabalhavam para vencer ou perder com suas ideias?
3) Se TODOS abdicassem da luta por uma vitória com receio de "magoar os derrotados", o mundo seria um lugar melhor e mais próspero?
O fato é que a vida não carece de um propósito: ela É o propósito em si.
Procurar outro sentido na vida é como um peixe cavar um poço no oceano para não morrer de sede.
E a "vitória na vida" está em realizar o máximo de seu potencial sem lesar fisicamente outras pessoas ou a propriedade de terceiros. Apenas cuide de colocar sua mira bem alto - como recomendou Thoreau.
Lembre-se da lição de Tic'Tic na película "10.000 a.C.".
No filme, lançado em 2008, há uma cena notável onde o experiente guerreiro Tic'Tic conversa com o jovem rebelde D'Leh.
Diz Tic'Tic:
"Um Bom Homem traça um círculo em torno de si e cuida daqueles que estão dentro - sua mulher, seus filhos. Outros traçam um círculo maior e trazem seus irmãos e suas irmãs. Mas alguns aceitam um destino maior: eles traçam em torno de si um círculo que inclui muitas, muitas outras pessoas".
Nossos antepassados foram alguns destes Homens e cabe apenas a você decidir qual tipo de Homem você será. Faça disto o seu propósito, e sua vida já terá sido uma vitória monumental.
12 outubro 2018
A DEONTOLOGIA DO ESTADO, A MALUQUICE DO AUXÍLIO-RECLUSÃO E O CANDIDATO ESFAQUEADO
Quando um Estado faz escolhas ruins e pessoas inocentes morrem, a quem devemos imputar Moralmente a culpa? Por exemplo: se o Estado decide que o limite de velocidade em uma determinada rodovia pode ser elevado de 80 km/h para 120 km/h, e isso resulta em um aumento de 5% do número de mortes por acidentes automobilísticos no local, o Estado poderia ser acionado judicialmente por isso?
Outro exemplo: durante uma discussão em um presídio, um dos condenados assassina outro. Uma vez que estas pessoas estavam em uma instituição sob a guarda do Estado, e só foram colocadas ali por terem violado regras determinadas pelo Estado – e não exatamente por elas –, o Estado poderia ser responsabilizado por esta morte?
Suponha agora que o Estado permita que um homicida progrida para uma pena condicional e, durante seu período de semi-liberdade, ele assassine alguém.
Nestes três casos, como agente Moral, o Estado deve ser considerado negligente ou omisso? Se positivo, e caso o Estado seja processado e condenado, como ele pagará por isso? Ressarcindo financeiramente as vítimas ou seus parentes? Mas isso significaria que tanto pessoas que concordam quanto aquelas que não concordam com as práticas do Estado seriam penalizadas na destinação dos recursos dos impostos recolhidos. Deontologicamente, isso é justo?
Alguns defendem que é um absurdo aplicar a ética Deontológica ao Estado, mas, ainda assim, ela é aplicada (1,2). Por exemplo: no Brasil, temos o Auxílio-Reclusão, um benefício previdenciário ao qual têm direito familiares de cidadão contribuinte que se encontra preso.
Segundo Maíra Cardoso Zapater, Doutora em Direitos Humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e especialista em Direito Penal, o princípio condutor do auxílio é o da proteção à família, uma vez que, estando o cidadão preso e impedido de trabalhar, a família não pode também ser punida, deixando de receber o benefício para o qual contribuiu a pessoa que se encontra momentaneamente encarcerada (3).
Digamos então que o homicida em liberdade condicional do exemplo acima assassinou o dono de uma loja durante uma tentativa de assalto. O dono da loja faz parte da estatística dos mais de 60 mil homicídios que ocorrem no Brasil a cada ano e o homicida recorrente, por meio do fruto de seus crimes ou através de seu emprego primário, era um contribuinte do INSS. O sujeito é preso e, durante seu período de reclusão, sua família – que até então usufruía livremente dos benefícios de seus roubos – receberá um auxílio derivado do INSS.
O auxílio será pago com orçamento da Previdência Social e o cálculo do valor a ser repassado será feito proporcionalmente aos anos em que o assassino trabalhou sob o Regime Previdenciário Geral. Todavia, a base de financiamento da Previdência vem das contribuições dos filiados ao INSS, o que abarca uma multiplicidade de fontes, incluindo trabalhadores, empregadores, aposentados e governo, em suas várias esferas. Em outras palavras: o recurso repassado não sairá diretamente da conta do homicida.
Quem pagará o auxilio serão os contribuintes do INSS, através de seus tributos, e todos nós, que recolhemos o imposto ao INSS – incluindo a família do logista assassinado, que segue recolhendo regularmente os impostos de seus funcionários (dentre eles, o INSS) -, estaremos financiando o bem estar da família do assassino que, em geral, tornou-se latrocida não por coerção, mas voluntariamente e pelas vantagens que esta atividade lhe proporcionava.
Deontologicamente, no Auxílio-Reclusão, o Estado assume seu papel de agente Moral, porém penaliza duplamente a família da vítima de homicídio. Primeiro, pela negligência em prover-lhe segurança. Segundo, ao utilizar seus impostos para ressarcir a família de um criminoso. É preciso ser um Utilitarista profundamente convicto – ou apenas muito maluco – para pensar que existe algum tipo de justiça nesse modo de agir.
Não obstante, se você não sofre de loucura e acha que este sistema deveria ser revisto, vou lhe dar uma notícia: adivinha qual candidato à Presidência da República se posicionou veementemente CONTRA a Deontologia invertida e perversa do Auxílio-Reclusão? (4)
______
Referências:
1. Sunstein CR, Vermeule A. Is Capital Punishment Morally Required? - Acts, Omissions, and Life-Life Tradeoffs Ethics and Empirics of Capital Punishment. Stanford Law Review, 2005; 58:703-750.
2. Scheffler S. Doing and Allowing. Ethics, Jan 2004; 114(2):215-239.
3. Zapater MC, Roque MRF. Auxílio-reclusão: mitos e verdades sobre “a bolsa-bandido”, 19/09/2014. - Acessado em https://ponte.org/auxilio-reclusao-mitos-e-verdades-sobre-a-bolsa-bandido/
4. O CANDIDATO que luta CONTRA a imoralidade do Auxílio-Reclusão: http://jairbolsonaro2018.com.br/auxilio-reclusao-um-estimulo-ao-crime/
Outro exemplo: durante uma discussão em um presídio, um dos condenados assassina outro. Uma vez que estas pessoas estavam em uma instituição sob a guarda do Estado, e só foram colocadas ali por terem violado regras determinadas pelo Estado – e não exatamente por elas –, o Estado poderia ser responsabilizado por esta morte?
Suponha agora que o Estado permita que um homicida progrida para uma pena condicional e, durante seu período de semi-liberdade, ele assassine alguém.
Nestes três casos, como agente Moral, o Estado deve ser considerado negligente ou omisso? Se positivo, e caso o Estado seja processado e condenado, como ele pagará por isso? Ressarcindo financeiramente as vítimas ou seus parentes? Mas isso significaria que tanto pessoas que concordam quanto aquelas que não concordam com as práticas do Estado seriam penalizadas na destinação dos recursos dos impostos recolhidos. Deontologicamente, isso é justo?
Alguns defendem que é um absurdo aplicar a ética Deontológica ao Estado, mas, ainda assim, ela é aplicada (1,2). Por exemplo: no Brasil, temos o Auxílio-Reclusão, um benefício previdenciário ao qual têm direito familiares de cidadão contribuinte que se encontra preso.
Segundo Maíra Cardoso Zapater, Doutora em Direitos Humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e especialista em Direito Penal, o princípio condutor do auxílio é o da proteção à família, uma vez que, estando o cidadão preso e impedido de trabalhar, a família não pode também ser punida, deixando de receber o benefício para o qual contribuiu a pessoa que se encontra momentaneamente encarcerada (3).
Digamos então que o homicida em liberdade condicional do exemplo acima assassinou o dono de uma loja durante uma tentativa de assalto. O dono da loja faz parte da estatística dos mais de 60 mil homicídios que ocorrem no Brasil a cada ano e o homicida recorrente, por meio do fruto de seus crimes ou através de seu emprego primário, era um contribuinte do INSS. O sujeito é preso e, durante seu período de reclusão, sua família – que até então usufruía livremente dos benefícios de seus roubos – receberá um auxílio derivado do INSS.
O auxílio será pago com orçamento da Previdência Social e o cálculo do valor a ser repassado será feito proporcionalmente aos anos em que o assassino trabalhou sob o Regime Previdenciário Geral. Todavia, a base de financiamento da Previdência vem das contribuições dos filiados ao INSS, o que abarca uma multiplicidade de fontes, incluindo trabalhadores, empregadores, aposentados e governo, em suas várias esferas. Em outras palavras: o recurso repassado não sairá diretamente da conta do homicida.
Quem pagará o auxilio serão os contribuintes do INSS, através de seus tributos, e todos nós, que recolhemos o imposto ao INSS – incluindo a família do logista assassinado, que segue recolhendo regularmente os impostos de seus funcionários (dentre eles, o INSS) -, estaremos financiando o bem estar da família do assassino que, em geral, tornou-se latrocida não por coerção, mas voluntariamente e pelas vantagens que esta atividade lhe proporcionava.
Deontologicamente, no Auxílio-Reclusão, o Estado assume seu papel de agente Moral, porém penaliza duplamente a família da vítima de homicídio. Primeiro, pela negligência em prover-lhe segurança. Segundo, ao utilizar seus impostos para ressarcir a família de um criminoso. É preciso ser um Utilitarista profundamente convicto – ou apenas muito maluco – para pensar que existe algum tipo de justiça nesse modo de agir.
Não obstante, se você não sofre de loucura e acha que este sistema deveria ser revisto, vou lhe dar uma notícia: adivinha qual candidato à Presidência da República se posicionou veementemente CONTRA a Deontologia invertida e perversa do Auxílio-Reclusão? (4)
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Referências:
1. Sunstein CR, Vermeule A. Is Capital Punishment Morally Required? - Acts, Omissions, and Life-Life Tradeoffs Ethics and Empirics of Capital Punishment. Stanford Law Review, 2005; 58:703-750.
2. Scheffler S. Doing and Allowing. Ethics, Jan 2004; 114(2):215-239.
3. Zapater MC, Roque MRF. Auxílio-reclusão: mitos e verdades sobre “a bolsa-bandido”, 19/09/2014. - Acessado em https://ponte.org/auxilio-reclusao-mitos-e-verdades-sobre-a-bolsa-bandido/
4. O CANDIDATO que luta CONTRA a imoralidade do Auxílio-Reclusão: http://jairbolsonaro2018.com.br/auxilio-reclusao-um-estimulo-ao-crime/
11 outubro 2018
“AH, MAS O LULISMO DIMINUIU A POBREZA!”
Se você anda ouvindo esse tipo de besteira por aí, aprenda de uma vez: quem fala que o socialismo-comunista do PT ou a ideologia de esquerda do ex-presidente presidiário reduziram a pobreza no Brasil está agindo com ignorância, analfabetismo funcional ou simplesmente por mau caratismo mesmo.
Segundo o Banco Mundial, para definir se uma pessoa é pobre, considera-se uma renda familiar igual ou inferior a US$ 5,5 / dia (ou cerca de R$390 / mês). Dentro deste conceito, em 1998, 54 milhões de brasileiros viviam na linha de pobreza – o equivalente a 33% da população brasileira (1).
Em 2017, este número baixou para 50 milhões – ou 25% da população (2).
Então houve uma melhora?
Não! E entenda por quê:
A redução das pessoas vivendo em extrema pobreza (de 33% para 25%) não se deveu exatamente ao sucesso das políticas de distribuição de renda ou à “genialidade” na condução da economia. O motivo foi um pouco mais mesquinho: em 2009, um decreto baixado pelo Cefalópode presidiário estabeleceu padrões inferiores que aqueles do Banco Mundial para definir pessoas na linha de pobreza.
Basicamente, o que o governo fez foi descartar a renda de R$390/mês como linha de corte e estabelecer seu próprio parâmetro: para o governo lulista, apenas pessoas com renda inferior a RS$70 / mês (ou US$1,25/dia) passaram a ser consideradas “pobres” (3).
Mesmo reduzindo malandramente em 400% a linha de corte que definia “pobreza”, e mesmo distribuindo R$2,5 bilhões por mês através do Bolsa Família, os 16 anos da Era Petista no país não foram capazes de reduzir significativamente a pobreza.
Pelo contrário: tornaram 21% da população brasileira escravos dependentes de uma política assistencialista que não os leva a lugar algum.
Se mantivermos o valor do Banco Mundial (renda igual ou inferior a US$5,5 / dia) para definir a linha de pobreza, veremos que o número de pobres no Brasil em 2018 é de cerca de 52 milhões de pessoas – mais ou menos o mesmo do começo da Era Lula (4).
Então onde foi mesmo que os sucessivos governos petistas reduziram a pobreza e a miséria por aqui?
30 setembro 2018
AS ELEIÇÕES DE 2018, A LIBERDADE E O COMUNISMO PALEOLÍTICO
Desde que nossa espécie surgiu no período quaternário da era Cenozoica, temos medo da Liberdade.
Liberdade estava relacionada à falta de proteção, ao risco da fome, à exposição aos elementos da Natureza e a predadores que fariam de cada um de nós a sua próxima refeição.
Queríamos proteção. Ansiávamos por ela. Necessitávamos dela por uma simples questão de sobrevivência. E assim juntamos famílias e tribos agricultoras no Neolítico, saímos das cavernas e formamos vilas e cidades, que em seguida viraram Nações e Estados gerenciados por uma simbiose de Governos e líderes religiosos que sustentavam a proteção em nosso nome. Para apaziguar o medo da Liberdade, contávamos com a tutelagem de Reis e Homens Sagrados de plena autoridade, e a vida era boa e rotineira - ainda que breve.
No século XVI, algo começou a mudar e nos tornamos grávidos do Mercantilismo. No século XVIII, esta gestação pariu a Companhia Britânica das Índias Orientais e a Companhia das Índias Orientais Holandesas, e fomos finalmente apresentados ao produto mercantil que condicionaria a Era Moderna: o famigerado Capitalismo.
O Capitalismo é pura Liberdade. Liberdade de ir e vir, liberdade de escolha de profissões, liberdade de compra e venda de produtos e serviços. Como toda Liberdade, o Capitalismo reintroduziu o medo. Sob seu manto, voltamos à insegurança ancestral e instintiva dos predadores - agora rebatizados de burgueses, patrões, opressores gananciosos e afins.
Obedecendo à Terceira Lei de Newton, a este movimento seguiu-se um contra-movimento, e fatias consideráveis de pessoas assustadas com a Liberdade começaram a engendrar maneiras de retornar à proteção tribal-familiar do Paleolitico. Encontraram uma resposta aos seus medos reeditando a planificação coletivista em ideologias como Socialismo e Comunismo.
Socialistas e Comunistas não são humanitários altruístas, mas crianças assustadas que desejam ardentemente a proteção de alguém que os salve de suas próprias insuficiências de caráter. São fracos que se ressentem da natureza competitiva da vida e que abdicaram da Força e da Honra necessárias para tomar as rédeas de seus destinos.
O Coletivismo não consiste no avanço na direção de uma sociedade igualitária, mas um retrocesso aos tempos em que a Liberdade era mais um pesadelo que um sonho.
Eventualmente, a evolução natural das sociedades baseadas em Liberdade e Auto-responsabilidade enterrará este conceito nas areias da História. Por enquanto, seguimos em convulsões adolescentes enquanto as memórias da infância Paleolítica vão gradativamente sendo deixadas para trás.
As eleições de 2018 são apenas a edição mais recente e próxima de uma dessas febres. Vai passar.
Liberdade estava relacionada à falta de proteção, ao risco da fome, à exposição aos elementos da Natureza e a predadores que fariam de cada um de nós a sua próxima refeição.
Queríamos proteção. Ansiávamos por ela. Necessitávamos dela por uma simples questão de sobrevivência. E assim juntamos famílias e tribos agricultoras no Neolítico, saímos das cavernas e formamos vilas e cidades, que em seguida viraram Nações e Estados gerenciados por uma simbiose de Governos e líderes religiosos que sustentavam a proteção em nosso nome. Para apaziguar o medo da Liberdade, contávamos com a tutelagem de Reis e Homens Sagrados de plena autoridade, e a vida era boa e rotineira - ainda que breve.
No século XVI, algo começou a mudar e nos tornamos grávidos do Mercantilismo. No século XVIII, esta gestação pariu a Companhia Britânica das Índias Orientais e a Companhia das Índias Orientais Holandesas, e fomos finalmente apresentados ao produto mercantil que condicionaria a Era Moderna: o famigerado Capitalismo.
O Capitalismo é pura Liberdade. Liberdade de ir e vir, liberdade de escolha de profissões, liberdade de compra e venda de produtos e serviços. Como toda Liberdade, o Capitalismo reintroduziu o medo. Sob seu manto, voltamos à insegurança ancestral e instintiva dos predadores - agora rebatizados de burgueses, patrões, opressores gananciosos e afins.
Obedecendo à Terceira Lei de Newton, a este movimento seguiu-se um contra-movimento, e fatias consideráveis de pessoas assustadas com a Liberdade começaram a engendrar maneiras de retornar à proteção tribal-familiar do Paleolitico. Encontraram uma resposta aos seus medos reeditando a planificação coletivista em ideologias como Socialismo e Comunismo.
Socialistas e Comunistas não são humanitários altruístas, mas crianças assustadas que desejam ardentemente a proteção de alguém que os salve de suas próprias insuficiências de caráter. São fracos que se ressentem da natureza competitiva da vida e que abdicaram da Força e da Honra necessárias para tomar as rédeas de seus destinos.
O Coletivismo não consiste no avanço na direção de uma sociedade igualitária, mas um retrocesso aos tempos em que a Liberdade era mais um pesadelo que um sonho.
Eventualmente, a evolução natural das sociedades baseadas em Liberdade e Auto-responsabilidade enterrará este conceito nas areias da História. Por enquanto, seguimos em convulsões adolescentes enquanto as memórias da infância Paleolítica vão gradativamente sendo deixadas para trás.
As eleições de 2018 são apenas a edição mais recente e próxima de uma dessas febres. Vai passar.
29 setembro 2018
OS ANTI-BOLSONAROS DE SEMPRE E A CAÇADA PELA NOVA DESCULPA
Uma conhecida minha de Facebook, empreendedora e politicamente engajada, iniciou uma pesquisa em sua página com a seguinte pergunta: “você poderia listar 10 coisas boas e produtivas que Jair Bolsonaro fez pelo país nesses 28 anos que pagamos seu salário?”.
Ela não é eleitora de #B17 e, após mais de dezenas de comentários e respostas no post, refutou cada um deles afirmando que o Deputado fez apenas “duas coisas boas e produtivas” – provavelmente referindo-se aos dois projetos de JB que viraram Lei.
Difícil entender exatamente o que nossa pesquisadora autônoma considera “coisas boas e produtivas”... Será que ela entende a função do Poder Legislativo, as competências de um Deputado Federal e o modus operandi da Câmara?
Vivemos em um país acostumado a um sistema presidencialista que beira o absolutismo monárquico com dominação faraônica, onde o deus-Presidente da República acumula o papel de Chefe de Governo e Chefe de Estado com expedientes de fazer inveja à Kaguya Otsutsuki – a vilã mais poderosa de todos os tempos no mangá Naruto.
Com tamanha autoridade e peso, qualquer outra figura da República tende a parecer irrisória quando comparada ao líder do Executivo – uma falha em nosso sistema que merece ser corrigida, mas que não cabe abordar aqui e agora.
Apesar de ter iniciado a vida política como um mero vereador no Rio de Janeiro, Bolsonaro teve uma ascensão inegável. Em 28 anos, conseguiu sair de uma posição absolutamente irrelevante de “baixo clero” para tornar-se o parlamentar MAIS INFLUENTE entre outros 513 políticos – isso em uma Casa que possui mais de 60% de seus ocupantes abertamente alinhados com ideologias de Esquerda e opostas à agenda de JB.
Tente imaginar uma grande empresa onde você conseguiu uma vaga no andar da Diretoria e começou a trabalhar como “o rapaz da fotocopiadora”. Após anos de ralação, o “rapaz da fotocopiadora” tornou-se o nome mais influente em uma Mesa Diretora extremamente poderosa composta por mais de 500 pessoas onde a esmagadora maioria não gosta ou não concorda com as opiniões dele. E ele chegou lá sem choro ou mimimi. Chegou na resiliência, sem colocar um preço ou vender sua integridade para subir mais rápido.
Ao longo de 28 anos, Bolsonaro apresentou centenas de propostas. Especificamente com relação a Projetos de Lei, manteve uma média de 6,5 projetos por ano – ou mais de 1 projeto a cada 2 meses, o que pode ser considerado um bom rendimento. Todavia, em média, a Câmara vota apenas cerca de 50 Projetos de Lei anualmente e nem todos são aprovados. Com um fluxo tão burocrático e lento, somente de 5% dos deputados conseguem apresentar projetos capazes de percorrer todos os labirintos de negociação e votação, tornando-se Leis de fato.
Faça outra pausa e imagine que, durante 60 dias, você fez uma extensa pesquisa sobre as necessidades de seu bairro. Conversou com os moradores, visitou casas, andou pelas ruas, sentiu a demanda das pessoas. Com base em tudo que percebeu, escreveu um trabalho bem fundamentado, obedecendo uma fórmula específica de promulgação, com texto, fecho, motivo e referências teóricas, solicitando que a prefeitura tomasse algumas providências para melhorar a vida dos moradores. Você levou este trabalho na prefeitura, protocolou sua diligência e voltou ao seu bairro, começando tudo de novo.
De dois em dois meses, durante quase 30 anos, você repetiu esta rotina de consulta popular, pesquisa jurídica, estudo, redação e entrega de propostas por escrito – mas a prefeitura JAMAIS lhe deu qualquer retorno.
Isso fala mais sobre quem VOCÊ É ou sobre A PREFEITURA que lhe assiste?
Bolsonaro tem uma média de assiduidade na Câmara de 92%: das últimas 395 sessões realizadas até 20/09/2018, ele esteve presente em 364. Além dos projetos apresentados, participou de centenas de votações ao longo de sua carreira. Com o crescimento de sua popularidade, muitas vezes suas conversas com outros Deputados representaram o fiel na balança para a aprovação ou reprovação de propostas.
Se você for procurar por praças, escolas, hospitais, indústrias, quiosques de picolé ou lojas de bijuterias construídas e inauguradas por Deputados Federais, estará perdendo seu tempo. Esta não é a função do Legislativo. Sua função é Legislar – e isso inclui tanto apresentar Projetos de Lei e de Emendas Constitucionais quanto trazê-los ao conhecimento da sociedade, debater formal e informalmente seus conteúdos, propor alterações nos textos da Lei e, eventualmente, votá-las.
Tudo isso faz parte do trabalho de um Deputado. Mas não é algo que se aprende na escola. Por mais absurdo que possa parecer, em nosso país socialista, esse é o tipo de conhecimento cívico que você tem que ir atrás para obter.
Então, quando alguém pergunta “você poderia listar 10 coisas boas e produtivas que o Bolsonaro fez pelo país nesses 28 anos que pagamos seu salário?”, eu me pergunto se essa pessoa entende ALGUMA COISA do Sistema Político sob o qual vive ou se está apenas caçando uma justificativa para continuar fazendo pirraça. Na maioria das vezes, a opção mais certa é a segunda, lamentavelmente.
Ela não é eleitora de #B17 e, após mais de dezenas de comentários e respostas no post, refutou cada um deles afirmando que o Deputado fez apenas “duas coisas boas e produtivas” – provavelmente referindo-se aos dois projetos de JB que viraram Lei.
Difícil entender exatamente o que nossa pesquisadora autônoma considera “coisas boas e produtivas”... Será que ela entende a função do Poder Legislativo, as competências de um Deputado Federal e o modus operandi da Câmara?
Vivemos em um país acostumado a um sistema presidencialista que beira o absolutismo monárquico com dominação faraônica, onde o deus-Presidente da República acumula o papel de Chefe de Governo e Chefe de Estado com expedientes de fazer inveja à Kaguya Otsutsuki – a vilã mais poderosa de todos os tempos no mangá Naruto.
Com tamanha autoridade e peso, qualquer outra figura da República tende a parecer irrisória quando comparada ao líder do Executivo – uma falha em nosso sistema que merece ser corrigida, mas que não cabe abordar aqui e agora.
Apesar de ter iniciado a vida política como um mero vereador no Rio de Janeiro, Bolsonaro teve uma ascensão inegável. Em 28 anos, conseguiu sair de uma posição absolutamente irrelevante de “baixo clero” para tornar-se o parlamentar MAIS INFLUENTE entre outros 513 políticos – isso em uma Casa que possui mais de 60% de seus ocupantes abertamente alinhados com ideologias de Esquerda e opostas à agenda de JB.
Tente imaginar uma grande empresa onde você conseguiu uma vaga no andar da Diretoria e começou a trabalhar como “o rapaz da fotocopiadora”. Após anos de ralação, o “rapaz da fotocopiadora” tornou-se o nome mais influente em uma Mesa Diretora extremamente poderosa composta por mais de 500 pessoas onde a esmagadora maioria não gosta ou não concorda com as opiniões dele. E ele chegou lá sem choro ou mimimi. Chegou na resiliência, sem colocar um preço ou vender sua integridade para subir mais rápido.
Ao longo de 28 anos, Bolsonaro apresentou centenas de propostas. Especificamente com relação a Projetos de Lei, manteve uma média de 6,5 projetos por ano – ou mais de 1 projeto a cada 2 meses, o que pode ser considerado um bom rendimento. Todavia, em média, a Câmara vota apenas cerca de 50 Projetos de Lei anualmente e nem todos são aprovados. Com um fluxo tão burocrático e lento, somente de 5% dos deputados conseguem apresentar projetos capazes de percorrer todos os labirintos de negociação e votação, tornando-se Leis de fato.
Faça outra pausa e imagine que, durante 60 dias, você fez uma extensa pesquisa sobre as necessidades de seu bairro. Conversou com os moradores, visitou casas, andou pelas ruas, sentiu a demanda das pessoas. Com base em tudo que percebeu, escreveu um trabalho bem fundamentado, obedecendo uma fórmula específica de promulgação, com texto, fecho, motivo e referências teóricas, solicitando que a prefeitura tomasse algumas providências para melhorar a vida dos moradores. Você levou este trabalho na prefeitura, protocolou sua diligência e voltou ao seu bairro, começando tudo de novo.
De dois em dois meses, durante quase 30 anos, você repetiu esta rotina de consulta popular, pesquisa jurídica, estudo, redação e entrega de propostas por escrito – mas a prefeitura JAMAIS lhe deu qualquer retorno.
Isso fala mais sobre quem VOCÊ É ou sobre A PREFEITURA que lhe assiste?
Bolsonaro tem uma média de assiduidade na Câmara de 92%: das últimas 395 sessões realizadas até 20/09/2018, ele esteve presente em 364. Além dos projetos apresentados, participou de centenas de votações ao longo de sua carreira. Com o crescimento de sua popularidade, muitas vezes suas conversas com outros Deputados representaram o fiel na balança para a aprovação ou reprovação de propostas.
Se você for procurar por praças, escolas, hospitais, indústrias, quiosques de picolé ou lojas de bijuterias construídas e inauguradas por Deputados Federais, estará perdendo seu tempo. Esta não é a função do Legislativo. Sua função é Legislar – e isso inclui tanto apresentar Projetos de Lei e de Emendas Constitucionais quanto trazê-los ao conhecimento da sociedade, debater formal e informalmente seus conteúdos, propor alterações nos textos da Lei e, eventualmente, votá-las.
Tudo isso faz parte do trabalho de um Deputado. Mas não é algo que se aprende na escola. Por mais absurdo que possa parecer, em nosso país socialista, esse é o tipo de conhecimento cívico que você tem que ir atrás para obter.
Então, quando alguém pergunta “você poderia listar 10 coisas boas e produtivas que o Bolsonaro fez pelo país nesses 28 anos que pagamos seu salário?”, eu me pergunto se essa pessoa entende ALGUMA COISA do Sistema Político sob o qual vive ou se está apenas caçando uma justificativa para continuar fazendo pirraça. Na maioria das vezes, a opção mais certa é a segunda, lamentavelmente.
SOBRE PAIS, FAMÍLIA, CAFÉ E O DESPERTAR DA FORÇA
Meus pais tiveram pais bem pobres e infâncias extremamente humildes. Extremamente humildes.
Por esforços próprios, durante o “preconceituoso e tirano período militar”, ambos estudaram e progrediram: dentro de algumas semanas, minha mãe irá se reunir com sua turma para celebrar os 50 anos de formatura em Engenharia Civil. Meu pai, falecido em 2013, sempre estudou em escolas públicas, formou-se em Medicina na Universidade Federal do Espírito Santo e trabalhou durante 30 anos como Pediatra.
Graças ao exemplo deles, tornei-me médico há mais de duas décadas e tenho – orgulhosamente – um casal de filhos trilhando o mesmo caminho profissional. Meu voto é #B17, sem pestanejar. Praticamente toda minha família fará o mesmo, com raras exceções pontuais que mal cabem nos dedos de uma mão.
Qualquer um que pretenda viver em um país mais seguro e próspero, qualquer pessoa que não seja covarde, que tenha fibra suficiente para pegar no batente e perseguir seus sonhos e objetivos com honra e disciplina, entende que há apenas um caminho a ser seguido nessas eleições – e ele passa pelo restabelecimento da ordem, pelo reconhecimento das capacidades produtivas e pela valorização do mérito individual. Essas pessoas também votam #B17.
Fora desse caminho, estão pessoas que preferem o autovitimismo ao trabalho duro; que optaram pela fraqueza de caráter ao invés da resiliência de espírito; que esperam receber como “direitos” tudo aquilo que a preguiça de desenvolver suas habilidades não lhes permitiu; que defendem um mundo “mais justo” desde que esta “justiça” não atrapalhe a satisfação de seu próprio hedonismo instantâneo. Algumas delas, até de boa índole (e muitas tão humildes quanto a infância de meus pais), talvez apenas não tenham sido capazes de fazer o correto julgamento da realidade, obcecadas que estão em validar suas opiniões emocionais – ainda que isso signifique sacrificar qualquer aplicação de Lógica racional para o momento.
Essas pessoas deveriam ler Ayn Rand, Mises, Hayek e Thomas Sowell para aprender como ser adultos e parar de perder tempo com pirraças sentimentais, pois a opção que se apresenta ao “Elenao” é uma reedição de uma daquelas esquizofrenias socialistas que só espalharam terror e miséria por onde quer que tenham passado. Essas pessoas deveriam acordar. Se estiverem dispostas, levo pessoalmente o café – e alguns livros.
26 setembro 2018
OS NOVOS COMUNISTAS NO ARMÁRIO
Em um levantamento informal de 100 perfis de pessoas que declaram voto em Amoedo, fica perceptível que cerca de 80% delas possuem uma inclinação ideológica MAIS à esquerda que à direita.
De um modo geral, boa parte dos eleitores de Amoedo são socialistas "no armário" ou ex-eleitores do PT que agora, envergonhados pelo extenso currículo de crimes e condenações públicas, buscaram refúgio no nOVO.
Não vejo grande migração de votos de eleitores de Amoedo para Bolsonaro.
Aqueles poucos inteligentes e pragmáticos que entenderam como está disposto o tabuleiro eleitoral, estão mudando para JB ainda no primeiro turno.
De um modo geral, boa parte dos eleitores de Amoedo são socialistas "no armário" ou ex-eleitores do PT que agora, envergonhados pelo extenso currículo de crimes e condenações públicas, buscaram refúgio no nOVO.
Não vejo grande migração de votos de eleitores de Amoedo para Bolsonaro.
Aqueles poucos inteligentes e pragmáticos que entenderam como está disposto o tabuleiro eleitoral, estão mudando para JB ainda no primeiro turno.
O HEDONISMO ELEITORAL ENFRENTA A ORDEM E O PROGRESSO DE DIREITA*
Na coletânea Five Sermons (1726), o bispo anglicano e filósofo inglês Joseph Butler argumentou que o Hedonismo é uma falácia. Segundo Butler, não fazemos coisa alguma a não ser que sejamos instigados pelo Desejo.
Uma vez que a satisfação do desejo é prazer, os hedonistas consideraram que a finalidade de toda ação seria o prazer, mas isso é uma incongruência: o prazer de beber vinho é antecipado pelo Desejo de beber vinho, seguido da satisfação deste desejo específico. Fosse só o prazer que buscássemos, então o vinho poderia ser substituído por qualquer outra coisa – um livro, uma soneca ou um prato de peixe – cuja posse provocasse prazer. Para levar o hedonismo a sério, deveríamos descartar a importância da natureza específica dos objetos de nossos apetites e paixões. É óbvio que não é assim que a Consciência e as conquistas humanas funcionam.
Um ser racional pode refletir sobre uma situação difícil e ver que a satisfação deste ou daquele desejo efêmero pode entrar em conflito com seus interesses de longo prazo, trazendo aborrecimento, inquietação, debilidade ou pesar.
Segundo Butler, uma das características que nos tornam Humanos consiste na capacidade de sair da esfera do impulso presente e refletir sobre o futuro, vendo que tipo de disposição seria mais satisfatório adquirir, e então agir de acordo, estimulando alguns apetites e desestimulando outros. Os objetos destes desejos de “segunda ordem” não são determinados por impulsos superficiais, mas por uma reflexão lúcida do máximo bem-estar por vir; não são coisas particulares ou momentâneas, mas disposições gerais de Caráter que nos colocam na direção de uma vida virtuosa.
Se cada pessoa é, por sua própria natureza, uma lei para si mesma, e se a Razão pode dominar os desejos e conduzir-nos para uma vida mais Virtuosa (como proposto por Aristóteles e Hume), é de se pensar onde está o Caráter de um povo incapaz de enxergar o Mal naqueles que tentam a todo custo legitimar a corrupção, o mau-caratismo, a negociata e a mentira, ao mesmo tempo em que relativizam o valor da família, da justiça, da honestidade, do esforço, do trabalho e da educação Moral e Cívica.
Nesta eleição Presidencial, pela primeira vez em nossa história temos um candidato de Direita com chances de avançar para o segundo turno e, quiçá, vencer o pleito ainda no primeiro, contrapondo-se à maléfica doutrinação ideológica esquerdista que produziu fome, miséria e tragédias e limitou a Prosperidade e a Liberdade Individual por onde quer que tenha passado.
Alguns outros candidatos representam, em menor medida, o mesmo anseio de superar o caminho socialista que nos dominou nos últimos 16 anos, recuperando o orgulho de uma nação que deseja Ordem e Progresso meritocrático, mas eles não apresentam a mesma chance de sucesso nas urnas.
Qualquer pessoa adulta e racional deveria ser capaz de enxergar isso, e compreender que a satisfação imediata de votar em um candidato sem chances de ganhar – ou deixar de votar em um candidato anti-comunista com chances reais de vitória – é puro hedonismo egocentrado. E o preço desta fantasia teimosa poderá se mostrar terrivelmente caro.
Uma vez que a satisfação do desejo é prazer, os hedonistas consideraram que a finalidade de toda ação seria o prazer, mas isso é uma incongruência: o prazer de beber vinho é antecipado pelo Desejo de beber vinho, seguido da satisfação deste desejo específico. Fosse só o prazer que buscássemos, então o vinho poderia ser substituído por qualquer outra coisa – um livro, uma soneca ou um prato de peixe – cuja posse provocasse prazer. Para levar o hedonismo a sério, deveríamos descartar a importância da natureza específica dos objetos de nossos apetites e paixões. É óbvio que não é assim que a Consciência e as conquistas humanas funcionam.
Um ser racional pode refletir sobre uma situação difícil e ver que a satisfação deste ou daquele desejo efêmero pode entrar em conflito com seus interesses de longo prazo, trazendo aborrecimento, inquietação, debilidade ou pesar.
Segundo Butler, uma das características que nos tornam Humanos consiste na capacidade de sair da esfera do impulso presente e refletir sobre o futuro, vendo que tipo de disposição seria mais satisfatório adquirir, e então agir de acordo, estimulando alguns apetites e desestimulando outros. Os objetos destes desejos de “segunda ordem” não são determinados por impulsos superficiais, mas por uma reflexão lúcida do máximo bem-estar por vir; não são coisas particulares ou momentâneas, mas disposições gerais de Caráter que nos colocam na direção de uma vida virtuosa.
Se cada pessoa é, por sua própria natureza, uma lei para si mesma, e se a Razão pode dominar os desejos e conduzir-nos para uma vida mais Virtuosa (como proposto por Aristóteles e Hume), é de se pensar onde está o Caráter de um povo incapaz de enxergar o Mal naqueles que tentam a todo custo legitimar a corrupção, o mau-caratismo, a negociata e a mentira, ao mesmo tempo em que relativizam o valor da família, da justiça, da honestidade, do esforço, do trabalho e da educação Moral e Cívica.
Nesta eleição Presidencial, pela primeira vez em nossa história temos um candidato de Direita com chances de avançar para o segundo turno e, quiçá, vencer o pleito ainda no primeiro, contrapondo-se à maléfica doutrinação ideológica esquerdista que produziu fome, miséria e tragédias e limitou a Prosperidade e a Liberdade Individual por onde quer que tenha passado.
Alguns outros candidatos representam, em menor medida, o mesmo anseio de superar o caminho socialista que nos dominou nos últimos 16 anos, recuperando o orgulho de uma nação que deseja Ordem e Progresso meritocrático, mas eles não apresentam a mesma chance de sucesso nas urnas.
Qualquer pessoa adulta e racional deveria ser capaz de enxergar isso, e compreender que a satisfação imediata de votar em um candidato sem chances de ganhar – ou deixar de votar em um candidato anti-comunista com chances reais de vitória – é puro hedonismo egocentrado. E o preço desta fantasia teimosa poderá se mostrar terrivelmente caro.
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*Adaptado de: Roger Scruton, "Uma Breve História da Filosofia Moderna" (1981). Editora José Olympio (2008).
25 setembro 2018
A TRIBO DA POLÍTICA – ou a Democracia das Identidades
Talvez nunca antes na história desses país os recorrentes embates na Internet tenham mostrado de modo tão claro nossa admirável habilidade de nos submetermos à polarização político-ideológica.
Em Uncivil Agreement: How Politics Became Our Identity (University of Chicago Press, 2018), a escritora Liliana Mason discursou sobre este fenômeno, retratando como a Identidade é capaz de deslocar-se de um universo Pessoal para uma esfera Social que releva principalmente as diferenças capazes de dividir uma nação inteira. No livro, Mason – atualmente trabalhando como professora de Ciências Políticas na Universidade de Maryland – afirma que as principais consequências da Identidade Social Ideológica são a formação de “bolhas” de convivência interpessoal e respostas emocionais intensas ao desenrolar dos processos eleitorais.
Segundo a cientista, a eleição de Trump em particular foi um marco da Identidade Social nos EUA, mas nós, brasileiros, vivemos a dicotomia das Identidades Sociais à flor da pele há quase 25 anos: em 1994, a campanha de Fernando Henrique Cardoso foi fortemente balizada no sentimento de “nós contra eles” – sendo que “eles” era representado pelo dueto Lula e Mercadante. Na época, o discurso funcionou tão bem que FHC levou a eleição ainda no primeiro turno, com 54% dos votos válidos. Em 1998, para enfrentar a dupla Lula e Brizola, FHC repetiu a receita da Identidade Social, elegendo-se presidente com 53% dos votos, novamente sem necessidade de uma segunda rodada.
Lula aprendeu a receita e utilizou o feitiço contra o feiticeiro em 2002. Apesar de seu adversário, José “Sr. Burns” Serra, ter tentado fisgar alguns votos fazendo propaganda do empoderamento feminino desfilando com a bela Rita Camata à tira-colo, o discurso apelativo da Identidade Social do “nós contra eles” funcionou como uma luva. Nas eleições subsequentes, o PT utilizaria este subterfúgio para manter sua hegemonia no cenário das eleições presidenciais.
Sem saber – ou sabendo – Lula e seus asseclas estavam reproduzindo uma experiência realizada décadas atrás em um distante estado do meio-oeste americano.
A Democracia das Identidades
No verão de 1954, uma equipe liderada pelo psicólogo social Muzafer Sherif recrutou 22 garotos entre 11-12 anos de idade na cidade de Oklahoma e os enviou para dois acampamentos vizinhos no Parque Estadual Robbers Cave. Os meninos haviam sido cuidadosamente selecionados para serem quase equivalentes em termos sociais, educacionais, físicos e emocionais. Eram todos brancos, protestantes, de classe média e completos desconhecidos uns dos outros. O grupo então foi dividido ao meio, sendo um deles foi batizado Eagles e o outro, Rattles. Sem que soubessem, os meninos participariam de um experimento psicológico durante 3 semanas.
Na primeira semana, os grupos foram mantidos separados, e os garotos construíram vínculos entre si dentro do grupo. Na segunda semana, os grupos ficaram sabendo da existência um do outro, sendo reunidos em um acampamento comum. Assim que se encontraram, começaram a se referir uns aos outros como “intrusos”, “de fora” e “aqueles meninos do outro lado do parque”. Cada um dos grupos estava ansioso por um desafio para provar que sua “tribo” era superior àquela “de fora”. Os pesquisadores então organizaram um torneio. No segundo dia da competição, os grupos já estavam referindo um a outro por meio de xingamentos e raramente se misturavam.
Nos dias seguintes, o relacionamento entre os grupos deteriorou rapidamente. Os Eagles queimaram a bandeira dos Rattles. Os Rattles invadiram o alojamento dos Eagles no meio da noite. Os Eagles invadiram o alojamento dos Rattles no meio do dia. Garotos de ambos os lados passaram a juntar pedras para usar em combate, e brigas com socos e pontapés começaram a irromper. A esta altura, os pesquisadores interromperam a interação e separaram novamente as tribos em seus respectivos acampamentos.
Foram necessárias apenas duas semanas, um pequeno isolamento e uma competição tola para que 22 garotos profundamente semelhantes entre si, que nunca haviam se encontrado antes, se transformassem em duas tribos rivais prontas para trucidar uma à outra.
Curiosamente, no começo da terceira semana, a situação de conflito havia afetado a capacidade dos meninos em julgar objetivamente a realidade: eles receberam a tarefa de coletar o maior número possível de sementes de feijão espalhadas em uma área. A coleta de cada garoto foi filmada e então, em uma sala reservada, um por um assistiu a um filme de 5 segundos apresentando o total de grãos juntados por meninos do seu grupo e por meninos do grupo adversário. Quando solicitados para estimar a quantidade de grãos ajuntada no trecho do filme apresentado, os meninos sempre estimavam uma quantidade maior de sementes quando viam alguém do seu grupo, e menor quando viam alguém do grupo oposto. Entretanto, sem que tivessem noção disso, os pesquisadores lhes exibiam exatamente o mesmo o filme todas as vezes.
O experimento de Muzafer Sherif foi um dos primeiros a observar de perto o que determina a Identidade Social e como ela pode desandar para enfrentamentos físicos, levando à elaboração da Teoria do Conflito Realístico ou Teoria do Conflito Grupal.
Como brasileiros espertos e malandros em plena Era da Informação, tendemos a nos achar mais “safos” que um bando de meninos americanos caipiras da década de 1950. Em alguns sentidos, somos, de fato. Mas a lição exposta por Muzafer Sherif tem bastante a ver com a maneira como expressamos nossa Identidade Social – ainda que isso lhe incomode.
Nas manifestações de rua e nos posts nas redes sociais, a luta ideológica travada entre Esquerda e Direita – ou entre Capitalismo e Comunismo – tem raízes profundas na construção da Identidade Social e na Teoria do Conflito Grupal de Sherif. Quando um dos lados diz que “nós iremos vencer a maldade” e outro afirma que “nós iremos vencer a opressão”, eles estão vociferando o bom e velho divide et impera dos antigos imperadores e generais romanos. Entre uma fatiada e outra, quem ficará com a conta do prejuízo?
Para a cientista política Liliana Mason, o maior problema da Identidade Social fundada no “nós contra eles” está no risco de nos permitirmos violar regras de tolerância e respeito que, se dependessem exclusivamente dos valores embutidos em nossa Identidade Pessoal, jamais violaríamos. Construída sobre este terreno inflamado, a Teoria do Conflito Grupal baseia-se não na confiança honrada entre os semelhantes, mas na desconfiança estereotipada com os diferentes, e seu caráter volátil certamente prejudicará nossa capacidade de julgar a realidade como uma nação que almeja algo mais para seu futuro que apenas jogar pedras nas pessoas do outro lado do acampamento.
A destruição de uma metade de nós jamais será um troféu suficiente – ou digno – para o progresso de todos. Se continuarmos no presente rumo, trilhando o caminho de partidarismos irresponsáveis e seduzidos em ambos os lados por inúmeros motivos errados, existe uma grande possibilidade de que a vitória de qualquer banda represente outra derrota recíproca simultânea em uma longa série de fracassos onde seguimos digladiando “nós contra eles” sem nunca entender direito quem são “eles” ou mesmo quem somos “nós”.
Qualquer que seja sua orientação partidária, certamente vale refletir a respeito disso.
24 setembro 2018
NADA TEMA: O SUCESSO NÃO É FÁCIL, MAS VALE O PREÇO!
Vamos lá: considerando o universo brasileiro de 147.302.357 de eleitores e descontada a projeção de 19.149.306 nulos/brancos e abstenções (média na série histórica das últimas 7 eleições presidenciais: 13%), teremos aproximadamente 128.153.050 votos válidos
Segundo os dados disponíveis, prevejo algo em torno de 46.135.098 votos para Bolsonaro no primeiro turno, com vitória em 18 estados, perdendo em Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Calculo que, para ser eleito no primeiro turno, JB teria que alcançar pelo menos 64.076.525 votos. Ou seja: dentro da projeção atual, ainda faltam 17.941.427 votos.
Cerca de 78% dos eleitores de Bolsonaro não mudarão seu voto em hipótese alguma, contra 68% de Haddad. Em outras palavras: as margens de acerto correspondem mais ou menos aos eleitores que manterão seus votos daqui para frente. Contudo, cerca de 63% dos ex-eleitores de Lula afirmaram que não votariam de maneira alguma em Haddad.
Considerando isso, a manutenção da média de 17% de votos brancos/nulos e a possibilidade de conversão de última hora de votos úteis de eleitores de Ciro, Marina e Alckmin (e descontando a taxa de rejeição de 46% de JB ), mesmo assim o acréscimo potencial nessa reta final de duas semanas seria de cerca de 10 milhões de votos – ainda insuficiente para liquidar a fatura em um primeiro turno.
A série histórica, contudo, segue favorável para o Capitão. Nas últimas 7 eleições presidenciais, 5 foram para o segundo turno, e TODOS os candidatos com mais votos no primeiro turno foram eleitos no segundo:
- 1989 - Fernando Collor recebeu 30% dos votos no primeiro turno e 53% no segundo.
- 1994 - FHC venceu no primeiro turno com 54% (perdendo em apenas 1 estado: Rio Grande do Sul)
- 1998 - FHC venceu no primeiro turno com 53% dos votos (perdendo em 3 estados: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Ceará)
- 2002 - Lula recebeu 46% dos votos no primeiro turno e 61% no segundo.
- 2006 - Lula recebeu 48% dos votos no primeiro turno e 60% no segundo.
- 2010 - Dilma Rousseff recebeu 46% dos votos no primeiro turno e 56% no segundo.
- 2014 - Dilma Rousseff recebeu 41% dos votos no primeiro turno e 51% no segundo.
A dispersão do eleitorado com as múltiplas opções disponíveis no cardápio e a relutância (ou incapacidade) do brasileiro em entender exatamente o que é Direita e Esquerda, deverá levar a eleição fatalmente para um segundo turno. Aí sim, haverá uma dicotomia clara entre o Lulismo e o Anti-Lulismo e a batalha se tornará mais franca, com uma vantagem óbvia para JB: nas últimas 4 eleições, mesmo com Lula fora da cadeia e as denúncias de corrupção ainda não transformadas em prisões escandalosas, o Lulismo sofreu uma sangria inegável, perdendo 10% da preferência de seu eleitorado.
Após a Lava Jato e o desabamento da ilusão socialista em muitas camadas da sociedade, é provável que, em 2018, essa queda se acentue ainda mais – algo que pode ser visto com a incrível dificuldade que o cefalópode presidiário vem encontrando em transferir para seus apadrinhados o que ainda resta de seu rebanho.
Teremos um segundo turno. E Bolsonaro vencerá nele. E terá a chance de abrir um sorriso tão amplo quando o de Donald Trump e repetir uma versão nacional para “sorry to keep you waiting, complicated business”. :)
Segundo os dados disponíveis, prevejo algo em torno de 46.135.098 votos para Bolsonaro no primeiro turno, com vitória em 18 estados, perdendo em Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Calculo que, para ser eleito no primeiro turno, JB teria que alcançar pelo menos 64.076.525 votos. Ou seja: dentro da projeção atual, ainda faltam 17.941.427 votos.
Cerca de 78% dos eleitores de Bolsonaro não mudarão seu voto em hipótese alguma, contra 68% de Haddad. Em outras palavras: as margens de acerto correspondem mais ou menos aos eleitores que manterão seus votos daqui para frente. Contudo, cerca de 63% dos ex-eleitores de Lula afirmaram que não votariam de maneira alguma em Haddad.
Considerando isso, a manutenção da média de 17% de votos brancos/nulos e a possibilidade de conversão de última hora de votos úteis de eleitores de Ciro, Marina e Alckmin (e descontando a taxa de rejeição de 46% de JB ), mesmo assim o acréscimo potencial nessa reta final de duas semanas seria de cerca de 10 milhões de votos – ainda insuficiente para liquidar a fatura em um primeiro turno.
A série histórica, contudo, segue favorável para o Capitão. Nas últimas 7 eleições presidenciais, 5 foram para o segundo turno, e TODOS os candidatos com mais votos no primeiro turno foram eleitos no segundo:
- 1989 - Fernando Collor recebeu 30% dos votos no primeiro turno e 53% no segundo.
- 1994 - FHC venceu no primeiro turno com 54% (perdendo em apenas 1 estado: Rio Grande do Sul)
- 1998 - FHC venceu no primeiro turno com 53% dos votos (perdendo em 3 estados: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Ceará)
- 2002 - Lula recebeu 46% dos votos no primeiro turno e 61% no segundo.
- 2006 - Lula recebeu 48% dos votos no primeiro turno e 60% no segundo.
- 2010 - Dilma Rousseff recebeu 46% dos votos no primeiro turno e 56% no segundo.
- 2014 - Dilma Rousseff recebeu 41% dos votos no primeiro turno e 51% no segundo.
A dispersão do eleitorado com as múltiplas opções disponíveis no cardápio e a relutância (ou incapacidade) do brasileiro em entender exatamente o que é Direita e Esquerda, deverá levar a eleição fatalmente para um segundo turno. Aí sim, haverá uma dicotomia clara entre o Lulismo e o Anti-Lulismo e a batalha se tornará mais franca, com uma vantagem óbvia para JB: nas últimas 4 eleições, mesmo com Lula fora da cadeia e as denúncias de corrupção ainda não transformadas em prisões escandalosas, o Lulismo sofreu uma sangria inegável, perdendo 10% da preferência de seu eleitorado.
Após a Lava Jato e o desabamento da ilusão socialista em muitas camadas da sociedade, é provável que, em 2018, essa queda se acentue ainda mais – algo que pode ser visto com a incrível dificuldade que o cefalópode presidiário vem encontrando em transferir para seus apadrinhados o que ainda resta de seu rebanho.
Teremos um segundo turno. E Bolsonaro vencerá nele. E terá a chance de abrir um sorriso tão amplo quando o de Donald Trump e repetir uma versão nacional para “sorry to keep you waiting, complicated business”. :)
22 setembro 2018
"AH, MAS A HOMOSSEXUALIDADE É BIOLOGICAMENTE INCORRETA..."
Sou hétero e apaixonado pela mulher da minha vida, médico há mais de duas décadas e eleitor de Bolsonaro. E vejo o entendimento de boa parte de nossa população sobre o homossexualismo como uma politização da ignorância coletiva. Enquanto uma metade faz disso uma bandeira de orgulho, a outra metade berra desconhecimento e preconceitos.
A conversa começa e termina aqui: o homossexualismo seria algo antinatural?
Também não aprovo o estímulo precoce à sexualidade em crianças pré-adolescentes - ainda que isso seja oferecido sob uma hipócrita fantasia de instrução lúdica prevista em uma base curricular nacional comum e estúpida -, mas o ensino da Tolerância ao pluralismo é fundamental. Não se trata de propagandear uma "ideologia de gênero" (uma patetice sem tamanho), mas de divulgar Ciência e fatos para ADOLESCENTES atravessando as tempestades do autodescobrimento e da autoaceitação.
O comportamento Homossexual já foi documentado em várias outras espécies animais não-humanas (vide links abaixo). Se ele é algo que vai "contra a natureza", como pode estar naturalmente presente nela?
Uma "tradição" que se diz conservadora, mas que nega as evidências e a ancestralidade de bilhões de anos de Seleção Natural dos seres eucariotas nesse planeta, não é uma "tradição", mas apenas um disfarce ruim para uma pseudo-moralidade anti-científica.
Se você defende o Estado mínimo, a Liberdade de expressão e o livre comércio, que diabos está fazendo se metendo debaixo dos lençóis de camas alheias?
"Mas Alessandro, você é eleitor do Bolsonaro! Não deveria pensar assim!". Fera, sou um eleitor, não um eco. Um cérebro funcionante, não um ideólogo cego e subserviente - como aqueles que você provavelmente conhece à Esquerda. Ademais, aguardo suas evidências irrefutáveis da "homofobia" de Jair Bolsonaro.
Até lá, deixe que cada um faça da própria sexualidade o que bem entender. Ocorrendo voluntariamente entre dois adultos (ou mais), ela não é da sua conta. Nunca foi.
_____
Leituras recomendadas:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/7190731/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/105688/
https://www.nature.com/articles/443895a
https://www.google.com.br/amp/s/www.news-medical.net/amp/news/2006/10/23/1500-animal-species-practice-homosexuality.aspx
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/19539396/
19 setembro 2018
POLÍTICA, MEDICINA E ÉTICA
Alguns grupos que debatem Ética e Dignidade médica têm se mostrado relutantes ou mesmo irritados com a politização dos debates em seu timeline. Todavia, em uma análise um pouco mais próxima, é fácil explicar o motivo deste “fenômeno”.
Para estes administradores e colegas, gostaria que refletissem por 2 minutos:
Com o final do militarismo, passamos por uma ressuscitação rápida das Capitanias Hereditárias, com Sarney e Collor, que logo foi seguida de uma inclinação progressiva à ideologia socialista de João Goulart e Getúlio Vargas. Em 1995, a eleição de FHC marcou este retornamento.
Desde então, vimos o valor do PIB investido em educação aumentar 45% e o orçamento do Ministério da Educação aumentar 700%. Atualmente, em termos de % sobre o PIB, investimos em educação mais que a Suíça, os EUA, a Finlândia, a Noruega, a Holanda, o Canadá, a França e a Coreia do Sul, por exemplo.
Apesar desses acréscimos, melhoramos apenas 6% no desempenho no teste PISA (sendo que 61% dos estudantes brasileiros sequer são capazes de terminá-lo). Some a isso o fato de termos recebido um país com população de QI médio de 87, e 92% dos brasileiros serem incapazes de escrever corretamente ou interpretar de modo adequado um texto. Não acha que isso compromete, por exemplo, a adesão e a eficácia de suas receitas médicas?
Durante este mesmo período de 23 anos, alcançamos uma taxa de 60 mil homicídios por ano, quase duas vezes mais que o total de vítimas nos 9 anos da Guerra do Iraque (2003-2011). Alguns hospitais praticam medicina de guerra, e a insegurança generalizada tornou o Brasil um dos 5 países líderes em transtornos psicológicos no mundo. Isso afeta nossa ética? Sim, sem dúvida alguma.
Na área da saúde, as famílias mais pobres gastam 60% do seu orçamento em saúde pagando por remédios – o que chega a corresponder a 10% da renda total do núcleo familiar. Lembre-se que os impostos sobre remédios orbitam em torno de 17-20% de seu valor final. Após 23 anos de comando Esquerdista, investimos cerca de 3,6% do PIB com saúde (a média dos países da OCDE é de 6-7%). Apesar de o investimento brasileiro ser comparável ao do Chile, nosso vizinho dos Andes tem um IDH elevado, de 0,843 (11% maior que o nosso). Seria ético onerar as famílias mais pobres dessa maneira?
Como se não bastasse a precariedade da educação e o baixo investimento em saúde, testemunhamos nessas décadas de governos de Esquerda uma política doutrinária “inimiga” dos médicos. Por várias vezes o Governo Federal do PT jogou ostensivamente a população contra a classe médica, responsabilizando-nos pelo caos que ELES MESMOS geraram na saúde. Não obstante, jamais priorizaram Qualidade ou Resolutividade, apenas números. Do seu ponto de vista, você consideraria estas manobras éticas?
Sob os sucessivos governos de Esquerda, o número de escolas médicas cresceu 530% sem um programa que oferecesse aos formados vagas suficientes de residência ou especialização reconhecidas pelas entidades de especialidades. Não acha que isso gera um problema ético, com aumento do risco de erros por imperícia, negligência ou imprudência?
Em 2013, o governo Dilma deu início ao programa Mais Médicos, que atualmente totaliza 18 mil profissionais em território nacional. Cerca de 55% deles são estrangeiros e muitos sequer prestaram o Revalida. Denúncias de que alguns sequer seriam médicos proliferaram na última década, e a providência que o Ministério da Saúde tomou para resolver o problema de seu credenciamento junto aos Conselhos de Medicina foi criar um registro provisório que lhes garantisse o exercício da Medicina.
As eleições presidenciais de 2018 estão se delineando como um segundo turno onde teremos um candidato de direita, Bolsonaro, contra um mosaico dos ideólogos de Esquerda de sempre (PT, PSOL, PC do B, PSDB, PMDB, etc). Quem é contra Bolsonaro, é a favor do "mecanismo" que produziu o quadro descrito acima.
Debater política, portanto, é debater Ética Médica – e os rumos que pretendemos para a boa prática de nossa profissão.
Para estes administradores e colegas, gostaria que refletissem por 2 minutos:
Com o final do militarismo, passamos por uma ressuscitação rápida das Capitanias Hereditárias, com Sarney e Collor, que logo foi seguida de uma inclinação progressiva à ideologia socialista de João Goulart e Getúlio Vargas. Em 1995, a eleição de FHC marcou este retornamento.
Desde então, vimos o valor do PIB investido em educação aumentar 45% e o orçamento do Ministério da Educação aumentar 700%. Atualmente, em termos de % sobre o PIB, investimos em educação mais que a Suíça, os EUA, a Finlândia, a Noruega, a Holanda, o Canadá, a França e a Coreia do Sul, por exemplo.
Apesar desses acréscimos, melhoramos apenas 6% no desempenho no teste PISA (sendo que 61% dos estudantes brasileiros sequer são capazes de terminá-lo). Some a isso o fato de termos recebido um país com população de QI médio de 87, e 92% dos brasileiros serem incapazes de escrever corretamente ou interpretar de modo adequado um texto. Não acha que isso compromete, por exemplo, a adesão e a eficácia de suas receitas médicas?
Durante este mesmo período de 23 anos, alcançamos uma taxa de 60 mil homicídios por ano, quase duas vezes mais que o total de vítimas nos 9 anos da Guerra do Iraque (2003-2011). Alguns hospitais praticam medicina de guerra, e a insegurança generalizada tornou o Brasil um dos 5 países líderes em transtornos psicológicos no mundo. Isso afeta nossa ética? Sim, sem dúvida alguma.
Na área da saúde, as famílias mais pobres gastam 60% do seu orçamento em saúde pagando por remédios – o que chega a corresponder a 10% da renda total do núcleo familiar. Lembre-se que os impostos sobre remédios orbitam em torno de 17-20% de seu valor final. Após 23 anos de comando Esquerdista, investimos cerca de 3,6% do PIB com saúde (a média dos países da OCDE é de 6-7%). Apesar de o investimento brasileiro ser comparável ao do Chile, nosso vizinho dos Andes tem um IDH elevado, de 0,843 (11% maior que o nosso). Seria ético onerar as famílias mais pobres dessa maneira?
Como se não bastasse a precariedade da educação e o baixo investimento em saúde, testemunhamos nessas décadas de governos de Esquerda uma política doutrinária “inimiga” dos médicos. Por várias vezes o Governo Federal do PT jogou ostensivamente a população contra a classe médica, responsabilizando-nos pelo caos que ELES MESMOS geraram na saúde. Não obstante, jamais priorizaram Qualidade ou Resolutividade, apenas números. Do seu ponto de vista, você consideraria estas manobras éticas?
Sob os sucessivos governos de Esquerda, o número de escolas médicas cresceu 530% sem um programa que oferecesse aos formados vagas suficientes de residência ou especialização reconhecidas pelas entidades de especialidades. Não acha que isso gera um problema ético, com aumento do risco de erros por imperícia, negligência ou imprudência?
Em 2013, o governo Dilma deu início ao programa Mais Médicos, que atualmente totaliza 18 mil profissionais em território nacional. Cerca de 55% deles são estrangeiros e muitos sequer prestaram o Revalida. Denúncias de que alguns sequer seriam médicos proliferaram na última década, e a providência que o Ministério da Saúde tomou para resolver o problema de seu credenciamento junto aos Conselhos de Medicina foi criar um registro provisório que lhes garantisse o exercício da Medicina.
As eleições presidenciais de 2018 estão se delineando como um segundo turno onde teremos um candidato de direita, Bolsonaro, contra um mosaico dos ideólogos de Esquerda de sempre (PT, PSOL, PC do B, PSDB, PMDB, etc). Quem é contra Bolsonaro, é a favor do "mecanismo" que produziu o quadro descrito acima.
Debater política, portanto, é debater Ética Médica – e os rumos que pretendemos para a boa prática de nossa profissão.
13 setembro 2018
O ALUCINÓGENO PROGRAMA NEOCOMUNISTA DO SR. GOMES
O programa de 62 páginas do candidato do PDT à presidência é uma coletânea de chavões comunistas e agendas ficcionais, a começar pela capa ostentando o símbolo do SOCIALISMO democrático.
Dentre os disparates, vale citar:
- “Recriação do Imposto de Renda sobre lucros e dividendos”. Mais impostos?
- “Armar as pessoas vai provocar um número de mortes ainda maior (um “banho de sangue”). Esse não será o caminho da solução, com certeza”. E o referendo democrático de 2005?
- “Crescer distribuindo renda é fundamental”. Distribuição de renda é uma agenda de Esquerda ou Direita? Deixo a resposta com Mises, Hayek e Sowell.
- “Criar, manter e ampliar os programas sociais”. O melhor programa social é um emprego, já dizia Reagan – um político republicano e de Direita.
- “Garantia da aplicação efetiva da reserva de 30% das candidaturas para mulheres, estipulada pela lei de cotas”. Cotas? Novamente: esta agenda está de que lado do espectro ideológico? Ela é objetiva e meritocrática ou excludente e discricionária?
- “Desenvolvimento de ações de políticas públicas para o pleno direito de acesso da população negra à justiça e à cidadania”. Isso já não está na LEI Nº 7.716/89 , no artigo 140 do Código Penal, e no artigo 5º da própria Constituição Federal? Ademais, isso quer dizer que a população não-negra não será contemplada com políticas de pleno direito e acesso à justiça e cidadania?
O restante do programa tem um ímpeto Criador que faria Javé ficar com ciúme da capacidade onipotente do menino prodígio de Pindamonhangaba. Ele pensa em criar sistemas, fundos, mecanismos, programas, concessões, procedimentos, instrumentos, comitês, cadastros, estímulos, incentivos, cursos, provas, empregos, creches e escolas de horário integral, novas formas de captação de recursos...
Ao mesmo tempo, como quem desconhece a necessidade de DINHEIRO para criar tudo isso, ele afirma em delírio que irá "garantir a sustentabilidade fiscal e previdenciária do Estado em todas as suas esferas e promover a simplificação do sistema tributário, elevando a capacidade de investimento dos governos e possibilitando a prestação de serviços públicos de qualidade para toda a sociedade".
Caso você tenha interesse em ler esta excitante obra de ficção, recomendo que prepare uma boa dose de chá de Psilocybes cubensis e coloque um Pink Floyd na vitrola. A viagem é garantida.
SEU CANDIDATO TEM ALGUM VIÉS COMUNISTA / SOCIALISTA?
Faltando cerca de 3 semanas para as eleições, você já em quem votará para Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador e Presidência da República? Caso tenha decidido – ou ainda esteja estudando alguns nomes –, peço encarecidamente que avalie se suas escolhas possuem algum viés comunista ou socialista e EVITE A TODO CUSTO qualquer candidato que se coloque debaixo das nuvens vermelhas que pairam sobre este perfil.
Sei o que deve estar pensando: “Ah, esse aí é outro desses anticomunistas fascistas da sociedade patriarcal neoliberal opressora!”. É, esse tipo de engano acontece. Mas entenda alguns motivos:
O Comunismo demoniza os negócios no livre mercado – ou, mais exatamente, ele demoniza o Capital. Todavia, “Capital” é um termo genérico que inclui todo o conjunto de máquinas, ferramentas, instrumentos e equipamentos acumulados na produção anterior que serão empregados na produção atual e futura.
Todas as “conquistas” do Comunismo foram obtidas através do uso do Capital. o Comunismo não desenvolveu a indústria, a tecnologia ou o comércio: esta foi uma tarefa do Capitalismo.
Foi o Capital que permitiu ao homem utilizar as forças da natureza – água, vapor, ventos, eletricidade, luz solar e similares – para reduzir a quantidade de esforço humano necessária para a produção. Foi o Capital que conduziu à divisão do trabalho e à especialização. Foi o Capital que reduziu distâncias com revoluções nos meios de transporte e comunicação. Foi o Capital que democratizou a pesquisa científica e fomentou a maioria dos avanços médicos.
O que o Comunismo fez foi usurpar estas conquistas sob a bandeira e um novo “projeto civilizatório”, demonizando o capitalismo ao mesmo tempo em que se servia de suas benesses.
Quanto mais as evidências acumuladas demonstram a mentira e a falsidade interna da moral Comunista, tanto mais sua linguagem oficial se torna hipócrita, na vã tentativa de ocultar sua sequência inacreditável de fraudes. Disfarçado com peles de altruísmo consequencialista, o Comunismo é mais arrogante, arbitrário e desonesto que qualquer forma de capitalismo jamais foi.
A maioria das pessoas torce o nariz quando vê uma bandeira nazista – e todos estão certos em agir desta forma. O Nazismo matou 20 milhões de pessoas, incluindo judeus, ciganos, homossexuais, comunistas e indivíduos com deficiências físicas. Entretanto, quantas pessoas torcem o nariz da mesma maneira quando falamos de Comunismo?
Rudolph Joseph Rummel, falecido professor emérito de ciência política e um dos mais aclamados especialistas mundiais em democídio, calculou que o comunismo matou 170 milhões de pessoas apenas no século XX.
Em "Statistics of Democide: Genocide and Mass Murder since 1900", publicado em 1998, Rummel afirma que todas as guerras ocorridas entre 1900 e 1987 custaram a vida de aproximadamente 34 milhões de pessoas – incluídos aí os óbitos da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, da Guerra da Coreia e das Revoluções no México e na Rússia. Para efeito de comparação, Mao TseTung, por meio de seu regime, foi responsável por duas vezes mais mortes que todas estas guerras ajuntadas.
Ainda que o Comunismo tenha ceifado a vida de dezenas de milhões de pessoas e ser completamente ineficiente na maioria dos indicadores em que se auto-afirma “campeão”, ele é capaz de operar uma mágica e não ser considerado hediondo pelo consciente coletivo.
Com uma frequência assombrosa, o Comunismo é ensinado nas escolas e nas faculdades como um sistema “teoricamente bom” (o nazismo era “teoricamente bom”?), não tendo obtido o merecido sucesso simplesmente por ter sido “mal executado”.
Contabilizando-se todas as tragédias humanas que protagonizou ao longo do século XX, assusta pensar o que acontecerá se um dia o Comunismo for finalmente “bem executado”.
Vote com responsabilidade.
Sei o que deve estar pensando: “Ah, esse aí é outro desses anticomunistas fascistas da sociedade patriarcal neoliberal opressora!”. É, esse tipo de engano acontece. Mas entenda alguns motivos:
O Comunismo demoniza os negócios no livre mercado – ou, mais exatamente, ele demoniza o Capital. Todavia, “Capital” é um termo genérico que inclui todo o conjunto de máquinas, ferramentas, instrumentos e equipamentos acumulados na produção anterior que serão empregados na produção atual e futura.
Todas as “conquistas” do Comunismo foram obtidas através do uso do Capital. o Comunismo não desenvolveu a indústria, a tecnologia ou o comércio: esta foi uma tarefa do Capitalismo.
Foi o Capital que permitiu ao homem utilizar as forças da natureza – água, vapor, ventos, eletricidade, luz solar e similares – para reduzir a quantidade de esforço humano necessária para a produção. Foi o Capital que conduziu à divisão do trabalho e à especialização. Foi o Capital que reduziu distâncias com revoluções nos meios de transporte e comunicação. Foi o Capital que democratizou a pesquisa científica e fomentou a maioria dos avanços médicos.
O que o Comunismo fez foi usurpar estas conquistas sob a bandeira e um novo “projeto civilizatório”, demonizando o capitalismo ao mesmo tempo em que se servia de suas benesses.
Quanto mais as evidências acumuladas demonstram a mentira e a falsidade interna da moral Comunista, tanto mais sua linguagem oficial se torna hipócrita, na vã tentativa de ocultar sua sequência inacreditável de fraudes. Disfarçado com peles de altruísmo consequencialista, o Comunismo é mais arrogante, arbitrário e desonesto que qualquer forma de capitalismo jamais foi.
A maioria das pessoas torce o nariz quando vê uma bandeira nazista – e todos estão certos em agir desta forma. O Nazismo matou 20 milhões de pessoas, incluindo judeus, ciganos, homossexuais, comunistas e indivíduos com deficiências físicas. Entretanto, quantas pessoas torcem o nariz da mesma maneira quando falamos de Comunismo?
Rudolph Joseph Rummel, falecido professor emérito de ciência política e um dos mais aclamados especialistas mundiais em democídio, calculou que o comunismo matou 170 milhões de pessoas apenas no século XX.
Em "Statistics of Democide: Genocide and Mass Murder since 1900", publicado em 1998, Rummel afirma que todas as guerras ocorridas entre 1900 e 1987 custaram a vida de aproximadamente 34 milhões de pessoas – incluídos aí os óbitos da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, da Guerra da Coreia e das Revoluções no México e na Rússia. Para efeito de comparação, Mao TseTung, por meio de seu regime, foi responsável por duas vezes mais mortes que todas estas guerras ajuntadas.
Ainda que o Comunismo tenha ceifado a vida de dezenas de milhões de pessoas e ser completamente ineficiente na maioria dos indicadores em que se auto-afirma “campeão”, ele é capaz de operar uma mágica e não ser considerado hediondo pelo consciente coletivo.
Com uma frequência assombrosa, o Comunismo é ensinado nas escolas e nas faculdades como um sistema “teoricamente bom” (o nazismo era “teoricamente bom”?), não tendo obtido o merecido sucesso simplesmente por ter sido “mal executado”.
Contabilizando-se todas as tragédias humanas que protagonizou ao longo do século XX, assusta pensar o que acontecerá se um dia o Comunismo for finalmente “bem executado”.
Vote com responsabilidade.
60% DE CHANCES DE UM GOVERNO MILITAR EM 2019
Sou médico há mais de 20 anos, atuando na área de Emergência e Urgência e com alguma experiência em cirurgia geral e do trauma (10 anos), e digo o seguinte:
Trata-se de paciente de 63 anos de idade vítima de um gravíssimo trauma abdominal ppr arma branca, submetido a uma laparotomia extensa sob uma situação de provável choque hemorrágico. Ainda que seja impossível determinar exatamente o quadro inicial sem haver participado in loco do ato cirúrgico, não é difícil perceber o alto risco do quadro.
A dieta foi introduzida corretamente. Em traumas assim, tão logo se perceba o funcionamento da colostomia, o recomendável é reiniciar a dieta oral líquido-pastosa o quanto antes. O intestino delgado produz 6 L de secreção entérica por dia - um volume de trânsito considerável que por si só já basta para provocar vazamentos ou obstrução, a despeito da dieta.
A necessidade de uma nova cirurgia é extremamente preocupante. Existem muitas possibilidades e apenas a correta descrição técnica do procedimento poderia esclarecer isso. Considerando a cronologia de 5°/6° dia de pós-operatório, eu pensaria em deiscência de sutura de delgado ou algum ferimento corto-contuso intestinal que passou despercebido inicialmente, evoluindo com íleo paralítico devido peritonite inflamatória. Mas "brida", não. Obstruções por bridas e aderências em geral levam anos para acontecer - algumas vezes, décadas.
Independente da clínica, o que acontece se JB morrer?
Precisamente ESSA é a pergunta que todos trazem velada e cuja resposta pode equivaler a uma ruptura institucional como jamais visto.
Enxergo 5 possibilidades contextuais:
1) Ele sobrevive a despeito dos riscos, recupera-se e é eleito, tomando posse normalmente. Segue o jogo.
2) Ele não sobrevive e o eleito é algum candidato com viés "direitista" (Amoedo, Alckmin, Meirelles, Dias). Segue o jogo.
3) Ele não sobrevive e o eleito é seu vice, alçado à condição de candidato da legenda. Teremos um militar na presidência.
4) Ele não sobrevive e o eleito é um candidato com viés esquerdista. Militares fecham tudo e assumem.
5) Ele não sobrevive e instala-se uma crise institucional sem precedetes. Militares fecham tudo e assumem.
Em apenas 40% destes cenários, escapamos de um governo militar em 2019, e não sem profundas cicatrizes no desenrolar do drama.
Dias de reflexão estes. Dias de nuvens.
Trata-se de paciente de 63 anos de idade vítima de um gravíssimo trauma abdominal ppr arma branca, submetido a uma laparotomia extensa sob uma situação de provável choque hemorrágico. Ainda que seja impossível determinar exatamente o quadro inicial sem haver participado in loco do ato cirúrgico, não é difícil perceber o alto risco do quadro.
A dieta foi introduzida corretamente. Em traumas assim, tão logo se perceba o funcionamento da colostomia, o recomendável é reiniciar a dieta oral líquido-pastosa o quanto antes. O intestino delgado produz 6 L de secreção entérica por dia - um volume de trânsito considerável que por si só já basta para provocar vazamentos ou obstrução, a despeito da dieta.
A necessidade de uma nova cirurgia é extremamente preocupante. Existem muitas possibilidades e apenas a correta descrição técnica do procedimento poderia esclarecer isso. Considerando a cronologia de 5°/6° dia de pós-operatório, eu pensaria em deiscência de sutura de delgado ou algum ferimento corto-contuso intestinal que passou despercebido inicialmente, evoluindo com íleo paralítico devido peritonite inflamatória. Mas "brida", não. Obstruções por bridas e aderências em geral levam anos para acontecer - algumas vezes, décadas.
Independente da clínica, o que acontece se JB morrer?
Precisamente ESSA é a pergunta que todos trazem velada e cuja resposta pode equivaler a uma ruptura institucional como jamais visto.
Enxergo 5 possibilidades contextuais:
1) Ele sobrevive a despeito dos riscos, recupera-se e é eleito, tomando posse normalmente. Segue o jogo.
2) Ele não sobrevive e o eleito é algum candidato com viés "direitista" (Amoedo, Alckmin, Meirelles, Dias). Segue o jogo.
3) Ele não sobrevive e o eleito é seu vice, alçado à condição de candidato da legenda. Teremos um militar na presidência.
4) Ele não sobrevive e o eleito é um candidato com viés esquerdista. Militares fecham tudo e assumem.
5) Ele não sobrevive e instala-se uma crise institucional sem precedetes. Militares fecham tudo e assumem.
Em apenas 40% destes cenários, escapamos de um governo militar em 2019, e não sem profundas cicatrizes no desenrolar do drama.
Dias de reflexão estes. Dias de nuvens.
10 setembro 2018
TRÊS CARACTERÍSTICAS DA MENTALIDADE ESQUERDISTA
Uma das principais características da mentalidade Esquerdista é a crença de que a educação e a cultura podem alterar todo o comportamento humano. Do lado oposto a este argumento estão os Conservadores, que afirmam que possuímos uma “natureza humana” intrínseca, implícita e hereditária.
É óbvio que qualquer ideia que inclua o conceito de “natureza humana” traz embutida a convicção de que certas coisas não podem ser mudadas – algo que soa como uma blasfêmia aos ouvidos dos ideólogos de esquerda, que habitualmente descartam aquilo que não se adequa às suas crenças, a despeito da enormidade de evidências.
Ao admitir que existem características humanas importantes e essencialmente inexoráveis relacionadas aos nossos genes, os Conservadores não condenam a humanidade a algum tipo de determinismo, mas simplesmente admitem que não somos maleáveis “ao infinito” do modo como os Esquerdistas acreditam.
Outra característica da mentalidade esquerdista é sua notória oposição a toda e qualquer autoridade – especialmente a autoridade baseada em códigos Morais. É por isso que o Esquerdismo luta contra costumes, tradições e convenções ancestrais: reconhecer a autoridade desses sistemas é o mesmo que conservá-los onde sempre estiveram, e isso – dentro de sua mentalidade vitimista – lhes tiraria a chance de obter um lugar ao sol.
Se todos os códigos Morais fossem eliminados - incluindo os códigos que afirmam a licitude da propriedade privada, a reverência ao trabalho, o respeito ao livre mercado e a legitimidade do lucro -, então a autoridade Conservadora poderia ser considerada inútil e extinta da face da terra. No delírio da mentalidade esquerdista, isto significaria a derradeira liberdade de homens e mulheres, que finalmente viveriam livres das tradições Morais despóticas que os submetiam. Não admira que a promessa deste “paraíso fácil na terra” tenha agrupado na Esquerda pessoas que desprezam a disciplina emocional, a resiliência mental, o sucesso por esforço próprio e os legados das gerações que os antecederam.
Ao desprezar a “natureza humana” e declarar guerra contra a ordem existente no mundo, a Esquerda pretendeu deletar dos livros de ciência os milhões de anos de evolução que formataram nossas personalidades e a maneira como nos relacionamos com conceitos como justiça, estabilidade, fidelidade, confiança e afeto. Para assumir confortavelmente o lugar de vítimas e juízes, assumiram a metanarrativa virulenta de que qualquer discordância à sua “nova estrutura” era uma demonstração de prepotência, intolerância, racismo, sexismo, perseguição e abuso, e com isso a Esquerda construiu sua mirabolante torre de mármore.
Finalmente, a mentalidade Esquerdista caracteriza-se por representar o clímax da incongruência. Os Esquerdistas raramente vivem entre as minorias de quem ostensivamente se dizem “defensores”. Eles são “liberais de limusine”, na expressão famosa do vice-presidente Spiro Agnew, ou a Esquerda-Caviar, como definiu Rodrigo Constantino em seu livro de 2013. Toda sua defesa em favor dos “oprimidos” não passa de retórica vazia, e seu igualitarismo só vai até onde seu conforto lhes permite.
Você jamais verá um Esquerdista protestando contra o capitalismo e mudando para o Vietnã ou para a Coreia do Norte. No máximo, farão uma viagem para Rússia ou Cuba e tirarão algumas fotos turísticas para postar em seus currículos virtuais. Na volta, passarão em um caro restaurante francês ou darão um passeio pela Disney para desintoxicar do capitalismo opressor. E esta é a tal mentalidade esquerdista.
É óbvio que qualquer ideia que inclua o conceito de “natureza humana” traz embutida a convicção de que certas coisas não podem ser mudadas – algo que soa como uma blasfêmia aos ouvidos dos ideólogos de esquerda, que habitualmente descartam aquilo que não se adequa às suas crenças, a despeito da enormidade de evidências.
Ao admitir que existem características humanas importantes e essencialmente inexoráveis relacionadas aos nossos genes, os Conservadores não condenam a humanidade a algum tipo de determinismo, mas simplesmente admitem que não somos maleáveis “ao infinito” do modo como os Esquerdistas acreditam.
Outra característica da mentalidade esquerdista é sua notória oposição a toda e qualquer autoridade – especialmente a autoridade baseada em códigos Morais. É por isso que o Esquerdismo luta contra costumes, tradições e convenções ancestrais: reconhecer a autoridade desses sistemas é o mesmo que conservá-los onde sempre estiveram, e isso – dentro de sua mentalidade vitimista – lhes tiraria a chance de obter um lugar ao sol.
Se todos os códigos Morais fossem eliminados - incluindo os códigos que afirmam a licitude da propriedade privada, a reverência ao trabalho, o respeito ao livre mercado e a legitimidade do lucro -, então a autoridade Conservadora poderia ser considerada inútil e extinta da face da terra. No delírio da mentalidade esquerdista, isto significaria a derradeira liberdade de homens e mulheres, que finalmente viveriam livres das tradições Morais despóticas que os submetiam. Não admira que a promessa deste “paraíso fácil na terra” tenha agrupado na Esquerda pessoas que desprezam a disciplina emocional, a resiliência mental, o sucesso por esforço próprio e os legados das gerações que os antecederam.
Ao desprezar a “natureza humana” e declarar guerra contra a ordem existente no mundo, a Esquerda pretendeu deletar dos livros de ciência os milhões de anos de evolução que formataram nossas personalidades e a maneira como nos relacionamos com conceitos como justiça, estabilidade, fidelidade, confiança e afeto. Para assumir confortavelmente o lugar de vítimas e juízes, assumiram a metanarrativa virulenta de que qualquer discordância à sua “nova estrutura” era uma demonstração de prepotência, intolerância, racismo, sexismo, perseguição e abuso, e com isso a Esquerda construiu sua mirabolante torre de mármore.
Finalmente, a mentalidade Esquerdista caracteriza-se por representar o clímax da incongruência. Os Esquerdistas raramente vivem entre as minorias de quem ostensivamente se dizem “defensores”. Eles são “liberais de limusine”, na expressão famosa do vice-presidente Spiro Agnew, ou a Esquerda-Caviar, como definiu Rodrigo Constantino em seu livro de 2013. Toda sua defesa em favor dos “oprimidos” não passa de retórica vazia, e seu igualitarismo só vai até onde seu conforto lhes permite.
Você jamais verá um Esquerdista protestando contra o capitalismo e mudando para o Vietnã ou para a Coreia do Norte. No máximo, farão uma viagem para Rússia ou Cuba e tirarão algumas fotos turísticas para postar em seus currículos virtuais. Na volta, passarão em um caro restaurante francês ou darão um passeio pela Disney para desintoxicar do capitalismo opressor. E esta é a tal mentalidade esquerdista.
05 setembro 2018
PRECISAMOS DE MAIS DINHEIRO PARA A EDUCAÇÃO?
Não. Mas talvez desenhando fique mais fácil:
Se você observar as 4 figuras deste post verá que, entre 2000 e 2014, a população brasileira cresceu 16% (de 173 para 202 milhões de pessoas).
Nos exames PISA, de 2000 para 2015, avançamos apenas 11% em Matemática (saímos de 337 pontos para 377 pontos); 6% em Ciência (de 375 para 401 pontos), e 2% em Leitura (de 396 para 407 pontos).
Mais ou menos no mesmo período, em valores correntes, o orçamento destinado ao Ministério da Educação recebeu um incremento de 700%, saindo de 18,0 para 126,1 bilhões de reais. Todavia, entre 2002 e 2013, o investimento público em educação em relação ao PIB aumentou 45% (de 4,8% para 7%).
Confira novamente os gráficos: está vendo algum crescimento de 45% ou 700% em nossos resultados no teste PISA?
E você acha que injetar ainda mais dinheiro vai resolver isso...
____
Fonte dos dados:
- http://www.oecd.org/pisa/
- https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/populacao/9109-projecao-da-populacao.html?=&t=notas-tecnicas
- https://ptnosenado.org.br/wp/wp-content/uploads/2017/10/educacao_basica_artigo_argumento.pdf
Se você observar as 4 figuras deste post verá que, entre 2000 e 2014, a população brasileira cresceu 16% (de 173 para 202 milhões de pessoas).
Nos exames PISA, de 2000 para 2015, avançamos apenas 11% em Matemática (saímos de 337 pontos para 377 pontos); 6% em Ciência (de 375 para 401 pontos), e 2% em Leitura (de 396 para 407 pontos).
Mais ou menos no mesmo período, em valores correntes, o orçamento destinado ao Ministério da Educação recebeu um incremento de 700%, saindo de 18,0 para 126,1 bilhões de reais. Todavia, entre 2002 e 2013, o investimento público em educação em relação ao PIB aumentou 45% (de 4,8% para 7%).
Confira novamente os gráficos: está vendo algum crescimento de 45% ou 700% em nossos resultados no teste PISA?
E você acha que injetar ainda mais dinheiro vai resolver isso...
____
Fonte dos dados:
- http://www.oecd.org/pisa/
- https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/populacao/9109-projecao-da-populacao.html?=&t=notas-tecnicas
- https://ptnosenado.org.br/wp/wp-content/uploads/2017/10/educacao_basica_artigo_argumento.pdf
UMA VISÃO SCHOPENHAUERIANA DAS ELEIÇÕES DE 2018
O brasileiro médio possui um QI de 87-89, o que nos coloca em uma categoria chamada Embotamento: indivíduos assim apresentam enorme dificuldade em expressar emoções e sentimentos, sendo o Embotamento um comportamento comum na esquizofrenia e em outras doenças psiquiátricas (Flores-Mendoza C et al. Considerações sobre QI e capital humano no Brasil. Temas psicol. 2012; 20(1):133-154).
Em termos educacionais, 61% dos nossos estudantes sequer conseguem chegar ao final do principal exame de avaliação internacional de educação básica, o PISA (Paulo Saldanha. Alunos brasileiros não chegam ao fim de prova em avaliação mundial. Folha de São Paulo, 19 de julho de 2018).
Some-se a isso que apenas 11,9% dos brasileiros têm algum interesse por política, e 39,4% não têm qualquer interesse no assunto (Kerbauy MTM, Dias ALV. O comportamento eleitoral dos paulistas e dos brasileiros nas eleições de 2002 e 2014. Opinião Pública. Jan-Abr 2017; 23(1):60-95).
Seria demais esperar que 100% dos eleitores saibam identificar corretamente a dicotomia ideológica entre Esquerda (Coletivismo) e Direita (Meritocracia Objetivista).
Agora faça aí suas contas fora da bolha das redes sociais e calcule as chances de a eleição deste ano realmente resultar em alguma coisa prática.
Em termos educacionais, 61% dos nossos estudantes sequer conseguem chegar ao final do principal exame de avaliação internacional de educação básica, o PISA (Paulo Saldanha. Alunos brasileiros não chegam ao fim de prova em avaliação mundial. Folha de São Paulo, 19 de julho de 2018).
Some-se a isso que apenas 11,9% dos brasileiros têm algum interesse por política, e 39,4% não têm qualquer interesse no assunto (Kerbauy MTM, Dias ALV. O comportamento eleitoral dos paulistas e dos brasileiros nas eleições de 2002 e 2014. Opinião Pública. Jan-Abr 2017; 23(1):60-95).
Seria demais esperar que 100% dos eleitores saibam identificar corretamente a dicotomia ideológica entre Esquerda (Coletivismo) e Direita (Meritocracia Objetivista).
Agora faça aí suas contas fora da bolha das redes sociais e calcule as chances de a eleição deste ano realmente resultar em alguma coisa prática.
23 agosto 2018
A ANTIGA LIÇÃO DE PARKINSON PARA O BRASIL DE HOJE
Em “The Law of a Longer Life” (A Lei de uma Vida Mais Longa, publicado em 1980), o historiador e escritor britânico Cyril Northcote Parkinson (1909-1993) distingue seis estágios sequenciais pelos quais as civilizações passam rumo ao caos e à dissolução:
1 – Supercentralização da Política.
2 – Crescimento imoderado da tributação.
3 – Aumento do sistema de administração centralizado.
4 – Promoção das pessoas erradas no labirinto burocrático formado.
5 – Ímpeto de esbanjar: depois de anos ou décadas de gastos públicos, o governo, privado da coragem de reduzir seus custos e tendo alçado os impostos a uma carga quase insustentável, faz uma enorme dívida e a descarrega sobre os ombros de alguma geração futura.
6 – Predomínio das opiniões liberais: o sentimentalismo fraco drena a Razão e a vontade de grande parte da nação, que agora não pensa mais no futuro – seu maior interesse é apenas o presente e nada muito além disso.
Soa familiar para você?
1 – Supercentralização da Política.
2 – Crescimento imoderado da tributação.
3 – Aumento do sistema de administração centralizado.
4 – Promoção das pessoas erradas no labirinto burocrático formado.
5 – Ímpeto de esbanjar: depois de anos ou décadas de gastos públicos, o governo, privado da coragem de reduzir seus custos e tendo alçado os impostos a uma carga quase insustentável, faz uma enorme dívida e a descarrega sobre os ombros de alguma geração futura.
6 – Predomínio das opiniões liberais: o sentimentalismo fraco drena a Razão e a vontade de grande parte da nação, que agora não pensa mais no futuro – seu maior interesse é apenas o presente e nada muito além disso.
Soa familiar para você?
“PENSAMENTO POSITIVO” E “MENTALIDADE GUERREIRA” NÃO AUMENTAM AS CHANCES DE SOBREVIDA EM PESSOAS COM CÂNCER*
A televisão, os jornais e as mídias sociais vivem
sugerindo que pessoas com câncer deveriam apegar-se à fé e ao otimismo, pois suas
chances de cura poderiam ser aumentadas por meio de pensamentos positivos ou
adotando-se uma “mentalidade de luta”.
Lamento informar que não existem evidências científicas convincentes
de uma associação entre a personalidade e a sobrevida em pessoa com câncer. Os
estudos que mostram “associações positivas” em geral são de qualidade metodológica
inferior ou substancialmente menores que estudos mostram “nenhum efeito”
.
A psicoterapia pode melhorar a qualidade de vida e a adesão
ao tratamento, mas nenhum estudo clínico randomizado ou metanálise provou
qualquer efeito da psicoterapia na sobrevida de pacientes oncológicos. Tampouco
existem evidências sólidas de que “ter câncer” seja capaz de enriquecer a
experiência de vida de alguém ou leve a um crescimento pessoal capaz de aumentar
da percepção de felicidade.
Se uma doença não é um “faz-de-conta”, ela não deve ser
tratada com pensamentos ilusórios (wishfull thinking) trazidos diretamente da
terra das fantasias metafísicas não-comprovadas. Em Medicina, a melhora de uma
doença grave não depende da “torcida”. Ela depende de tratamento adequado e Ciência.
_____
03 agosto 2018
O CÉREBRO, O SELF E A ALMA*
A neurociência continua tentando determinar em que parte do cérebro a Identidade Pessoal se esconde. O Córtex Pré-Frontal lidera as apostas, mas a corrida está longe de terminar (14). Não obstante, ao sediar anatomicamente a Identidade Pessoal no cérebro, a ciência introduziu alguns dilemas interessantes: como nos demais mamíferos, o cérebro humano é dividido em dois hemisférios - esquerdo e direito -, unidos principalmente por uma estrutura chamada Corpo Caloso. Ao longo da vida, 3% das pessoas serão afetadas por um transtorno onde um foco de neurônios “decide” disparar descargas anômalas que atravessam as centenas de milhões de projeções axônicas do corpo caloso, atingindo os hemisférios cerebrais como uma tempestade elétrica (15). Estas tempestades generalizadas manifestam-se como crises convulsivas e são conhecidas como Epilepsia.
Cerca de 30% dos portadores de Epilepsia sofrem com convulsões severas que não respondem a qualquer tratamento medicamentoso, levando uma vida miserável (15). Na década de 1940, neurocirurgiões americanos elaboraram uma alternativa para resolver este martírio: um procedimento cirúrgico paliativo denominado Calosotomia (1). Na Calosotomia, o corpo caloso é parcial ou totalmente seccionado, diminuindo ou eliminando o tráfego de impulsos cerebrais por esta via. Quando bem indicada e realizada de maneira precisa, a operação obtém um bom índice de sucesso no controle das convulsões (2,3). Entretanto, se a Identidade Pessoal depende do funcionamento do cérebro e o cérebro possui “duas partes”, quando separamos estas partes, a Identidade muda? Será que um cérebro dividido ao meio divide também a Identidade ao meio, ocasionando um corpo habitado por uma mente com duas Identidades diferentes?
Alguns pacientes submetidos à Calosotomia desenvolvem transtornos na fala, na visão, na orientação espaço-temporal, na memória de curto prazo e na coordenação motora (em um caso, uma paciente relatou que suas mãos pareciam discordar e competir entre si, tornando atividades tão banais quanto comer um sanduíche uma dança angustiante) (4). Felizmente, na maioria das vezes, estes desarranjos desaparecem com o tempo. Quanto à Identidade Pessoal, nenhuma alteração significativa jamais foi percebida (5,8).
A manutenção da Identidade Pessoal nestes indivíduos pode ser explicada por dois fatores. Primeiro: o corpo caloso certamente é a autoestrada inter-hemisférica mais movimentada, mas não é a única – muitos outros feixes de neurônios cruzam de um lado para o outro nas comissuras anterior, hipocampal, habenular, posterior e supra-óptica. Portanto, quando o corpo caloso é seccionado, o cérebro não é exatamente “dividido ao meio”. Segundo: pesquisas mostraram que, apesar de algumas funções específicas serem privilégio de um ou outro hemisfério, tudo indica que as operações cerebrais funcionem em um esquema de mutirão – por meio da neuroplasticidade, os comandos podem ser processados acionando-se qualquer área capaz de atender às necessidades do momento (13). A função do corpo caloso não é unificar a experiência da consciência entre os hemisférios, mas duplicá-la: a Identidade Pessoal não existe de um ou outro lado, mas em ambos os lados do cérebro, simultaneamente (6).
A história de “essa função ocorre do lado esquerdo; aquela função, do lado direito” é um mito famoso sobre a especialização cerebral, mas 99,9% desta concepção lendária não vai muito além disso – de uma lenda. Como mencionado, a secção do corpo caloso não redunda em duas Identidades Pessoais, mas na continuidade de uma consciência unitária que passa a perceber o mundo utilizando vias de informação mal-integradas (7). Além disso, mesmo removendo-se integralmente um hemisfério cerebral, a Identidade Pessoal não se altera (9,10). Mas aqui surge outra interrogação: se fosse possível pegar o hemisfério cerebral retirado de uma pessoa e transplantá-lo em um Receptor de corpo inteiro (por exemplo: alguém que sofreu morte cerebral, mas, fora isso, apresenta um corpo em boas condições de funcionamento), teríamos dois corpos com a mesma a Identidade Pessoal?
Para os partidários do discernimento científico, a resposta é simples: em um primeiro momento, antes que o paciente Receptor realizasse qualquer input de informação, ele e o Doador compartilhariam uma mesma e exata Identidade Pessoal. Assim que começassem as interações com o ambiente, essas Identidades iniciariam seu processo de divergência.
As experiências jamais são absolutamente idênticas para duas pessoas: ainda que se sentem bem próximas na hora do almoço, cada uma percebe o ambiente a partir de sua própria cadeira. Basta ver o que ocorre com gêmeos univitelinos: até onde os genes demandam, eles se parecem. A partir das fronteiras onde o mundo os influencia, eles destoam progressivamente, desenvolvendo suas próprias Identidades a despeito de serem 100% equivalentes em termos genéticos. Em nível anátomo-fisiológico, continuarão gêmeos; em nível sócio-econômico-cultural, formarão Identidades específicas. Um fenômeno análogo sucederia com nossos pacientes Meio-Cérebro Doador e Meio-Cérebro Receptor: eles começariam como Identidades iguais, mas logo se tornariam Identidades Ímpares, ainda que fundadas a partir de uma mesma base orgânica cerebral.
Todavia, para os adeptos da Identidade Pessoal Permanente – que acreditam que uma alma ou um self místico que ultrapassa a matéria é essencial para o funcionamento do corpo –, a situação se torna um pouco mais complicada.
Após o procedimento, o corpo do Receptor recupera a consciência. Ele acorda, abre os olhos, levanta-se e conversa – mas como isso seria possível, uma vez que a “alma” havia abandonado aquele corpo? Ou será que a “parte imaterial do Ser” ainda habitava o corpo do Receptor mesmo quando seu cérebro foi completamente removido, tendo sido reativada no instante que o meio-cérebro do Doador foi plugado ao sistema? Neste caso, um corpo decapitado ainda possui uma alma? Se positivo, até que ponto podemos ir desmembrando um corpo antes que a alma o abandone de vez? Como demonstrado pelas evidências da neurocirurgia (11,12), cada hemisfério cerebral possui uma cópia inteira de nossas Identidades. De que maneira o Receptor, ao despertar da anestesia, poderia recuperar sua Identidade anterior – jogada fora quando seu cérebro foi integralmente removido?
É óbvio afirmar que um corpo sem cérebro não pode ter atividade cerebral. Até onde vai o entendimento médico e legal, a ausência de atividade cerebral significa “morte”. Se “morte” também equivale à separação da alma do corpo, a partir do momento em que o cérebro do Receptor foi extraído (ou declarado “sem atividade”), seu corpo passou a ser um envelope sem Identidade, uma embalagem vazia, sem self e sem alma. Com o transplante de hemisfério, o “espírito vital” que agora o anima veio na bagagem do meio-cérebro do Doador? Neste caso, a transferência foi de 100% da alma do Doador, 50%, 30%, 10%?
Em um exercício de contemporização, vamos aceitar a suposição de que a “alma imortal” não reside exatamente no cérebro, mas apenas utiliza um corpo viável para se manifestar neste mundo. Considerando que a Identidade Pessoal está sempre mudando de desejos, métodos e valores, sofrendo progressos e decrepitudes Morais ao longo da vida, quais partes desta construção deveriam ser mantidas para que a Identidade do espírito original do paciente Receptor, doravante despido do corpo, corresponda a alguém que ele reconheça como a pessoa que se tornou antes de partir para o além-túmulo? (16)
Finalmente, ao ver o paciente Doador e o paciente Receptor disparando um para cada lado, como reagiria um devoto do sobrenatural se recebesse a ordem: “Pegue aquele que tem a alma inteira!” – atrás de quem ele diria?
Deixo a solução destas dúvidas a cargo dos pensadores que consideram a Metafísica um assunto “válido”. Eu não sou um deles.
____
*(Parte integrante do livro "Sobre a Natureza e a Crise da Moralidade', em edição).
Referências Bibliográficas:
1. Van Wagenen WP, Herren RY. Surgical division of commissural pathways in the corpus callosum – Relation to spread of an epileptic attack. Archives of Neurology and Psychiatry. 1940; 44:740-9.
2. Wilson DH, Reeves A, Gazzaniga M, Culver C. Cerebral commissurotomy for control of intractable seizures. Neurology. 1977 Aug;27(8):708-15.
3. Asadi-Pooya AA1, Sharan A, Nei M, Sperling MR. Corpus callosotomy. Epilepsy Behav. 2008 Aug;13(2):271-8.
4. Cendes F, Ragazzo PC, Da Costa V, Martins LF. Síndrome de Desconexão Inter-hemisférica após calosotomia total associada à comissurotomia anterior para tratamento de epilepsia resistente - relato de um caso. Arq Neuro-Psiquiat. 1990; 48(3):385-388.
5. Puccetti R. Brain Bisection and Personal Identity. Br J Philos Sci 1973 Dec; 24(4):339-355.
6. Puccetti R. The case for mental duality: Evidence from split-brain data and other considerations. Behavioral and Brain Sciences. 1981 Mar; 4(1):93-99.
7. Pinto Y, de Haan EHF, Lamme VAF. The Split-Brain Phenomenon Revisited: A Single Conscious Agent with Split Perception. Opinion. 2017 Nov; 21(11):835-851.
8. Yun-Jeong Lee et al. Long-Term Outcomes of Hemispheric Disconnection in Pediatric Patients with Intractable Epilepsy. Clin Neurol. 2014 Apr;10(2):101-107.
9. Sean M. Hemispherectomy in the treatment of seizures: a review. Transl Pediatr. 2014 Jul; 3(3): 208–217.
10. Schusse CM, Smith K, Drees C. Outcomes after hemispherectomy in adult patients with intractable epilepsy: institutional experience and systematic review of the literature. J Neurosurg. 2018 Mar;128(3):853-861.
11. van Empelen R et al. Functional consequences of hemispherectomy. Brain. 2004 Sep;127(Pt 9):2071-9.
12. Moosa AN et al. Long-term functional outcomes and their predictors after hemispherectomy in 115 children. Epilepsia. 2013 Oct;54(10):1771-9.
13. Krishnan SS et al. Neuroplasticity in hemispheric syndrome: an interesting case report. Neurol India. 2011 Jul-Aug;59(4):601-4.
14. Mark R. Leary, June Price Tangney. Handbook of Self and Identity. The Guilford Press (2012).
15. Protocolo de Diretrizes Terapêuticas. Epilepsia. Ministério da Saúde (2015). Acessado em http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/04/Epilepsia---PCDT-Formatado--.pdf
16. Eric T. Olson. Self: Personal Identity. In Wiliam P. Banks, Encyclopedia of Counsciousness, Vol. 2. Elsevier Academic Press (2009).
Cerca de 30% dos portadores de Epilepsia sofrem com convulsões severas que não respondem a qualquer tratamento medicamentoso, levando uma vida miserável (15). Na década de 1940, neurocirurgiões americanos elaboraram uma alternativa para resolver este martírio: um procedimento cirúrgico paliativo denominado Calosotomia (1). Na Calosotomia, o corpo caloso é parcial ou totalmente seccionado, diminuindo ou eliminando o tráfego de impulsos cerebrais por esta via. Quando bem indicada e realizada de maneira precisa, a operação obtém um bom índice de sucesso no controle das convulsões (2,3). Entretanto, se a Identidade Pessoal depende do funcionamento do cérebro e o cérebro possui “duas partes”, quando separamos estas partes, a Identidade muda? Será que um cérebro dividido ao meio divide também a Identidade ao meio, ocasionando um corpo habitado por uma mente com duas Identidades diferentes?
Alguns pacientes submetidos à Calosotomia desenvolvem transtornos na fala, na visão, na orientação espaço-temporal, na memória de curto prazo e na coordenação motora (em um caso, uma paciente relatou que suas mãos pareciam discordar e competir entre si, tornando atividades tão banais quanto comer um sanduíche uma dança angustiante) (4). Felizmente, na maioria das vezes, estes desarranjos desaparecem com o tempo. Quanto à Identidade Pessoal, nenhuma alteração significativa jamais foi percebida (5,8).
A manutenção da Identidade Pessoal nestes indivíduos pode ser explicada por dois fatores. Primeiro: o corpo caloso certamente é a autoestrada inter-hemisférica mais movimentada, mas não é a única – muitos outros feixes de neurônios cruzam de um lado para o outro nas comissuras anterior, hipocampal, habenular, posterior e supra-óptica. Portanto, quando o corpo caloso é seccionado, o cérebro não é exatamente “dividido ao meio”. Segundo: pesquisas mostraram que, apesar de algumas funções específicas serem privilégio de um ou outro hemisfério, tudo indica que as operações cerebrais funcionem em um esquema de mutirão – por meio da neuroplasticidade, os comandos podem ser processados acionando-se qualquer área capaz de atender às necessidades do momento (13). A função do corpo caloso não é unificar a experiência da consciência entre os hemisférios, mas duplicá-la: a Identidade Pessoal não existe de um ou outro lado, mas em ambos os lados do cérebro, simultaneamente (6).
A história de “essa função ocorre do lado esquerdo; aquela função, do lado direito” é um mito famoso sobre a especialização cerebral, mas 99,9% desta concepção lendária não vai muito além disso – de uma lenda. Como mencionado, a secção do corpo caloso não redunda em duas Identidades Pessoais, mas na continuidade de uma consciência unitária que passa a perceber o mundo utilizando vias de informação mal-integradas (7). Além disso, mesmo removendo-se integralmente um hemisfério cerebral, a Identidade Pessoal não se altera (9,10). Mas aqui surge outra interrogação: se fosse possível pegar o hemisfério cerebral retirado de uma pessoa e transplantá-lo em um Receptor de corpo inteiro (por exemplo: alguém que sofreu morte cerebral, mas, fora isso, apresenta um corpo em boas condições de funcionamento), teríamos dois corpos com a mesma a Identidade Pessoal?
Para os partidários do discernimento científico, a resposta é simples: em um primeiro momento, antes que o paciente Receptor realizasse qualquer input de informação, ele e o Doador compartilhariam uma mesma e exata Identidade Pessoal. Assim que começassem as interações com o ambiente, essas Identidades iniciariam seu processo de divergência.
As experiências jamais são absolutamente idênticas para duas pessoas: ainda que se sentem bem próximas na hora do almoço, cada uma percebe o ambiente a partir de sua própria cadeira. Basta ver o que ocorre com gêmeos univitelinos: até onde os genes demandam, eles se parecem. A partir das fronteiras onde o mundo os influencia, eles destoam progressivamente, desenvolvendo suas próprias Identidades a despeito de serem 100% equivalentes em termos genéticos. Em nível anátomo-fisiológico, continuarão gêmeos; em nível sócio-econômico-cultural, formarão Identidades específicas. Um fenômeno análogo sucederia com nossos pacientes Meio-Cérebro Doador e Meio-Cérebro Receptor: eles começariam como Identidades iguais, mas logo se tornariam Identidades Ímpares, ainda que fundadas a partir de uma mesma base orgânica cerebral.
Todavia, para os adeptos da Identidade Pessoal Permanente – que acreditam que uma alma ou um self místico que ultrapassa a matéria é essencial para o funcionamento do corpo –, a situação se torna um pouco mais complicada.
Após o procedimento, o corpo do Receptor recupera a consciência. Ele acorda, abre os olhos, levanta-se e conversa – mas como isso seria possível, uma vez que a “alma” havia abandonado aquele corpo? Ou será que a “parte imaterial do Ser” ainda habitava o corpo do Receptor mesmo quando seu cérebro foi completamente removido, tendo sido reativada no instante que o meio-cérebro do Doador foi plugado ao sistema? Neste caso, um corpo decapitado ainda possui uma alma? Se positivo, até que ponto podemos ir desmembrando um corpo antes que a alma o abandone de vez? Como demonstrado pelas evidências da neurocirurgia (11,12), cada hemisfério cerebral possui uma cópia inteira de nossas Identidades. De que maneira o Receptor, ao despertar da anestesia, poderia recuperar sua Identidade anterior – jogada fora quando seu cérebro foi integralmente removido?
É óbvio afirmar que um corpo sem cérebro não pode ter atividade cerebral. Até onde vai o entendimento médico e legal, a ausência de atividade cerebral significa “morte”. Se “morte” também equivale à separação da alma do corpo, a partir do momento em que o cérebro do Receptor foi extraído (ou declarado “sem atividade”), seu corpo passou a ser um envelope sem Identidade, uma embalagem vazia, sem self e sem alma. Com o transplante de hemisfério, o “espírito vital” que agora o anima veio na bagagem do meio-cérebro do Doador? Neste caso, a transferência foi de 100% da alma do Doador, 50%, 30%, 10%?
Em um exercício de contemporização, vamos aceitar a suposição de que a “alma imortal” não reside exatamente no cérebro, mas apenas utiliza um corpo viável para se manifestar neste mundo. Considerando que a Identidade Pessoal está sempre mudando de desejos, métodos e valores, sofrendo progressos e decrepitudes Morais ao longo da vida, quais partes desta construção deveriam ser mantidas para que a Identidade do espírito original do paciente Receptor, doravante despido do corpo, corresponda a alguém que ele reconheça como a pessoa que se tornou antes de partir para o além-túmulo? (16)
Finalmente, ao ver o paciente Doador e o paciente Receptor disparando um para cada lado, como reagiria um devoto do sobrenatural se recebesse a ordem: “Pegue aquele que tem a alma inteira!” – atrás de quem ele diria?
Deixo a solução destas dúvidas a cargo dos pensadores que consideram a Metafísica um assunto “válido”. Eu não sou um deles.
*(Parte integrante do livro "Sobre a Natureza e a Crise da Moralidade', em edição).
Referências Bibliográficas:
1. Van Wagenen WP, Herren RY. Surgical division of commissural pathways in the corpus callosum – Relation to spread of an epileptic attack. Archives of Neurology and Psychiatry. 1940; 44:740-9.
2. Wilson DH, Reeves A, Gazzaniga M, Culver C. Cerebral commissurotomy for control of intractable seizures. Neurology. 1977 Aug;27(8):708-15.
3. Asadi-Pooya AA1, Sharan A, Nei M, Sperling MR. Corpus callosotomy. Epilepsy Behav. 2008 Aug;13(2):271-8.
4. Cendes F, Ragazzo PC, Da Costa V, Martins LF. Síndrome de Desconexão Inter-hemisférica após calosotomia total associada à comissurotomia anterior para tratamento de epilepsia resistente - relato de um caso. Arq Neuro-Psiquiat. 1990; 48(3):385-388.
5. Puccetti R. Brain Bisection and Personal Identity. Br J Philos Sci 1973 Dec; 24(4):339-355.
6. Puccetti R. The case for mental duality: Evidence from split-brain data and other considerations. Behavioral and Brain Sciences. 1981 Mar; 4(1):93-99.
7. Pinto Y, de Haan EHF, Lamme VAF. The Split-Brain Phenomenon Revisited: A Single Conscious Agent with Split Perception. Opinion. 2017 Nov; 21(11):835-851.
8. Yun-Jeong Lee et al. Long-Term Outcomes of Hemispheric Disconnection in Pediatric Patients with Intractable Epilepsy. Clin Neurol. 2014 Apr;10(2):101-107.
9. Sean M. Hemispherectomy in the treatment of seizures: a review. Transl Pediatr. 2014 Jul; 3(3): 208–217.
10. Schusse CM, Smith K, Drees C. Outcomes after hemispherectomy in adult patients with intractable epilepsy: institutional experience and systematic review of the literature. J Neurosurg. 2018 Mar;128(3):853-861.
11. van Empelen R et al. Functional consequences of hemispherectomy. Brain. 2004 Sep;127(Pt 9):2071-9.
12. Moosa AN et al. Long-term functional outcomes and their predictors after hemispherectomy in 115 children. Epilepsia. 2013 Oct;54(10):1771-9.
13. Krishnan SS et al. Neuroplasticity in hemispheric syndrome: an interesting case report. Neurol India. 2011 Jul-Aug;59(4):601-4.
14. Mark R. Leary, June Price Tangney. Handbook of Self and Identity. The Guilford Press (2012).
15. Protocolo de Diretrizes Terapêuticas. Epilepsia. Ministério da Saúde (2015). Acessado em http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/04/Epilepsia---PCDT-Formatado--.pdf
16. Eric T. Olson. Self: Personal Identity. In Wiliam P. Banks, Encyclopedia of Counsciousness, Vol. 2. Elsevier Academic Press (2009).
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