É óbvio que qualquer ideia que inclua o conceito de “natureza humana” traz embutida a convicção de que certas coisas não podem ser mudadas – algo que soa como uma blasfêmia aos ouvidos dos ideólogos de esquerda, que habitualmente descartam aquilo que não se adequa às suas crenças, a despeito da enormidade de evidências.
Ao admitir que existem características humanas importantes e essencialmente inexoráveis relacionadas aos nossos genes, os Conservadores não condenam a humanidade a algum tipo de determinismo, mas simplesmente admitem que não somos maleáveis “ao infinito” do modo como os Esquerdistas acreditam.
Outra característica da mentalidade esquerdista é sua notória oposição a toda e qualquer autoridade – especialmente a autoridade baseada em códigos Morais. É por isso que o Esquerdismo luta contra costumes, tradições e convenções ancestrais: reconhecer a autoridade desses sistemas é o mesmo que conservá-los onde sempre estiveram, e isso – dentro de sua mentalidade vitimista – lhes tiraria a chance de obter um lugar ao sol.
Se todos os códigos Morais fossem eliminados - incluindo os códigos que afirmam a licitude da propriedade privada, a reverência ao trabalho, o respeito ao livre mercado e a legitimidade do lucro -, então a autoridade Conservadora poderia ser considerada inútil e extinta da face da terra. No delírio da mentalidade esquerdista, isto significaria a derradeira liberdade de homens e mulheres, que finalmente viveriam livres das tradições Morais despóticas que os submetiam. Não admira que a promessa deste “paraíso fácil na terra” tenha agrupado na Esquerda pessoas que desprezam a disciplina emocional, a resiliência mental, o sucesso por esforço próprio e os legados das gerações que os antecederam.
Ao desprezar a “natureza humana” e declarar guerra contra a ordem existente no mundo, a Esquerda pretendeu deletar dos livros de ciência os milhões de anos de evolução que formataram nossas personalidades e a maneira como nos relacionamos com conceitos como justiça, estabilidade, fidelidade, confiança e afeto. Para assumir confortavelmente o lugar de vítimas e juízes, assumiram a metanarrativa virulenta de que qualquer discordância à sua “nova estrutura” era uma demonstração de prepotência, intolerância, racismo, sexismo, perseguição e abuso, e com isso a Esquerda construiu sua mirabolante torre de mármore.
Finalmente, a mentalidade Esquerdista caracteriza-se por representar o clímax da incongruência. Os Esquerdistas raramente vivem entre as minorias de quem ostensivamente se dizem “defensores”. Eles são “liberais de limusine”, na expressão famosa do vice-presidente Spiro Agnew, ou a Esquerda-Caviar, como definiu Rodrigo Constantino em seu livro de 2013. Toda sua defesa em favor dos “oprimidos” não passa de retórica vazia, e seu igualitarismo só vai até onde seu conforto lhes permite.
Você jamais verá um Esquerdista protestando contra o capitalismo e mudando para o Vietnã ou para a Coreia do Norte. No máximo, farão uma viagem para Rússia ou Cuba e tirarão algumas fotos turísticas para postar em seus currículos virtuais. Na volta, passarão em um caro restaurante francês ou darão um passeio pela Disney para desintoxicar do capitalismo opressor. E esta é a tal mentalidade esquerdista.
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