30 setembro 2018

AS ELEIÇÕES DE 2018, A LIBERDADE E O COMUNISMO PALEOLÍTICO

Desde que nossa espécie surgiu no período quaternário da era Cenozoica, temos medo da Liberdade.

Liberdade estava relacionada à falta de proteção, ao risco da fome, à exposição aos elementos da Natureza e a predadores que fariam de cada um de nós a sua próxima refeição.

Queríamos proteção. Ansiávamos por ela. Necessitávamos dela por uma simples questão de sobrevivência. E assim juntamos famílias e tribos agricultoras no Neolítico, saímos das cavernas e formamos vilas e cidades, que em seguida viraram Nações e Estados gerenciados por uma simbiose de Governos e líderes religiosos que sustentavam a proteção em nosso nome. Para apaziguar o medo da Liberdade, contávamos com a tutelagem de Reis e Homens Sagrados de plena autoridade, e a vida era boa e rotineira - ainda que breve.

No século XVI, algo começou a mudar e nos tornamos grávidos do Mercantilismo. No século XVIII, esta gestação pariu a Companhia Britânica das Índias Orientais e a Companhia das Índias Orientais Holandesas, e fomos finalmente apresentados ao produto mercantil que condicionaria a Era Moderna: o famigerado  Capitalismo.

O Capitalismo é pura Liberdade. Liberdade de ir e vir, liberdade de escolha de profissões, liberdade de compra e venda de produtos e serviços. Como toda Liberdade, o Capitalismo reintroduziu o medo. Sob seu manto, voltamos à insegurança ancestral e instintiva dos predadores - agora rebatizados de burgueses, patrões, opressores gananciosos e afins.

Obedecendo à Terceira Lei de Newton, a este movimento seguiu-se um contra-movimento, e fatias consideráveis de pessoas assustadas com a Liberdade começaram a engendrar maneiras de retornar à proteção tribal-familiar do Paleolitico. Encontraram uma resposta aos seus medos reeditando a planificação coletivista em ideologias como Socialismo e Comunismo.

Socialistas e Comunistas não são humanitários altruístas, mas crianças assustadas que desejam ardentemente a proteção de alguém que os salve de suas próprias insuficiências de caráter. São fracos que se ressentem da natureza competitiva da vida e que abdicaram da Força e da Honra necessárias para tomar as rédeas de seus destinos.

O Coletivismo não consiste no avanço na direção de uma sociedade igualitária, mas um retrocesso aos tempos em que a Liberdade era mais um pesadelo que um sonho.

Eventualmente, a evolução natural das sociedades baseadas em Liberdade e Auto-responsabilidade enterrará este conceito nas areias da História. Por enquanto, seguimos em convulsões adolescentes enquanto as memórias da infância Paleolítica vão gradativamente sendo deixadas para trás.

As eleições de 2018 são apenas a edição mais recente e próxima de uma dessas febres. Vai passar.

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