24 setembro 2018

NADA TEMA: O SUCESSO NÃO É FÁCIL, MAS VALE O PREÇO!

Vamos lá: considerando o universo brasileiro de 147.302.357 de eleitores e descontada a projeção de 19.149.306 nulos/brancos e abstenções (média na série histórica das últimas 7 eleições presidenciais: 13%), teremos aproximadamente 128.153.050 votos válidos

Segundo os dados disponíveis, prevejo algo em torno de 46.135.098 votos para Bolsonaro no primeiro turno, com vitória em 18 estados, perdendo em Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Calculo que, para ser eleito no primeiro turno, JB teria que alcançar pelo menos 64.076.525 votos. Ou seja: dentro da projeção atual, ainda faltam 17.941.427 votos.

Cerca de 78% dos eleitores de Bolsonaro não mudarão seu voto em hipótese alguma, contra 68% de Haddad. Em outras palavras: as margens de acerto correspondem mais ou menos aos eleitores que manterão seus votos daqui para frente. Contudo, cerca de 63% dos ex-eleitores de Lula afirmaram que não votariam de maneira alguma em Haddad.

Considerando isso, a manutenção da média de 17% de votos brancos/nulos e a possibilidade de conversão de última hora de votos úteis de eleitores de Ciro, Marina e Alckmin (e descontando a taxa de rejeição de 46% de JB ), mesmo assim o acréscimo potencial nessa reta final de duas semanas seria de cerca de 10 milhões de votos – ainda insuficiente para liquidar a fatura em um primeiro turno.

A série histórica, contudo, segue favorável para o Capitão. Nas últimas 7 eleições presidenciais, 5 foram para o segundo turno, e TODOS os candidatos com mais votos no primeiro turno foram eleitos no segundo:

- 1989 - Fernando Collor recebeu 30% dos votos no primeiro turno e 53% no segundo.

- 1994 - FHC venceu no primeiro turno com 54% (perdendo em apenas 1 estado: Rio Grande do Sul)

- 1998 - FHC venceu no primeiro turno com 53% dos votos (perdendo em 3 estados: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Ceará)

- 2002 - Lula recebeu 46% dos votos no primeiro turno e 61% no segundo.

- 2006 - Lula recebeu 48% dos votos no primeiro turno e 60% no segundo.

- 2010 - Dilma Rousseff recebeu 46% dos votos no primeiro turno e 56% no segundo.

- 2014 - Dilma Rousseff recebeu 41% dos votos no primeiro turno e 51% no segundo.

A dispersão do eleitorado com as múltiplas opções disponíveis no cardápio e a relutância (ou incapacidade) do brasileiro em entender exatamente o que é Direita e Esquerda, deverá levar a eleição fatalmente para um segundo turno. Aí sim, haverá uma dicotomia clara entre o Lulismo e o Anti-Lulismo e a batalha se tornará mais franca, com uma vantagem óbvia para JB: nas últimas 4 eleições, mesmo com Lula fora da cadeia e as denúncias de corrupção ainda não transformadas em prisões escandalosas, o Lulismo sofreu uma sangria inegável, perdendo 10% da preferência de seu eleitorado.

Após a Lava Jato e o desabamento da ilusão socialista em muitas camadas da sociedade, é provável que, em 2018, essa queda se acentue ainda mais – algo que pode ser visto com a incrível dificuldade que o cefalópode presidiário vem encontrando em transferir para seus apadrinhados o que ainda resta de seu rebanho.

Teremos um segundo turno. E Bolsonaro vencerá nele. E terá a chance de abrir um sorriso tão amplo quando o de Donald Trump e repetir uma versão nacional para “sorry to keep you waiting, complicated business”. :)

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