© Alessandro Loiola
Em meio aos festejos de final de ano, que tal manter a atenção às boas horas de sono?
A redução dos níveis sanguíneos de oxigênio e dos períodos de ondas lenta durante o sono estão associados a alterações cerebrais relacionadas à demência. Pelo menos, esta foi a conclusão de um estudo publicado online na revista Neurology, em dezembro/2014.
No estudo da Dra. Rebecca P. Gelber, do Veterans Affairs Pacific Islands Health Care System (Honolulu, Havaí), foram avaliados 167 americanos nipo-descendentes com idade média de 84 anos, que participaram de um estudo sobre sono entre 1999-2000 e que posteriormente faleceram, tendo sido submetidos à necrópsia. Os pesquisadores procuraram por características específicas do sono registradas nas polissonografias e se algumas estavam associadas a alterações estruturais no cérebro.
Os participantes que apresentavam saturações de oxigênio abaixo de 95% (SatO2 < 95) apresentavam mais áreas de microinfartos. E mais: quando divididos em quartis segundo o tempo de sono com SatO2 < 95, aqueles no quartil superior – que apresentavam os maiores tempos com baixos níveis de oxigênio – apresentavam quase 4 vezes mais microinfartos que os indivíduos no quartil inferior.
Maiores níveis de saturação de oxigênio durante a fase de sono REM também se associaram a menos gliose e perda de neurônios no lócus cerúleo. Quanto maior a duração do sono de ondas lentas, menor a atrofia cerebral difusa.
A Dra. Rebecca Gelber concluiu que uma boa noite de sono produz mais benefícios do que jamais poderíamos imaginar, e ela insiste que todos os profissionais de saúde deveriam alertar seus pacientes sobre como o sono pode resultar em alterações profundas na estrutura e no funcionamento cerebral.
Um comentário:
não foi abordado se um idoso necessita o mesmo tempo de sono que um jovem, nem se quem dorme de 22:00 às 6:00h tem o mesmo resultado que quem dorme de 1:00 às 9:00h.
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