25 setembro 2014

Andropausa e Reposição de Testosterona: é seguro?

© Dr. Alessandro Loiola


Os níveis de testosterona reduzem progressivamente com o tempo, e uma porcentagem significativa de homens com mais de 60 anos de idade apresentam níveis sanguíneos de testosterona bem abaixo dos limites inferiores recomendados para homens entre 20-30 anos.

A Síndrome de Hipogonadismo Tardio – popularmente chamada de Andropausa - é uma síndrome clínica e bioquímica associada ao processo de envelhecimento e caracterizada por uma diminuição importante nos níveis de testosterona, além de muitas outras manifestações – incluindo uma grande perda de qualidade de vida.

Ao longo da última década, vários especialistas avaliaram os benefícios da Terapia de Reposição de Testosterona (TRT) em homens na Andropausa, incluindo seus efeitos sobre a libido, a performance sexual, o humor, a massa e a força muscular, a concentração de gordura corporal e a densidade mineral óssea. Permeando todos esses anos de estudos, houve sempre a preocupação de que a TRT pudesse aumentar o risco de crescimento exagerado ou mesmo câncer na próstata.

Pensando nisso, alguns pesquisadores realizaram uma extensa revisão da literatura identificando todos os estudos controlados e randomizados (ECR) envolvendo testosterona no tratamento do hipogonadismo. Foram encontrados 22 ECR, totalizando 2.351 pacientes que utilizaram TRT por meio de injeções, comprimidos ou adesivos transdérmicos. O resultado: menos da metade dos ECR relatou aumento da incidência de câncer prostático.

A despeito do método de administração, no curto prazo (menos de 12 meses), a TRT parece ser segura e não aumenta o risco de hipertrofia prostática ou desenvolvimento ou progressão de tumores na próstata, desde que o paciente seja cuidadosamente monitorizado para manter os níveis de testosterona dentro dos limites fisiológicos recomendados e faça dosagens periódicas dos níveis de PSA.

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