© Dr. Alessandro Loiola
Médico – CRMSP 142.346
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Vou admitir antes que me acusem: sou fã de medicina alternativa e natural. Mas nem sempre foi assim. Houve época em que acreditava que ervas e plantinhas deveriam ficar no jardim de onde vieram. Tinha certeza mais que absoluta de que a Medicina era coisa para gente grande, antibióticos potentes, procedimentos invasivos e tudo mais quanto parecesse sofisticado e distante do conhecimento popular.
Felizmente, ser alfabetizado ajuda. Então há algum tempo dei um “pause” nos meus preconceitos e fui à luta. Ou melhor: aos estudos. E descobri um universo fantástico de novas possibilidades que ainda não fazem parte da realidade da maioria dos médicos – pelo menos, não até que algum grande laboratório “descubra” aquela substância bioativa, patenteando-a e vendendo-a de volta para nós.
Discussões sobre royalties à parte, hoje me sinto bastante à vontade para afirmar que a Medicina Alternativa funciona, sim, e tem muito a oferecer. Mas alguns cuidados devem ser tomados. Para facilitar seu trabalho e aumentar sua segurança, preparei uma lista com 6 Regras de Ouro que merecem ser seguidas caso você esteja pensando em optar por tratamentos alternativos. Espero que elas lhe sejam úteis!
AS SEIS REGRAS DE OURO
Atualmente, “Medicina Alternativa” parece englobar abordagens tão diversas quanto Acupuntura, Homeopatia, Fitoterapia, Macrobiótica, técnicas de relaxamento e meditação, etc. Independente do tipo de “medicina alternativa” que estamos falando, ela não vem para substituir a medicina tradicional, mas para ser somada a ela, aumentando a eficácia ou reduzindo os efeitos colaterais dos remédios e tratamentos convencionais.
Muita gente costuma defender a medicina alternativa com a famosa frase “se é natural, não faz mal”. Eu costumo responder que veneno de cobra é uma substância completamente natural – e pode fazer um estrago danado. Para não comprar gato por lebre e ser capaz de escolher um tratamento alternativo que funcione, verifique sempre estas 6 regras de ouro:
REGRA NÚMERO 01: TENHA UM DIAGNÓSTICO
Você deve ter um diagnóstico médico antes de iniciar um tratamento alternativo. Afinal, você tem que saber O QUÊ pretende tratar. Não confie em tratamentos alternativos que propõem curar, com uma só ‘garrafada’, desde unha encravada a espinhela caída, queda de cabelo, inchaços, dores, ansiedade e etc. Remédios naturais ainda são remédios, não milagres. E possuem indicações, limitações e efeitos colaterais.
REGRA NÚMERO 02: NÃO SE AUTO-MEDIQUE
Nunca, em hipótese alguma, abandone por conta própria um tratamento tradicional por uma terapia complementar. E não caia na armadilha de que, se um tratamento alternativo foi bom para uma determinada pessoa, ele certamente será para você também. Não sei se você sabe, mas as pessoas não foram feitas em formas: somos diferentes uns dos outros. E a solução para o seu problema pode não ser exatamente a mesma do seu vizinho.
REGRA NÚMERO 03: ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO ALTERNATIVO, CONVERSE COM SEU MÉDICO
Não custa tanto assim, confesse. Além disso, se ele tiver uma mente aberta e estiver disposto a ampliar seus conhecimentos, será uma ajuda bem vinda. Porém... (existe sempre um porém!), a maioria dos médicos prefere perder o paciente e arder no mármore da ignorância a se envolver com práticas pouco convencionais. Ele poderá dizer que você está perdendo o seu tempo ou tentará assustá-lo(a) com possíveis (e em geral terríveis) efeitos colaterais.
Se for este o caso, procure saber até onde a posição do seu médico se baseia em uma compreensão detalhada da terapia que você escolheu, ou se ele está apenas refletindo posições conservadoras que foram impregnadas durante a sua formação profissional.
Em outras palavras: se for puro preconceito, bom... paciência, ninguém é perfeito. Vá para a regra número 04.
REGRA NÚMERO 04: DIFERENCIE “PROFISSIONAL ALTERNATIVO” DE “AVENTUREIRO ALTERNATIVO”
Então você saiu à caça de alguém que saiba lhe oferecer um tratamento alternativo. Cuidado: não se deixe seduzir pela aparente simplicidade de alguns medicamentos e técnicas alternativos, pois as interações com outros remédios podem causar problemas.
É sempre recomendável que seu terapeuta alternativo tenha uma boa formação biomédica para saber o que fazer se alguma coisa correr errado. E lembre-se: a recomendação de um amigo pode ser a melhor referência, mas não deixe que seja a única.
REGRA NÚMERO 05: ATENÇÃO COM A QUALIDADE DO QUE VOCÊ COMPRA E CONSOME
Ao comprar ingredientes naturais embalados, avalie se a embalagem está em boas condições e se o vendedor é digno de confiança. Se você mesmo estiver cultivando ou colhendo ervas medicinais, não colete plantas em locais onde se usa agrotóxico, à beira de rios poluídos ou junto a estradas. Plantas medicinais devem ser cultivadas com cuidado e em locais limpos, e os chás e infusões devem ser preparados preferencialmente em utensílios de louça, esmalte, porcelana ou vidro.
Evite usar panelas e chaleiras de alumínio ou cobre. Faça o chá na quantidade certa que irá utilizar no momento: ele perde boa parte do seu valor medicinal nas primeiras 24h dia após o preparo, mesmo se conservado na geladeira.
REGRA NÚMERO 06: AO BUSCAR INFORMAÇÕES, TOME CUIDADO COM A INTERNET
Você não está proibido(a) de procurar informações sobre o que é melhor para sua saúde, mas só porque algo apareceu na Internet não quer dizer que é verdade.
A Internet tem de tudo um pouco. Sites com informações sobre Medicina Alternativa e que oferecem um determinado produto para venda devem ser colocados imediatamente na categoria “sob suspeita”.
Lembre-se: em geral, eles não querem lhe informar. Querem apenas lhe convencer a gastar algum dinheiro.
06 setembro 2014
SEIS REGRAS DE OURO PARA MEDICINA ALTERNATIVA
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