11 junho 2018

POR QUE NUNCA HOUVE DIREITA NO BRASIL?

Muitas pessoas delirantes acusam a "política da direita burguesa opressora" do Brasil de uma série de maluquices, desde uma pretensa "luta de classes" (a "elite de direita" não toleraria ver operários frequentando faculdades ou andando de avião) até uma improvável "cultura reacionária de atraso" (os "reaças" querem manter o Estado gigante para subjugar as intenções benévolas dos revolucionários do povo).

O problema é que o Brasil NUNCA teve Direita. NUNCA conheceu governos, políticos ou políticas públicas de direita, mas apenas nuances esquerdistas.

Para esclarecer isso, é preciso que você compreenda alguns conceitos básicos:

O COMUNISMO é uma doutrina social segundo a qual se pode e deve "restabelecer" o que se chama "estado natural", em que todos teriam o mesmo direito a tudo, mediante a abolição da propriedade privada.

O SOCIALISMO refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização econômica que advogam a administração e propriedade pública ou coletiva dos meios de produção e distribuição de bens, propondo-se a construir uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades e meios para todos os indivíduos empregando métodos isonômicos de compensação. Atualmente, teorias socialistas são partes de posições da esquerda política, relacionadas com as atuações do Estado de bem-estar social.

Em resumo: COMUNISMO E SOCIALISMO são basicamente a mesma coisa, apenas com nomes diferentes. Ambos defendem um Estado gigantesco (para ser capaz de restabelecer o que chamam de “nosso estado natural”), paternalista (construção da sociedade através de “métodos isonômicos de compensação”), ideologicamente inimigo da propriedade privada e controlador da liberdade, das oportunidades, dos meios de produção e da distribuição de bens.

Por convenção, consideramos ideologias Socialistas e Comunistas como sendo de ESQUERDA, certo?

Então o que seria Direita? Simples: o diametralmente oposto à esquerda. Portanto, uma ideologia de DIREITA é aquela em que temos:

1 - Um Estado que aceita o fato de que nem todos terão o mesmo “direito” a tudo. Você não tem direito a ser rico ou feliz, ou ter um diploma universitário, um emprego ou um corpo sarado. É SEU dever esforçar-se por meio da sua vontade e do seu empenho disciplinado para atingir os objetivos que aspira. Satisfazer seus desejos e ambições não é – tampouco foi um dia - um dever do Estado.

2 - Um Estado que protege a propriedade privada.

3 - Um Estado que NÃO SE METE com a administração dos meios de produção e distribuição de bens. Não cabe ao Estado fabricar automóveis ou geladeiras ou microondas ou vender máquinas de lavar roupa ou celulares, do mesmo modo que não cabe ao Estado ser dono de rodovias, ferrovias, refinarias, portos ou aeroportos.

4 - Um Estado que não interfere na liberdade de mercado utilizando subterfúgios escusos e objetivos pífios escondidos sob a égide bacana de “método isonômico de compensação”.

5 -  Um Estado que preserva a liberdade de ideias e expressão.

Considerando agora o conjunto destes 5 itens que caracterizam uma política de DIREITA, reflita: QUANDO tivemos governos alinhados a estes princípios?

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