02 junho 2018

OS MALVADOS IMPERIALISTAS EXPLORADORES E A MISÉRIA INTELECTUAL DE PINDORAMA

Pela terceira vez em uma semana, recebo um video pelo whats informando que 1/3 do café bebido no mundo passa pelo porto de Santos, mas que a Alemanha é o terceiro maior exportador de café processado do planeta - em boa parte, graças aos grãos que compra do Brasil e do Vietnã.

Acompanhando o video, vem o comentário de que "Ah, veja só, nossas riquezas naturais sendo exploradas desde o Brasil colônia! Basta viajar pelo Brasil para constatar que ele foi, é e será sempre explorado!".

Seguinte: já viajei por 16 estados desse país incrível de carro, ônibus, avião, moto e a pé, ficando na casa de amigos, em hotéis, pousadas e hostels, acampando... tirei fotos, mergulhei, nadei, caminhei; conversei com professores PhD, empresários, pescadores, bugueiros e balseiros; conheci gente muito rica e muito simples; carimbei o asfalto com 7 costelas fraturadas e até esmaguei metade de um pulmão explorando o Tocantins. E digo:

Só tem uma raça que explora esse país sem dar o devido retorno ou valor a ele: são os mesmos que o habitam há séculos.

Os que compram mercadorias de nós, sejam da nacionalidade que for, não são usurpadores imperialistas xauvinistas malvados: são CLIENTES. Considerar opressor alguém que paga DINHEIRO para receber um produto ou serviço é patognomônico da velha mentalidade socialista-comunista de sempre.

Esse papo de "buááá... olha como somos explorados desde antes da lama do dilúvio..." é uma bobagem sem tamanho, uma pura autocomiseração misturada ao ancestral complexo vira lata.

Temos recursos, por que não explorá-los, fazer dinheiro e então reinvestir, fomentando a indústria e agregando valor aos commodities que ofertamos?

Vilanizar o comércio, o agronegócio ou o extrativismo planejado de exportação como "exploradores de nossas riquezas sacrossantas" é repetir um eco autovitimista falacioso, e todo este alarde é nada além do sintoma de uma doutrinação acadêmica criminosa que vem nos condenando à lama do subdesenvolvimento.

Mas vamos dar tempo ao tempo: de repente, cedo ou tarde os alarmistas alcançam as leituras certas.

Nenhum comentário: