Sou um defensor ferrenho da Meritocracia, mas frequentemente me questionam que "não há lógica em defender Meritocracia em um país desigual como o nosso".
Me pergunto: desigual em que?
1) Talento individual?
2) Esforço individual?
3) Disciplina individual?
4) Resiliência individual?
5) Oportunidades criadas por 1, 2, 3 e 4?
6) Leis específicas que privilegiam minorias sob a alcunha de "direitos contra a opressão"?
Então me informam que "os talentos individuais no Brasil são assassinado pela pobreza e falta de escola e oportunidades".
Bem, é o seguinte: talento sem esforço, disciplina e resiliência é praticamente inútil - exceto para ser utilizado como argumento para legitimar o autovitimismo. E quanto à falta de escolas, isso é uma falácia: anualmente, SOBRAM milhares de vagas nas Universidades Federais (https://www.google.com.br/amp/s/educacao.uol.com.br/noticias/2013/05/29/ate-maio-universidades-federais-ainda-tem-10323-vagas-sem-matriculas.amp.htm).
E o mesmo vale para vagas de ensino médio e fundamental (um exemplo entre vários: https://novaescola.org.br/conteudo/2976/sobram-vagas-em-escolas-publicas-de-areas-nobres).
O fato é que a pobreza auto-perpetua-se ao não reconhecer o valor intrínseco do Conhecimento e da Educação. É muito mais uma questão de Caráter e Escolha pessoal que exatamente um sintoma de "opressão social".
Sim, é um mundo duro e desigual com pessoas desiguais em suas forças e capacidades. Mas as oportunidades existem, se você se dispuser a abandonar o discurso de comiseração socialista pelas dificuldades à sua frente e arregaçar as mangas para lutar por cada uma das vitórias que lhe aguardam. Duvida?
https://www.google.com.br/amp/s/noticias.r7.com/sp-no-ar/fotos/ex-catador-de-lixo-se-torna-empresario-milionario-05042018%3famp
https://g1.globo.com/google/amp/g1.globo.com/ba/bahia/noticia/estudante-de-escola-publica-de-salvador-passa-em-1-lugar-no-curso-de-direito-da-ufba.ghtml
https://g1.globo.com/google/amp/g1.globo.com/educacao/noticia/aluna-de-19-anos-passa-em-1-lugar-em-medicina-na-usp-entre-cotistas-de-escola-publica.ghtml
https://educacao.uol.com.br/noticias/2014/07/25/pegava-livros-no-lixo-ex-catador-de-brasilia-conta-como-virou-medico.amp.htm
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2017/02/estudante-da-rede-publica-passa-em-1-lugar-em-medicina-na-usp-e-unicamp.amp
https://m.folha.uol.com.br/amp/educacao/2017/02/1856050-negra-pobre-e-da-rede-publica-fica-em-1-em-curso-mais-concorrido-da-fuvest.shtml
http://m.pme.estadao.com.br/noticias/noticias,ex-morador-de-rua-supera-dificuldades-e-hoje-fatura-r-4-bilhoes,4922,0.htm
http://curiosamente.diariodepernambuco.com.br/project/brasileira-supera-pobreza-torna-se-phd-em-harvard-e-ja-acumula-56-premios/
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/12/morador-do-capao-redondo-aluno-de-sp-e-aprovado-em-stanford-eua.html
https://g1.globo.com/google/amp/g1.globo.com/educacao/noticia/filho-de-diarista-e-de-vendedor-e-aprovado-na-universidade-yale.ghtml
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2016/04/harvard-admite-dois-brasileiros-ex-alunos-da-rede-publica.amp
28 junho 2018
25 junho 2018
SOBRE O INTUICIONISMO*
*(extraído de Sobre a Natureza e a Crise da Moralidade, em edição)
"O Intuicionismo foi uma filosofia dominante na Inglaterra do começo do século XVIII até o final da década de 1930, caindo em desuso a partir dos anos 1940. Nos estertores do século XX, voltou a ganhar alguma notoriedade, principalmente a partir da disseminação das ideias de filósofos como Harold Arthur Prichard, George Edward Moore, William David Ross e Russ Shafer-Landau.
Apesar de seu viés aparentemente Realista e Consequencialista, o Intuicionismo surgiu em contraposição ao Utilitarismo de Bentham e Mill e à Deontologia de Kant. Mais modernamente, tornou-se um refúgio para aqueles que negam o valor do Realismo Moral Naturalista: os intuicionistas pregam que a Moralidade é autônoma e não pode ser completamente explicada em termos de propriedades Naturais. Os fatos Morais – as Verdades substantivas – são auto-evidentes e acompanham-se de uma intuição clara suficiente para justificar a crença. Para acreditar em um fato Moral, basta a ratificação da premonição de que tal arbítrio constitui um fato Moral. Este é o disparate defendido com unhas e dentes pelos mestres do intuicionismo. Duvida? Vejamos:
Prichard argumentou que toda a filosofia Moral repousa em uma sequência de erros, pois o Bom e Correto não depende exatamente do que deduzimos ser Bom e Correto. As obrigações Morais não podem ser alcançadas por meio de argumentos submetidos ao desejo ou à busca pela Virtude, ou mesmo através de raciocínios não-Morais (como a Ciência, por exemplo). Como o conhecimento da Moral é imediato, ele não precisa – nem mesmo deve – ser validado ou aprimorado por conhecimentos adicionais (1).
O britânico Moore também defendeu que o Bom e Correto é apenas uma ideia, assim como a cor amarela é apenas uma ideia. Não é possível explicar o que é a cor amarela para alguém que não a conheça de antemão. Da mesma maneira, para entender o que Bom e Correto, já devemos saber antecipadamente o que Bom e Correto representa – e esta conceituação pode ser apreendida consultando-se a intuição. Em outras palavras: Bom e Correto significa Bom e Correto e isto é tudo que precisa ser dito com respeito a este fato Moral (2).
Moore considerava o Naturalismo uma falácia, pois o Naturalismo propunha que os fatos Morais poderiam ser analisados em termos de propriedades físicas ou psicológicas que existem no mundo Natural. Para ele, Verdades substantivas são Verdades substantivas e pronto. Em caso de dúvida, consulte sua intuição e ela lhe dará a resposta. Moore era um professor universitário e suas ideias sobre o que é Bom e correto eram limitadas à sua tranquila vida acadêmica. Suas teorias nem de perto são úteis quando precisamos lidar com dilemas Morais sérios.
Um pouco mais Deontológico que Moore, o escocês William David Ross postulou que a “ordem Moral é tanto uma parte fundamental da natureza do universo como sua própria estrutura especial e numérica expressa nos axiomas de geometria e aritmética”. Apesar desse início sólido, Ross se uniu ao coro dos intuicionistas ao concordar que todos os fatos Morais podem ser conhecidos sem necessidade de qualquer argumentação, indício ou justificativa além de si mesmos: a dedução do fato Moral é apenas uma sensação que ocorre após sua imediata e automática apreensão pela consciência. Contudo, para Ross, esta intuição difere de uma crença, estando mais para uma percepção convicta: somos dotados de uma enigmática capacidade de perceber a obviedade de uma Verdade substantiva tão logo ela se apresenta diante de nós (3).
Finalmente, temos Shafer-Landau, professor de filosofia na Universidade da Carolina do Norte (EUA), um dos maiores defensores do Intuicionismo na atualidade. Como seus antecessores, Shafer-Landau insiste que os fatos Morais não podem ser reduzidos em termos Naturais: o Bom e correto não pode ser descrito em termos de prazer ou dor, tampouco pela conclusão de qualquer ciência Natural (como física ou biologia) (4). Para discerni-lo, basta-nos a revelação que ocorre por meio do faro hermético da intuição.
Em resumo: o Intuicionismo baseia-se na premissa de que todos os fatos Morais podem ser assimilados por meio da intuição. Intuitivamente, os intuicionistas aparentam estar certos: nossas investigações empíricas podem nos informar muitas coisas sobre o mundo, mas são incapazes de dizer se certos atos são certos ou errados, bons ou ruins. Por exemplo: tudo que a ciência pode nos dizer é que o sistema nervoso das lagostas é desenvolvido o suficiente para que elas sintam dor. O julgamento se é certo ou errado fervê-las vivas não cabe à Ciência. Como isso não pode ser determinado empiricamente, o melhor a fazer seria inquirir a intuição.
O problema é que os princípios Morais dos intuicionistas, por serem considerados auto-evidentes, prescindem de evidências adicionais – pelo menos segundo eles mesmos. Por que você acredita que a parede é branca? Porque ela parece branca. Por que você acredita que o sofrimento é ruim? Porque ele parece ruim. E daí em diante. Todavia, existem muitas verdades óbvias que não são auto-evidentes: a água é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio; o calor corresponde à intensidade de movimento das moléculas em um corpo; nosso sistema Solar é apenas um entre bilhões de outros sistemas estelares em nossa galáxia; etc.
Apesar das intuições oferecem boas justificativas para muitas coisas, elas não são capazes de fazer o mesmo com a Moralidade. Sem a validação por provas concretas, os equívocos intuicionistas tendem a se acumular assustadoramente: o fato de você ter uma tendência intuitiva para acreditar em algo não torna aquele algo verdadeiro. Ademais, em termos de julgamento Moral, a cultura nos levou a considerar intuitivamente algumas coisas como Boas e Corretas, mas isso não ocorre porque elas são Boas e Corretas per se, mas porque fomos influenciados pelo meio a considerá-las dessa forma.
Por exemplo: algumas tribos indígenas sacrificam um bebê gêmeo por considerar que a alma da criança está dividida entre dois corpos. Assassinando um dos irmãos, a alma poderá se reunir por inteiro no sobrevivente. A intuição deles diz que esta “verdade óbvia auto-evidente” é Moralmente correta. Nossa intuição diz o contrário.
Outro exemplo: Hitler e os nazistas podem ter achado óbvio que sufocar crianças e mulheres em câmaras de gás era uma conduta notoriamente justificável per se; e, por ser óbvia, era crível; e por ser crível e óbvia, poderia ser considerada Moralmente aceitável.
Como animais, os humanos vêm “montados de fábrica” com um conjunto de percepções Morais que podem ser, inicialmente, consultadas por meio da intuição. Mas o progresso Moral depende de uma sofisticação nesta configuração inicial. Confiar este progresso à intuição individual - e não a um método específico como o proposto pelo Naturalismo - afasta o Intuicionismo de qualquer possibilidade de Realismo Moral. Ao admitir que o julgamento Moral é um processo cognitivo de sensibilidades e entendimentos subjetivos, o Intuicionismo assemelha-se muito mais a uma conduta Relativista fundamentada em argumentos motivacionais circulares: “porque tal coisa soa óbvia, eu acredito; e porque acredito, então tal coisa é óbvia; e por ser óbvia e crível, então tal coisa é um fato Moral justo e preciso”. Esse tipo de raciocínio torna a Verdade substantiva facilmente moldável ao que parecer mais conveniente no momento e, dada sua excessiva permissividade, a ferramenta demagoga do Intuicionismo pode ser empregada como legitimação para as maiores atrocidades.
Mesmo com estes malogros sobre a mesa, os intuicionistas insistem que os fatos Morais, a despeito de serem inatingíveis pela investigação empírica, seriam acessíveis diretamente através da intuição, sem necessidade de algum processo de raciocínio (5). Como explicitado, isso torna a concepção de Bom e Correto dos intuicionistas motivacional, indefinida e indecifrável.
Ao levantar uma aura de mistério em torno dos fatos Morais, pressupomos a existência de uma faculdade quase mística que nos permite apreender as Verdades substantivas: a intuição seria um sexto sentido capaz de nos conduzir à boa Moralidade. Com efeito, mais que um misticismo, o intuicionismo é insuficiente para explicar a mais simples discordância em ética: se eu penso que comer carne é errado por um instinto Moral, como posso convencer alguém que pensa exatamente o contrário e que também se sente justificado em acreditar nisso baseado em sua própria intuição?
Uma réplica intuicionista é que só deveríamos levar em consideração a intuição de pessoas ponderadas e bem educadas, pois somente essas intuições seriam confiáveis. A disfunção deste argumento é o seu caráter evidentemente circular: afinal, quem deve ser considerado “bem educado”? Somente aquelas pessoas que aprovam minhas intuições? Pode haver uma tendência, se pensarmos assim, de acusar de cegueira moral qualquer um que esteja em desacordo conosco.
Quando um intuicionista pondera sobre um assunto, a única coisa que ele tira de sua caixa de ferramentas intelectivas são seus sentimentos: sua noção de certo e errado corresponde a estados emocionais internos de aprovação ou desaprovação. Como então ele poderia sair de uma dedução subjetiva e chegar a um fato Moral objetivo? Uma intuição é uma inclinação para acreditar – e isso desmonta todo o mérito dela como um filtro irrepreensível para detectar a Verdade substantiva.
“Algo é certo porque é certo ou apenas porque lhe parece certo”? Se a balança que será utilizada para averiguar a precisão do que é certo é algo tão etéreo, permissivo e variável quanto a intuição individual, como separar as Verdades substantivas de nossos medos, desejos e vieses culturais? A intuição nem sempre é clara e perfeita. Muitas vezes, é turva e obscura, e pode só tornar-se confiável a partir de um certo ponto de maturidade intelectual e Moral.
O fato de haver tanta discordância entre as pessoas sobre o que é uma Verdade substantiva sugere que a intuição é um método no mínimo falho por sua imensa versatilidade. Ademais, a ideia de que nosso entendimento de uma proposição auto-evidente é suficiente para acreditar pragmaticamente nela é de um Relativismo tão egocentrado que beira um transtorno psiquiátrico.
No final, para os intuicionistas, é a intuição que justifica o fato Moral, não o entendimento, a Ciência, a Lógica ou a Razão. Entretanto, as intuições Morais das pessoas são demasiadamente discrepantes para serem indicadores respeitáveis das Verdades substantivas: emoções, culturas, contextos temporais e outros fatores internos e externos manipulam nossa consciência com enorme facilidade. Sim, o humano é desonesto, manipula a própria consciência; é ingenuamente sentimental, fantasiosamente ébrio, inconstante em suas vontades e sem grandes tendências para a misericórdia. Traz consigo uma mente perturbada que emprega todas as forças e narrativas possíveis para alinhar suas verdades embutidas à realidade percebida – para então reclamar quando as dores do mundo lhe atropelam, mostrando que o que deveria ter sido feito era exatamente o oposto disso. Pois é a Realidade quem contém as Verdades substantivas e o Universo nunca existiu para satisfazer expectativas humanas.
Nossa voracidade imaginativa é uma piada ruim ou uma má poesia, e aceitar o pluralismo do Intuicionismo é uma tentativa hedonista e covarde de tentar blindar os dogmas filosóficos do escrutínio pela ciência. Pelo menos neste sentido o Naturalismo é um caminho mais desprendido e, porque não dizer, mais objetivo, prático, civilizado e honesto".
_____
Referências e Dicas de Leituras citadas
1. Prichard HA. Does Moral Philosophy Rest on a Mistake? Mind. 1912 Jan; 21(81):21-37.
2. George Edward Moore, Principia Ethica (1902).
3. David Ross, The Right and the Good (1930).
4. Russ Shafer-Landau, Moral Realism: A Defence (2003).
5. Silva MM. Moore e os intuicionistas contra o naturalismo. Ética, 16 de Julho de 2006. https://criticanarede.com/eti_aqa.html . Consultado em 25 de junho de 2018.
"O Intuicionismo foi uma filosofia dominante na Inglaterra do começo do século XVIII até o final da década de 1930, caindo em desuso a partir dos anos 1940. Nos estertores do século XX, voltou a ganhar alguma notoriedade, principalmente a partir da disseminação das ideias de filósofos como Harold Arthur Prichard, George Edward Moore, William David Ross e Russ Shafer-Landau.
Apesar de seu viés aparentemente Realista e Consequencialista, o Intuicionismo surgiu em contraposição ao Utilitarismo de Bentham e Mill e à Deontologia de Kant. Mais modernamente, tornou-se um refúgio para aqueles que negam o valor do Realismo Moral Naturalista: os intuicionistas pregam que a Moralidade é autônoma e não pode ser completamente explicada em termos de propriedades Naturais. Os fatos Morais – as Verdades substantivas – são auto-evidentes e acompanham-se de uma intuição clara suficiente para justificar a crença. Para acreditar em um fato Moral, basta a ratificação da premonição de que tal arbítrio constitui um fato Moral. Este é o disparate defendido com unhas e dentes pelos mestres do intuicionismo. Duvida? Vejamos:
Prichard argumentou que toda a filosofia Moral repousa em uma sequência de erros, pois o Bom e Correto não depende exatamente do que deduzimos ser Bom e Correto. As obrigações Morais não podem ser alcançadas por meio de argumentos submetidos ao desejo ou à busca pela Virtude, ou mesmo através de raciocínios não-Morais (como a Ciência, por exemplo). Como o conhecimento da Moral é imediato, ele não precisa – nem mesmo deve – ser validado ou aprimorado por conhecimentos adicionais (1).
O britânico Moore também defendeu que o Bom e Correto é apenas uma ideia, assim como a cor amarela é apenas uma ideia. Não é possível explicar o que é a cor amarela para alguém que não a conheça de antemão. Da mesma maneira, para entender o que Bom e Correto, já devemos saber antecipadamente o que Bom e Correto representa – e esta conceituação pode ser apreendida consultando-se a intuição. Em outras palavras: Bom e Correto significa Bom e Correto e isto é tudo que precisa ser dito com respeito a este fato Moral (2).
Moore considerava o Naturalismo uma falácia, pois o Naturalismo propunha que os fatos Morais poderiam ser analisados em termos de propriedades físicas ou psicológicas que existem no mundo Natural. Para ele, Verdades substantivas são Verdades substantivas e pronto. Em caso de dúvida, consulte sua intuição e ela lhe dará a resposta. Moore era um professor universitário e suas ideias sobre o que é Bom e correto eram limitadas à sua tranquila vida acadêmica. Suas teorias nem de perto são úteis quando precisamos lidar com dilemas Morais sérios.
Um pouco mais Deontológico que Moore, o escocês William David Ross postulou que a “ordem Moral é tanto uma parte fundamental da natureza do universo como sua própria estrutura especial e numérica expressa nos axiomas de geometria e aritmética”. Apesar desse início sólido, Ross se uniu ao coro dos intuicionistas ao concordar que todos os fatos Morais podem ser conhecidos sem necessidade de qualquer argumentação, indício ou justificativa além de si mesmos: a dedução do fato Moral é apenas uma sensação que ocorre após sua imediata e automática apreensão pela consciência. Contudo, para Ross, esta intuição difere de uma crença, estando mais para uma percepção convicta: somos dotados de uma enigmática capacidade de perceber a obviedade de uma Verdade substantiva tão logo ela se apresenta diante de nós (3).
Finalmente, temos Shafer-Landau, professor de filosofia na Universidade da Carolina do Norte (EUA), um dos maiores defensores do Intuicionismo na atualidade. Como seus antecessores, Shafer-Landau insiste que os fatos Morais não podem ser reduzidos em termos Naturais: o Bom e correto não pode ser descrito em termos de prazer ou dor, tampouco pela conclusão de qualquer ciência Natural (como física ou biologia) (4). Para discerni-lo, basta-nos a revelação que ocorre por meio do faro hermético da intuição.
Em resumo: o Intuicionismo baseia-se na premissa de que todos os fatos Morais podem ser assimilados por meio da intuição. Intuitivamente, os intuicionistas aparentam estar certos: nossas investigações empíricas podem nos informar muitas coisas sobre o mundo, mas são incapazes de dizer se certos atos são certos ou errados, bons ou ruins. Por exemplo: tudo que a ciência pode nos dizer é que o sistema nervoso das lagostas é desenvolvido o suficiente para que elas sintam dor. O julgamento se é certo ou errado fervê-las vivas não cabe à Ciência. Como isso não pode ser determinado empiricamente, o melhor a fazer seria inquirir a intuição.
O problema é que os princípios Morais dos intuicionistas, por serem considerados auto-evidentes, prescindem de evidências adicionais – pelo menos segundo eles mesmos. Por que você acredita que a parede é branca? Porque ela parece branca. Por que você acredita que o sofrimento é ruim? Porque ele parece ruim. E daí em diante. Todavia, existem muitas verdades óbvias que não são auto-evidentes: a água é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio; o calor corresponde à intensidade de movimento das moléculas em um corpo; nosso sistema Solar é apenas um entre bilhões de outros sistemas estelares em nossa galáxia; etc.
Apesar das intuições oferecem boas justificativas para muitas coisas, elas não são capazes de fazer o mesmo com a Moralidade. Sem a validação por provas concretas, os equívocos intuicionistas tendem a se acumular assustadoramente: o fato de você ter uma tendência intuitiva para acreditar em algo não torna aquele algo verdadeiro. Ademais, em termos de julgamento Moral, a cultura nos levou a considerar intuitivamente algumas coisas como Boas e Corretas, mas isso não ocorre porque elas são Boas e Corretas per se, mas porque fomos influenciados pelo meio a considerá-las dessa forma.
Por exemplo: algumas tribos indígenas sacrificam um bebê gêmeo por considerar que a alma da criança está dividida entre dois corpos. Assassinando um dos irmãos, a alma poderá se reunir por inteiro no sobrevivente. A intuição deles diz que esta “verdade óbvia auto-evidente” é Moralmente correta. Nossa intuição diz o contrário.
Outro exemplo: Hitler e os nazistas podem ter achado óbvio que sufocar crianças e mulheres em câmaras de gás era uma conduta notoriamente justificável per se; e, por ser óbvia, era crível; e por ser crível e óbvia, poderia ser considerada Moralmente aceitável.
Como animais, os humanos vêm “montados de fábrica” com um conjunto de percepções Morais que podem ser, inicialmente, consultadas por meio da intuição. Mas o progresso Moral depende de uma sofisticação nesta configuração inicial. Confiar este progresso à intuição individual - e não a um método específico como o proposto pelo Naturalismo - afasta o Intuicionismo de qualquer possibilidade de Realismo Moral. Ao admitir que o julgamento Moral é um processo cognitivo de sensibilidades e entendimentos subjetivos, o Intuicionismo assemelha-se muito mais a uma conduta Relativista fundamentada em argumentos motivacionais circulares: “porque tal coisa soa óbvia, eu acredito; e porque acredito, então tal coisa é óbvia; e por ser óbvia e crível, então tal coisa é um fato Moral justo e preciso”. Esse tipo de raciocínio torna a Verdade substantiva facilmente moldável ao que parecer mais conveniente no momento e, dada sua excessiva permissividade, a ferramenta demagoga do Intuicionismo pode ser empregada como legitimação para as maiores atrocidades.
Mesmo com estes malogros sobre a mesa, os intuicionistas insistem que os fatos Morais, a despeito de serem inatingíveis pela investigação empírica, seriam acessíveis diretamente através da intuição, sem necessidade de algum processo de raciocínio (5). Como explicitado, isso torna a concepção de Bom e Correto dos intuicionistas motivacional, indefinida e indecifrável.
Ao levantar uma aura de mistério em torno dos fatos Morais, pressupomos a existência de uma faculdade quase mística que nos permite apreender as Verdades substantivas: a intuição seria um sexto sentido capaz de nos conduzir à boa Moralidade. Com efeito, mais que um misticismo, o intuicionismo é insuficiente para explicar a mais simples discordância em ética: se eu penso que comer carne é errado por um instinto Moral, como posso convencer alguém que pensa exatamente o contrário e que também se sente justificado em acreditar nisso baseado em sua própria intuição?
Uma réplica intuicionista é que só deveríamos levar em consideração a intuição de pessoas ponderadas e bem educadas, pois somente essas intuições seriam confiáveis. A disfunção deste argumento é o seu caráter evidentemente circular: afinal, quem deve ser considerado “bem educado”? Somente aquelas pessoas que aprovam minhas intuições? Pode haver uma tendência, se pensarmos assim, de acusar de cegueira moral qualquer um que esteja em desacordo conosco.
Quando um intuicionista pondera sobre um assunto, a única coisa que ele tira de sua caixa de ferramentas intelectivas são seus sentimentos: sua noção de certo e errado corresponde a estados emocionais internos de aprovação ou desaprovação. Como então ele poderia sair de uma dedução subjetiva e chegar a um fato Moral objetivo? Uma intuição é uma inclinação para acreditar – e isso desmonta todo o mérito dela como um filtro irrepreensível para detectar a Verdade substantiva.
“Algo é certo porque é certo ou apenas porque lhe parece certo”? Se a balança que será utilizada para averiguar a precisão do que é certo é algo tão etéreo, permissivo e variável quanto a intuição individual, como separar as Verdades substantivas de nossos medos, desejos e vieses culturais? A intuição nem sempre é clara e perfeita. Muitas vezes, é turva e obscura, e pode só tornar-se confiável a partir de um certo ponto de maturidade intelectual e Moral.
O fato de haver tanta discordância entre as pessoas sobre o que é uma Verdade substantiva sugere que a intuição é um método no mínimo falho por sua imensa versatilidade. Ademais, a ideia de que nosso entendimento de uma proposição auto-evidente é suficiente para acreditar pragmaticamente nela é de um Relativismo tão egocentrado que beira um transtorno psiquiátrico.
No final, para os intuicionistas, é a intuição que justifica o fato Moral, não o entendimento, a Ciência, a Lógica ou a Razão. Entretanto, as intuições Morais das pessoas são demasiadamente discrepantes para serem indicadores respeitáveis das Verdades substantivas: emoções, culturas, contextos temporais e outros fatores internos e externos manipulam nossa consciência com enorme facilidade. Sim, o humano é desonesto, manipula a própria consciência; é ingenuamente sentimental, fantasiosamente ébrio, inconstante em suas vontades e sem grandes tendências para a misericórdia. Traz consigo uma mente perturbada que emprega todas as forças e narrativas possíveis para alinhar suas verdades embutidas à realidade percebida – para então reclamar quando as dores do mundo lhe atropelam, mostrando que o que deveria ter sido feito era exatamente o oposto disso. Pois é a Realidade quem contém as Verdades substantivas e o Universo nunca existiu para satisfazer expectativas humanas.
Nossa voracidade imaginativa é uma piada ruim ou uma má poesia, e aceitar o pluralismo do Intuicionismo é uma tentativa hedonista e covarde de tentar blindar os dogmas filosóficos do escrutínio pela ciência. Pelo menos neste sentido o Naturalismo é um caminho mais desprendido e, porque não dizer, mais objetivo, prático, civilizado e honesto".
_____
Referências e Dicas de Leituras citadas
1. Prichard HA. Does Moral Philosophy Rest on a Mistake? Mind. 1912 Jan; 21(81):21-37.
2. George Edward Moore, Principia Ethica (1902).
3. David Ross, The Right and the Good (1930).
4. Russ Shafer-Landau, Moral Realism: A Defence (2003).
5. Silva MM. Moore e os intuicionistas contra o naturalismo. Ética, 16 de Julho de 2006. https://criticanarede.com/eti_aqa.html . Consultado em 25 de junho de 2018.
24 junho 2018
O ESQUERDISMO E O GRÁFICO DE NOLAN
O argumento que os sistemas políticos podem ser diagramados em dois
eixos (um econômico, dividindo esquerda e direita; outro de liberdade pessoal,
dividindo autoritarismo e libertarianismo) foi apresentado pela primeira vez
pelo psicólogo Hans Eysenck no livro The Psychology of Politics (1954). A
proposta de Eysenck levou a uma nova classificação político-econômica baseada
em quatro quadrantes.
Em 1970, o gráfico de Eysenck foi aprimorado por Stuart Christie e
Albert Meltzer no livro The Floodgates of Anarchy. Finalmente, em 1971, David
Nolan publicou uma versão do diagrama em um artigo chamado The Case for a
Libertarian Political Party, na edição de agosto da revista The
Individualist, um periódico mensal da International Society for Individual Liberty. O diagrama se
popularizou e passou a ser conhecido como Gráfico de Nolan.
Basicamente, o gráfico de Nolan divide os sistemas
sócio-político-econômicos em dois eixos. O eixo horizontal refere-se ao grau de
Liberdade Econômica: quanto mais liberdade econômica, mais para a Direita nos
deslocamos no eixo horizontal. Quanto menos liberdade econômica, mais vamos
para esquerda.
Em outros termos: quanto MENOR a presença do Estado na economia (ou
seja: quanto MENOS impostos, MENOS interferências regulatórias sobre a
disposição de mão de obra, MENOS gerência governamental dos meios de produção,
MENOS controle público sobre a distribuição da riqueza e do que foi produzido,
e MENOS restrições estatais ao livre comércio e à transferência de heranças),
MAIS à DIREITA avançamos. Em resumo: no gráfico de Nolan, quanto MENOS estado,
mais à DIREITA se desloca o vetor horizontal.
Por outro lado, quanto MAIOR a presença do Estado na economia (ou seja:
quanto MAIS impostos, MAIS interferências regulatórias sobre a disposição de
mão de obra, MAIS gerência governamental dos meios de produção, MAIS controle
público sobre a distribuição da riqueza e do que foi produzido, e MAIS
restrições estatais ao livre comércio e à transferência de heranças), MAIS à
ESQUERDA avançamos. Em resumo: segundo o gráfico proposto por Nolan, quanto
MAIS Estado, mais à ESQUERDA nos movemos no vetor horizontal.
Assim como proposto por Eysenck, o eixo vertical de Nolan relaciona-se
à Liberdade Pessoal. Quanto MAIS liberdade pessoal (liberdade de expressão, de
comércio e uso de drogas, ausência de serviço militar obrigatório, nenhum
controle estatal sobre a vida privada), MAIS Libertário é o sistema político.
Quanto MENOS liberdade pessoal (censura, guerra contra o tráfico,
obrigatoriedade do serviço militar, regulamentação estatal sobre decisões que
deveriam pertencer exclusivamente ao foro íntimo), MAIS Autoritário é o sistema
político.
O grande, enorme, inadmissível problema com a popularização do Gráfico
de Nolan foi a desonestidade de desvincular o Autoritarismo dos regimes de
Esquerda. Observando superficialmente o gráfico, somos levados a acreditar que
um governo de Esquerda pode ser compatível com um alto grau de Liberdades
Pessoais – mas isso é uma falácia sem tamanho e nem de perto corresponde às
evidências fornecidas pela realidade.
Primeiro: quanto mais para a Esquerda nos deslocamos no eixo
horizontal, MAIOR deve ser o tamanho do Estado e seu controle sobre a economia.
Como poderia ser possível isso ocorrer em um Estado que respeitasse 100% a
liberdade pessoal? Como controlar a distribuição de mão-de-obra, por exemplo,
e, simultaneamente, respeitar as decisões individuais sobre qual profissão
seguir e onde trabalhar? Como um Estado de Esquerda poderia ter controle
absoluto da distribuição de riqueza e, ao mesmo tempo, aquiescer com a
concentração individual de renda? Como um Estado pode respeitar a Liberdade Econômica
sendo ao mesmo tempo despótico sobre cada uma das escolhas pessoais que
fazemos? A única maneira de o Estado ser maior – a única maneira de o Estado
deslocar-se à ESQUERDA no eixo horizontal – é tornando-se cada vez mais Autoritário.
Segundo: quanto mais para a Direita nos deslocamos no eixo horizontal,
MENOR deve ser o tamanho e a influência do Estado sobre a economia. Caminhando
cada vez mais para a direita, MENOR é o Estado e mais libertária torna-se a
sociedade. Como seria possível, à medida que DIMINUÍMOS a presença do Estado na
economia, a extrema Direita ser representada por um Estado imenso? Seria como
falar: quanto mais você comer os docinhos na mesa de aniversário, menos
docinhos haverá na mesa. Se você finalmente devorar TODOS os docinhos, então a
mesa ficará... CHEIA de docinhos! “Quanto mais diminuímos o tamanho do Estado
nos deslocando à Direita do eixo econômico, chegará um momento extremo em que
esta diminuição resultará em um Estado Absoluto e Autoritário”? Simplesmente não
faz sentido.
A única maneira disso fazer sentido é se você observar o Gráfico de
Nolan como uma tentativa maquiavélica de dissociar as ideologias de Esquerda de
regimes totalitários como Comunismo, Absolutismo, Autoritarismo, Nazismo,
Fascismo e outros.
Dentro das definições atualmente aceitas, Direita é MENOS Estado – e o
extremo de MENOS Estado jamais será um “Estado Absoluto” que viola a soberania
do indivíduo.
Esquerda é MAIS Estado. E o extremo de MAIS Estado simplesmente não tem
como ser compatível, em qualquer dimensão imaginável, com um “Estado
Libertário” que garante a autodeterminação.
Admitir qualquer conclusão fora disso é incongruência racional,
dissonância cognitiva ou desonestidade ostensiva. Nolan estava errado. E seu
erro – premeditado ou não –restaurou a convicção absurda de que o
Socialismo-Comunismo pode de alguma maneira dar certo: tudo que precisamos é
acertar a “dose” no eixo vertical.
Não, não existe um eixo vertical - a não ser que batizemos este eixo de
Imbecilidade. Neste caso, sim, é possível admitir um eixo vertical no gráfico
de Nolan, e sua extensão assume grandezas infinitas.
20 junho 2018
BRASIL, VENEZUELA OU NICARÁGUA?
Na próxima terça-feira, dia 26/06/2018 o STF julgará o recurso que pede a suspensão da condenação e a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o último dia 7 de abril. A votação será realizada pela Segunda Turma do STF, formada pelos ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Destes, apenas Fachin votou pela prisão de Lula após a condenação em 2ª instância contra o pedido de habeas corpus que evitaria a prisão de Lula. Basicamente, o STF irá decidir se o Brasil segue seu rumo de Ordem e Progresso ou se retorna ao caminho para torna-se uma Venezuela ou uma Nicarágua.
Se você não está sabendo, desde 18 de abril, confrontos entre manifestantes, as forças de segurança e grupos governistas, a mando do presidente Daniel Ortega, deixaram mais de 100 mortos e 800 feridos na Nicarágua.
Aos 72 anos de idade, Ortega tem um currículo bastante familiar para muitos brasileiros: cursou até a sexta série do ensino fundamental e aos 15 anos já havia sido preso por subversão política. Em 1965, já fazia parte da direção da Frente Sandinista de Libertação Nacional. Em 1967, foi preso pelo assalto à mão armada de uma filial do Bank of America, sendo solto em 1974. Após a soltura, se exilou em Cuba, onde recebeu treinamento de guerrilha por vários meses, retornando mais tarde secretamente à Nicarágua, onde se tornaria um dos grandes líderes dos movimentos SOCIALISTAS do país.
Em 2016, Ortega foi reeleito presidente pela terceira vez com 70% dos votos. Agora, para se manter no poder, incendeia prédios com famílias dentro, combate estudantes com milícias e emprega franco-atiradores contra as manifestações que solicitam sua saída da liderança do país.
Se você não está sabendo, desde 18 de abril, confrontos entre manifestantes, as forças de segurança e grupos governistas, a mando do presidente Daniel Ortega, deixaram mais de 100 mortos e 800 feridos na Nicarágua.
Aos 72 anos de idade, Ortega tem um currículo bastante familiar para muitos brasileiros: cursou até a sexta série do ensino fundamental e aos 15 anos já havia sido preso por subversão política. Em 1965, já fazia parte da direção da Frente Sandinista de Libertação Nacional. Em 1967, foi preso pelo assalto à mão armada de uma filial do Bank of America, sendo solto em 1974. Após a soltura, se exilou em Cuba, onde recebeu treinamento de guerrilha por vários meses, retornando mais tarde secretamente à Nicarágua, onde se tornaria um dos grandes líderes dos movimentos SOCIALISTAS do país.
Em 2016, Ortega foi reeleito presidente pela terceira vez com 70% dos votos. Agora, para se manter no poder, incendeia prédios com famílias dentro, combate estudantes com milícias e emprega franco-atiradores contra as manifestações que solicitam sua saída da liderança do país.
13 junho 2018
POR QUE APENAS ESTÚPIDOS DIZEM QUE A ESCANDINÁVIA É SOCIALISTA?
O mito do “socialismo” dos países da Escandinávia – em um sentido mais amplo: Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Ilhas Feroe e Islândia – tem sido propagado pelos ideólogos de esquerda como uma “prova irrefutável” dos louros de sua doutrina.
Com uma intensidade quase cômica, se não fosse pelas trágicas consequências interpretativas, este equívoco ganhou o consciente coletivo como um mantra de salvação. “Ei! O socialismo pode dar certo sim! Veja o socialismo econômico da Escandinávia. O que me diz, hein? Hein?”.
Essa argumentação seria ótima se não fosse por um único problema: os países escandinavos não são socialistas. Uma Democracia Social não é o mesmo que um Socialismo Democrático – do mesmo modo que uma “esposa nova” não é o mesmo que uma “nova esposa”.
Nos países escandinavos, como em todas as nações desenvolvidas, os meios de produção pertencem principalmente a INDIVÍDUOS PRIVADOS – não à comunidade ou ao Estado -, e os recursos são alocados segundo sua demanda pelo mercado, e não por um planejamento governamental ou comunitário.
Ainda que seja verdade que os países da Escandinávia ofereçam mecanismos generosos de segurança social e um sistema de saúde mais ou menos público (a exceção é a Dinamarca, onde o sistema público de saúde cobre apenas urgências e emergências, mas o governo permite a aquisição de coberturas adicionais), o Estado de bem-estar praticado pelos escandinavos não é o mesmo que socialismo.
Por exemplo: em 2015, durante uma palestra na Harvard’s Kennedy School of Government, o Primeiro Ministro da Dinamarca - Lars Løkke Rasmussen – fez questão de frisar que seu país NÃO É SOCIALISTA (https://www.thelocal.dk/20151101/danish-pm-in-us-denmark-is-not-socialist).
Nas palavras de Rasmussen: “Eu sei que algumas pessoas nos EUA associam o Modelo Nórdico a alguma forma de socialismo, então gostaria de deixar uma coisa bem clara: a Dinamarca está longe de ser uma economia socialista planejada. A Dinamarca é uma Economia de Livre Mercado”. De fato, a Dinamarca ocupa a 5ª posição entre os países mais democráticos do mundo e a 9ª posição em termos de Liberdade Econômica.
Os países nórdicos estão entre as nações com maior PIB per capta, expectativa de vida saudável, percepção de liberdade para fazer escolhas de vida e generosidade do mundo - e entre os menos corruptos.
Os Escandinavos desenvolveram um modelo de capitalismo de livre mercado que coexiste com um estado de bem-estar social conhecido como Modelo Nórdico, que inclui várias políticas que os Socialistas Democráticos abominam.
Por exemplo: os Socialistas Democráticos se opõem fortemente ao capitalismo e ao livre comércio global, mas os países escandinavos abraçaram por completo ambos estes conceitos. Segundo a revista The Economist, a Dinamarca, a Noruega e a Suécia estão entre os 10 países mais globalizados do mundo. Estas nações também não determinam, por meio do Estado, uma renda mínima: o salário mínimo é decidido por contratos e negociações coletivas entre sindicados e empregadores, variando segundo a área de atuação, e os trabalhadores têm total liberdade para mudar de atividade ou cidades.
Na Suécia, o sistema de ensino (considerado o TERCEIRO melhor do Mundo) permite que as famílias comprem vouchers para financiar a educação de seus filhos em escolas particulares, incluindo escolas administradas por “malvadas” empresas que têm o lucro como objetivo final.
Por estas e outras, fica mais que evidente que os países escandinavos não são arquétipos de sucesso do Socialismo Democrático. Eles são exemplos de sucesso do capitalismo, do livre mercado, da liberdade econômica, da globalização e do Estado mínimo na economia.
Finalmente, para facilitar sua comparação, que tal ver como opera um genuíno Socialismo Democrático? Basta olhar para a Venezuela, cujo sistema político-econômico foi descrito pelos seus próprios líderes como Socialismo do Século XXI.
Ele funciona mais ou menos assim: o Estado controla com punho de ferro os preços da maioria dos bens de consumo, as margens de lucros das empresas, a produção de medicamentos, a repatriação de dividendos de companhias internacionais, a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão de seus cidadãos. Líderes políticos de oposição são encarcerados, manifestações estudantis são rechaçadas com banhos de sangue, e o Poder Executivo comanda todos os demais poderes de Estado.
Em resumo: Socialismo é Estatismo. O Modelo Nórdico não é Estatismo – exceto na cabeça de alguns esquizofrênicos de Esquerda.
Com uma intensidade quase cômica, se não fosse pelas trágicas consequências interpretativas, este equívoco ganhou o consciente coletivo como um mantra de salvação. “Ei! O socialismo pode dar certo sim! Veja o socialismo econômico da Escandinávia. O que me diz, hein? Hein?”.
Essa argumentação seria ótima se não fosse por um único problema: os países escandinavos não são socialistas. Uma Democracia Social não é o mesmo que um Socialismo Democrático – do mesmo modo que uma “esposa nova” não é o mesmo que uma “nova esposa”.
Nos países escandinavos, como em todas as nações desenvolvidas, os meios de produção pertencem principalmente a INDIVÍDUOS PRIVADOS – não à comunidade ou ao Estado -, e os recursos são alocados segundo sua demanda pelo mercado, e não por um planejamento governamental ou comunitário.
Ainda que seja verdade que os países da Escandinávia ofereçam mecanismos generosos de segurança social e um sistema de saúde mais ou menos público (a exceção é a Dinamarca, onde o sistema público de saúde cobre apenas urgências e emergências, mas o governo permite a aquisição de coberturas adicionais), o Estado de bem-estar praticado pelos escandinavos não é o mesmo que socialismo.
Por exemplo: em 2015, durante uma palestra na Harvard’s Kennedy School of Government, o Primeiro Ministro da Dinamarca - Lars Løkke Rasmussen – fez questão de frisar que seu país NÃO É SOCIALISTA (https://www.thelocal.dk/20151101/danish-pm-in-us-denmark-is-not-socialist).
Nas palavras de Rasmussen: “Eu sei que algumas pessoas nos EUA associam o Modelo Nórdico a alguma forma de socialismo, então gostaria de deixar uma coisa bem clara: a Dinamarca está longe de ser uma economia socialista planejada. A Dinamarca é uma Economia de Livre Mercado”. De fato, a Dinamarca ocupa a 5ª posição entre os países mais democráticos do mundo e a 9ª posição em termos de Liberdade Econômica.
Os países nórdicos estão entre as nações com maior PIB per capta, expectativa de vida saudável, percepção de liberdade para fazer escolhas de vida e generosidade do mundo - e entre os menos corruptos.
Os Escandinavos desenvolveram um modelo de capitalismo de livre mercado que coexiste com um estado de bem-estar social conhecido como Modelo Nórdico, que inclui várias políticas que os Socialistas Democráticos abominam.
Por exemplo: os Socialistas Democráticos se opõem fortemente ao capitalismo e ao livre comércio global, mas os países escandinavos abraçaram por completo ambos estes conceitos. Segundo a revista The Economist, a Dinamarca, a Noruega e a Suécia estão entre os 10 países mais globalizados do mundo. Estas nações também não determinam, por meio do Estado, uma renda mínima: o salário mínimo é decidido por contratos e negociações coletivas entre sindicados e empregadores, variando segundo a área de atuação, e os trabalhadores têm total liberdade para mudar de atividade ou cidades.
Na Suécia, o sistema de ensino (considerado o TERCEIRO melhor do Mundo) permite que as famílias comprem vouchers para financiar a educação de seus filhos em escolas particulares, incluindo escolas administradas por “malvadas” empresas que têm o lucro como objetivo final.
Por estas e outras, fica mais que evidente que os países escandinavos não são arquétipos de sucesso do Socialismo Democrático. Eles são exemplos de sucesso do capitalismo, do livre mercado, da liberdade econômica, da globalização e do Estado mínimo na economia.
Finalmente, para facilitar sua comparação, que tal ver como opera um genuíno Socialismo Democrático? Basta olhar para a Venezuela, cujo sistema político-econômico foi descrito pelos seus próprios líderes como Socialismo do Século XXI.
Ele funciona mais ou menos assim: o Estado controla com punho de ferro os preços da maioria dos bens de consumo, as margens de lucros das empresas, a produção de medicamentos, a repatriação de dividendos de companhias internacionais, a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão de seus cidadãos. Líderes políticos de oposição são encarcerados, manifestações estudantis são rechaçadas com banhos de sangue, e o Poder Executivo comanda todos os demais poderes de Estado.
Em resumo: Socialismo é Estatismo. O Modelo Nórdico não é Estatismo – exceto na cabeça de alguns esquizofrênicos de Esquerda.
11 junho 2018
COMO RECONHECER E LIDAR COM UM DELIRANTE ESQUERDOZOIDEANO
Em ano de eleição, e com as tensões ideológicas crescendo exponencialmente na atmosfera das redes sociais, uma figura vem se tornando cada vez mais frequente: o Esquizoide Esquerdista - ou, simplificando, o Esquerdozoideano.
Como reconhecer e lidar com esta entidade delirante?
1) PERSONALIDADE FUJONA: quanto confrontado com números e estatísticas que contradizem seu ponto de vista doutrinário, um esquerzoideano comumente se exime de tomar uma posição. Quando perguntados: "Em termos de renda per capta e desenvolvimento humano, o capitalismo é indubitavelmente superior ao comunismo - CERTO ou ERRADO?", em 99,99% das vezes eles são incapazes de responder objetivamente a isto. Não aceite seguir na argumentação ANTES de seu maluco de estimação emitir uma posição clara e objetiva quanto ao que foi dito.
2) O CAMALEÃO NERVOSINHO: sob pressão, nosso transtorno psiquiátrico ambulante costuma expor uma miríade de outras perguntas ou subtemas tentando escapar de resolver qualquer premissa inicial que lhe incomode - é a chamada Falácia do Espantalho. Não raramente, ele também acusará seu interlocutor de ser "fascista" e o mandará estudar mais. Não caia nessa: insista para que a premissa inicial seja respondida. Você moveu uma peça de xadrez, não movimente outra apenas porque ele ficou irritado e replicou dizendo que o céu é azul e as rosas são vermelhas. É uma partida de xadrez, não um concurso de sonetos.
3) O COITADO: se a técnica de confundir o tema principal jogando sobre a mesa uma sequência de conclusões que mal se relacionam ao questionamento principal não funcionar, o Esquerdozoideano adotará a postura de "vítima da ignorância e da intolerância reacionária opressora alheia" e citará algo sobre luta de classes e "raiva que os ricos têm dos pobres", mas em momento algum fundamentará seus argumentos com fatos ou evidências, apenas opiniões doutrinárias. O Esquerdozoideano é apaixonado por digressões e incongruências morais, mas tem uma alergia mortal a números, indicadores, matemática e estatística.
4) A NEGAÇÃO PATOLÓGICA: finalmente, despido de suas fantasias psicóticas, o Esquerdozoideano cometerá a imoralidade intelectual de afirmar que "o comunismo nunca existiu" e, quase com certeza, irá lhe acusar de ser fascista e dirá algo como "Vá estudar pra ver se você aprende alguma coisa!". De todos, este - negar a ocorrência de regimes comunistas nos séculos XX e XXI - é o subterfúgio mais profundamente medíocre e desonesto, podendo ser considerado um transtorno de personalidade com ares de mitomania.
Quando este for o caso, recomende que ele ou ela faça um favor a nós, reles mortais iletrados, enviando um email para historiadores, editoras, escolas, universidades, cursos de pós-graduaçâo e sociólogos autores de livros - entre outros -, para que eles atualizem os conceitos com base nessa sua opinião "genial".
Para facilitar o confronto com a desonestidade ou a indecência intelectual da argumentação Esquerdozoideana, deixo alguns links para que ele ou ela inicie sua "doutrinação iluminadora". Tudo que nosso alucinado precisa fazer é montar em seu unicórnio cor de rosa com chifre de purpurina e começar acessando sugestões como:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Estado_comunista
https://www.infoescola.com/historia/comunismo-no-mundo-atualmente/amp/
https://www.cartacapital.com.br/internacional/o-que-sobrou-do-comunismo/@@amp
https://noticias.uol.com.br/especiais/muro-berlim-20-anos/ultnot/2009/11/07/ult8884u24.jhtm
https://googleweblight.com/i?u=https://cs.stanford.edu/people/eroberts/cs181/projects/2007-08/communism-computing-china/index.html&hl=pt-BR
http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Communism
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Communist_state
https://www.thoughtco.com/communist-countries-overview-1435178
https://www.infoplease.com/world/political-statistics/communist-countries-past-and-present
https://financesonline.com/10-most-recent-current-communist-nations-in-the-world/
https://study.com/academy/lesson/communist-countries-past-present.html
https://www.seeker.com/amphtml/these-are-the-last-five-communist-countries-2014751490.html
http://www.scielo.br/pdf/rbh/v28n56/12.pdf
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/partido-comunista-do-brasil-pc-do-b
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64451990000100009
http://www.scielo.br/pdf/ln/n75/07.pdf
Como reconhecer e lidar com esta entidade delirante?
1) PERSONALIDADE FUJONA: quanto confrontado com números e estatísticas que contradizem seu ponto de vista doutrinário, um esquerzoideano comumente se exime de tomar uma posição. Quando perguntados: "Em termos de renda per capta e desenvolvimento humano, o capitalismo é indubitavelmente superior ao comunismo - CERTO ou ERRADO?", em 99,99% das vezes eles são incapazes de responder objetivamente a isto. Não aceite seguir na argumentação ANTES de seu maluco de estimação emitir uma posição clara e objetiva quanto ao que foi dito.
2) O CAMALEÃO NERVOSINHO: sob pressão, nosso transtorno psiquiátrico ambulante costuma expor uma miríade de outras perguntas ou subtemas tentando escapar de resolver qualquer premissa inicial que lhe incomode - é a chamada Falácia do Espantalho. Não raramente, ele também acusará seu interlocutor de ser "fascista" e o mandará estudar mais. Não caia nessa: insista para que a premissa inicial seja respondida. Você moveu uma peça de xadrez, não movimente outra apenas porque ele ficou irritado e replicou dizendo que o céu é azul e as rosas são vermelhas. É uma partida de xadrez, não um concurso de sonetos.
3) O COITADO: se a técnica de confundir o tema principal jogando sobre a mesa uma sequência de conclusões que mal se relacionam ao questionamento principal não funcionar, o Esquerdozoideano adotará a postura de "vítima da ignorância e da intolerância reacionária opressora alheia" e citará algo sobre luta de classes e "raiva que os ricos têm dos pobres", mas em momento algum fundamentará seus argumentos com fatos ou evidências, apenas opiniões doutrinárias. O Esquerdozoideano é apaixonado por digressões e incongruências morais, mas tem uma alergia mortal a números, indicadores, matemática e estatística.
4) A NEGAÇÃO PATOLÓGICA: finalmente, despido de suas fantasias psicóticas, o Esquerdozoideano cometerá a imoralidade intelectual de afirmar que "o comunismo nunca existiu" e, quase com certeza, irá lhe acusar de ser fascista e dirá algo como "Vá estudar pra ver se você aprende alguma coisa!". De todos, este - negar a ocorrência de regimes comunistas nos séculos XX e XXI - é o subterfúgio mais profundamente medíocre e desonesto, podendo ser considerado um transtorno de personalidade com ares de mitomania.
Quando este for o caso, recomende que ele ou ela faça um favor a nós, reles mortais iletrados, enviando um email para historiadores, editoras, escolas, universidades, cursos de pós-graduaçâo e sociólogos autores de livros - entre outros -, para que eles atualizem os conceitos com base nessa sua opinião "genial".
Para facilitar o confronto com a desonestidade ou a indecência intelectual da argumentação Esquerdozoideana, deixo alguns links para que ele ou ela inicie sua "doutrinação iluminadora". Tudo que nosso alucinado precisa fazer é montar em seu unicórnio cor de rosa com chifre de purpurina e começar acessando sugestões como:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Estado_comunista
https://www.infoescola.com/historia/comunismo-no-mundo-atualmente/amp/
https://www.cartacapital.com.br/internacional/o-que-sobrou-do-comunismo/@@amp
https://noticias.uol.com.br/especiais/muro-berlim-20-anos/ultnot/2009/11/07/ult8884u24.jhtm
https://googleweblight.com/i?u=https://cs.stanford.edu/people/eroberts/cs181/projects/2007-08/communism-computing-china/index.html&hl=pt-BR
http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Communism
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Communist_state
https://www.thoughtco.com/communist-countries-overview-1435178
https://www.infoplease.com/world/political-statistics/communist-countries-past-and-present
https://financesonline.com/10-most-recent-current-communist-nations-in-the-world/
https://study.com/academy/lesson/communist-countries-past-present.html
https://www.seeker.com/amphtml/these-are-the-last-five-communist-countries-2014751490.html
http://www.scielo.br/pdf/rbh/v28n56/12.pdf
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/partido-comunista-do-brasil-pc-do-b
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64451990000100009
http://www.scielo.br/pdf/ln/n75/07.pdf
POR QUE O COMUNISMO É UMA DOENÇA MENTAL?
Os países auto-intitulados comunistas que ainda existem no mundo apresentam um IDH médio de 0,703, ao passo em que os países onde o livre mercado (capitalismo) é mais forte apresentam um IDH médio de 0,923.
Em outras palavras: o regime “ideologicamente mais igualitário, eficiente e justo” está associado a sociedades com uma qualidade de vida 31% INFERIOR àquela dos países onde reina o “maldito capitalismo imperalista opressor egocêntrico”.
China, Coreia do Norte, Vietnã, Laos e Cuba apresentam um PIB per capta médio equivalente a APENAS 12% daquele dos cinco países mais capitalistas. O comunismo combate a riqueza homogeneizando a pobreza. O capitalismo oferece a chance de escapar da miséria por meio do comércio, da livre iniciativa e da meritocracia objetivista.
Se o socialismo-comunismo é tão melhor assim que o capitalismo, por que os regimes do primeiro modelo são absurdamente menos produtivos e precisam restringir a circulação de seus cidadãos? Por que as pessoas arriscam a própria vida para fugir dos primeiros em busca de uma oportunidade nos segundos?
Qualquer pessoa que ainda defenda a filosofia do comunismo ou critique os méritos do capitalismo é, no mínimo, hipócrita, ingênua, mal intencionada ou simplesmente doente mental.
Em outras palavras: o regime “ideologicamente mais igualitário, eficiente e justo” está associado a sociedades com uma qualidade de vida 31% INFERIOR àquela dos países onde reina o “maldito capitalismo imperalista opressor egocêntrico”.
China, Coreia do Norte, Vietnã, Laos e Cuba apresentam um PIB per capta médio equivalente a APENAS 12% daquele dos cinco países mais capitalistas. O comunismo combate a riqueza homogeneizando a pobreza. O capitalismo oferece a chance de escapar da miséria por meio do comércio, da livre iniciativa e da meritocracia objetivista.
Se o socialismo-comunismo é tão melhor assim que o capitalismo, por que os regimes do primeiro modelo são absurdamente menos produtivos e precisam restringir a circulação de seus cidadãos? Por que as pessoas arriscam a própria vida para fugir dos primeiros em busca de uma oportunidade nos segundos?
Qualquer pessoa que ainda defenda a filosofia do comunismo ou critique os méritos do capitalismo é, no mínimo, hipócrita, ingênua, mal intencionada ou simplesmente doente mental.
UM DIA FILOSOFICAMENTE PROVÁVEL NO POSSÍVEL GOVERNO BOLSONARO
O Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, manifestou hoje seu descontentamento com o ritmo das mudanças para incremento da economia. "Assumi com a proposta de lutar duramente para alavancar o crescimento econômico, porém a falta de um apoio mais explícito da Casa Civil tem sido um obstáculo extra para a aprovação de muitas dessas medidas". Paulo Guedes assumiu que "algumas alterações podem ser até impopulares, mas não há como negar que são necessárias e fundamentais para conduzir o trabalho com a seriedade que ele merece. Não colheremos frutos reais repetindo as medidas demagógicas de sempre".
Em entrevista, o Ministro das Comunicações manifestou-se quanto às declarações de Paulo Guedes dizendo que "grandes navios não fazem curvas fechadas", e que "um ritmo de mudanças mais acelerado que o atual poderia provocar instabilidade institucional no país". Além disso, afirmou o Ministro, "o Sr. Paulo Guedes precisa lembrar quem é o Presidente, que foi eleito pelo voto popular, e qual papel cabe a um ministro dentro do governo". "Ou soma, ou some", finalizou.
Dois dias depois: A crise ministerial levou o Presidente Bolsonaro a reunir-se com Paulo Guedes no Palácio Alvorada nesta noite. A reunião exclusiva e a portas fechadas durou mais de 3h e teve como pauta as recentes queixas do ministro com relação às condescendências da política econômica. Segundo o Ministro, a relutância do governo em apoiar propostas feitas durante a campanha tem levado a um desgaste da imagem do presidente e a uma desconfiança do mercado quanto à legitimidade de suas intenções. "Não estamos sendo honestos com a ideologia liberal de Estado Mínimo que defendemos com unhas e dentes antes da eleição", desabafou Guedes.
Cinco dias depois: Em um pronunciamento em cadeia nacional, onde teceu uma avaliação dos rumos e das conquistas dos primeiros 6 meses de gestão, o Presidente Bolsonaro reiterou seu apoio ao Ministro da Fazenda. "O Paulo é um dos pilares do meu governo e conta com minha aprovação incondicional. Estou mais do que empenhado em defender sua permanência no Ministério".
Sete dias depois: Paulo Guedes apresenta sua renúncia ao Ministério da Fazenda. Desentendimentos na condução da política econômica tornaram sua permanência no governo insustentável. "Vim para colaborar em uma reconstrução. A esta altura de minha vida, é inadmissível aceitar ser um coadjuvante em um teatro de fantoches", desabafou o ex-ministro. Para seu lugar, foi indicado o economista mineiro...
Em entrevista, o Ministro das Comunicações manifestou-se quanto às declarações de Paulo Guedes dizendo que "grandes navios não fazem curvas fechadas", e que "um ritmo de mudanças mais acelerado que o atual poderia provocar instabilidade institucional no país". Além disso, afirmou o Ministro, "o Sr. Paulo Guedes precisa lembrar quem é o Presidente, que foi eleito pelo voto popular, e qual papel cabe a um ministro dentro do governo". "Ou soma, ou some", finalizou.
Dois dias depois: A crise ministerial levou o Presidente Bolsonaro a reunir-se com Paulo Guedes no Palácio Alvorada nesta noite. A reunião exclusiva e a portas fechadas durou mais de 3h e teve como pauta as recentes queixas do ministro com relação às condescendências da política econômica. Segundo o Ministro, a relutância do governo em apoiar propostas feitas durante a campanha tem levado a um desgaste da imagem do presidente e a uma desconfiança do mercado quanto à legitimidade de suas intenções. "Não estamos sendo honestos com a ideologia liberal de Estado Mínimo que defendemos com unhas e dentes antes da eleição", desabafou Guedes.
Cinco dias depois: Em um pronunciamento em cadeia nacional, onde teceu uma avaliação dos rumos e das conquistas dos primeiros 6 meses de gestão, o Presidente Bolsonaro reiterou seu apoio ao Ministro da Fazenda. "O Paulo é um dos pilares do meu governo e conta com minha aprovação incondicional. Estou mais do que empenhado em defender sua permanência no Ministério".
Sete dias depois: Paulo Guedes apresenta sua renúncia ao Ministério da Fazenda. Desentendimentos na condução da política econômica tornaram sua permanência no governo insustentável. "Vim para colaborar em uma reconstrução. A esta altura de minha vida, é inadmissível aceitar ser um coadjuvante em um teatro de fantoches", desabafou o ex-ministro. Para seu lugar, foi indicado o economista mineiro...
POR QUE NUNCA HOUVE DIREITA NO BRASIL?
Muitas pessoas delirantes acusam a "política da direita burguesa opressora" do Brasil de uma série de maluquices, desde uma pretensa "luta de classes" (a "elite de direita" não toleraria ver operários frequentando faculdades ou andando de avião) até uma improvável "cultura reacionária de atraso" (os "reaças" querem manter o Estado gigante para subjugar as intenções benévolas dos revolucionários do povo).
O problema é que o Brasil NUNCA teve Direita. NUNCA conheceu governos, políticos ou políticas públicas de direita, mas apenas nuances esquerdistas.
Para esclarecer isso, é preciso que você compreenda alguns conceitos básicos:
O COMUNISMO é uma doutrina social segundo a qual se pode e deve "restabelecer" o que se chama "estado natural", em que todos teriam o mesmo direito a tudo, mediante a abolição da propriedade privada.
O SOCIALISMO refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização econômica que advogam a administração e propriedade pública ou coletiva dos meios de produção e distribuição de bens, propondo-se a construir uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades e meios para todos os indivíduos empregando métodos isonômicos de compensação. Atualmente, teorias socialistas são partes de posições da esquerda política, relacionadas com as atuações do Estado de bem-estar social.
Em resumo: COMUNISMO E SOCIALISMO são basicamente a mesma coisa, apenas com nomes diferentes. Ambos defendem um Estado gigantesco (para ser capaz de restabelecer o que chamam de “nosso estado natural”), paternalista (construção da sociedade através de “métodos isonômicos de compensação”), ideologicamente inimigo da propriedade privada e controlador da liberdade, das oportunidades, dos meios de produção e da distribuição de bens.
Por convenção, consideramos ideologias Socialistas e Comunistas como sendo de ESQUERDA, certo?
Então o que seria Direita? Simples: o diametralmente oposto à esquerda. Portanto, uma ideologia de DIREITA é aquela em que temos:
1 - Um Estado que aceita o fato de que nem todos terão o mesmo “direito” a tudo. Você não tem direito a ser rico ou feliz, ou ter um diploma universitário, um emprego ou um corpo sarado. É SEU dever esforçar-se por meio da sua vontade e do seu empenho disciplinado para atingir os objetivos que aspira. Satisfazer seus desejos e ambições não é – tampouco foi um dia - um dever do Estado.
2 - Um Estado que protege a propriedade privada.
3 - Um Estado que NÃO SE METE com a administração dos meios de produção e distribuição de bens. Não cabe ao Estado fabricar automóveis ou geladeiras ou microondas ou vender máquinas de lavar roupa ou celulares, do mesmo modo que não cabe ao Estado ser dono de rodovias, ferrovias, refinarias, portos ou aeroportos.
4 - Um Estado que não interfere na liberdade de mercado utilizando subterfúgios escusos e objetivos pífios escondidos sob a égide bacana de “método isonômico de compensação”.
5 - Um Estado que preserva a liberdade de ideias e expressão.
Considerando agora o conjunto destes 5 itens que caracterizam uma política de DIREITA, reflita: QUANDO tivemos governos alinhados a estes princípios?
O problema é que o Brasil NUNCA teve Direita. NUNCA conheceu governos, políticos ou políticas públicas de direita, mas apenas nuances esquerdistas.
Para esclarecer isso, é preciso que você compreenda alguns conceitos básicos:
O COMUNISMO é uma doutrina social segundo a qual se pode e deve "restabelecer" o que se chama "estado natural", em que todos teriam o mesmo direito a tudo, mediante a abolição da propriedade privada.
O SOCIALISMO refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização econômica que advogam a administração e propriedade pública ou coletiva dos meios de produção e distribuição de bens, propondo-se a construir uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades e meios para todos os indivíduos empregando métodos isonômicos de compensação. Atualmente, teorias socialistas são partes de posições da esquerda política, relacionadas com as atuações do Estado de bem-estar social.
Em resumo: COMUNISMO E SOCIALISMO são basicamente a mesma coisa, apenas com nomes diferentes. Ambos defendem um Estado gigantesco (para ser capaz de restabelecer o que chamam de “nosso estado natural”), paternalista (construção da sociedade através de “métodos isonômicos de compensação”), ideologicamente inimigo da propriedade privada e controlador da liberdade, das oportunidades, dos meios de produção e da distribuição de bens.
Por convenção, consideramos ideologias Socialistas e Comunistas como sendo de ESQUERDA, certo?
Então o que seria Direita? Simples: o diametralmente oposto à esquerda. Portanto, uma ideologia de DIREITA é aquela em que temos:
1 - Um Estado que aceita o fato de que nem todos terão o mesmo “direito” a tudo. Você não tem direito a ser rico ou feliz, ou ter um diploma universitário, um emprego ou um corpo sarado. É SEU dever esforçar-se por meio da sua vontade e do seu empenho disciplinado para atingir os objetivos que aspira. Satisfazer seus desejos e ambições não é – tampouco foi um dia - um dever do Estado.
2 - Um Estado que protege a propriedade privada.
3 - Um Estado que NÃO SE METE com a administração dos meios de produção e distribuição de bens. Não cabe ao Estado fabricar automóveis ou geladeiras ou microondas ou vender máquinas de lavar roupa ou celulares, do mesmo modo que não cabe ao Estado ser dono de rodovias, ferrovias, refinarias, portos ou aeroportos.
4 - Um Estado que não interfere na liberdade de mercado utilizando subterfúgios escusos e objetivos pífios escondidos sob a égide bacana de “método isonômico de compensação”.
5 - Um Estado que preserva a liberdade de ideias e expressão.
Considerando agora o conjunto destes 5 itens que caracterizam uma política de DIREITA, reflita: QUANDO tivemos governos alinhados a estes princípios?
O PETISMO E A SÍNDROME DE NEGAÇÃO DA REALIDADE
A atual crise econômica no Brasil teve início em meados de 2014, mas suas raízes começaram a ser plantadas quase 10 anos antes.
A partir do final da década de 1990 até o início de 2012, a explosão do crescimento Chinês ocasionou um enorme aumento na demanda por commodities (matérias-primas e produtos agrícolas), o que favoreceu o Brasil.
Entretanto, a crise econômica mundial de 2008 não tardaria a chegar por aqui: a diminuição da demanda externa, em especial da China, somado à queda nos preços das commodities, revelou as fraquezas estruturais do país, como a baixa produtividade, e começou a minar nossa economia.
Ao final do governo Lula em 2010, o país registrou uma taxa de crescimento do PIB de 7,5%, a maior expansão desde 1986. Porém, o estímulo ao consumo não foi acompanhado pelo crescimento na produtividade. Pelo contrário: o governo manteve seu exagero nos gastos, nos empréstimos subsidiados e em incentivos fiscais equivocados. A política de forte intervenção governamental na economia combinou política monetária (com a redução da taxa de juros) e política fiscal com dirigismo no investimento, elevação de gastos, concessões de subsídios e intervenção em preços.
Como consequência, a taxa de crescimento do produto potencial da economia brasileira saiu da faixa de 4% ao ano para menos de 2% ao ano. O setor público abandonou um superávit primário de 2,2% em 2012 e gerou um déficit primário de 2,7% em 2016. A dívida pública aumentou e as famílias passaram a se endividar mais.
Em 2016, os efeitos da crise econômica - que vinha sendo cozinhada nos anos anteriores - finalmente alcançaram a população. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no ano, quase metade dos entrevistados (48%) passou a usar mais transporte público; 34% deixaram de ter plano de saúde; e 14% das famílias trocaram a escola dos filhos de particular para pública - percentuais superiores aos verificados em 2012 e 2013.
Para sair do buraco, várias medidas foram adotadas - a maioria delas, vistas como impopulares. O Novo Regime Fiscal estabeleceu um limite (teto) para o crescimento dos gastos do Governo Federal por 20 anos. A Lei da Terceirização permitiu a terceirização do trabalho também para atividades-fim. A Reforma Trabalhista alterou itens Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
No começo de 2017, já havia sinais de recuperação econômica. O desemprego recuou 4,8%, o preço dos alimentos diminuiu 1,56%, e as exportações aumentaram 18,5%. A liberação do saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) permitiu reduzir a inadimplência e aumentar o consumo, injetando 41,8 bilhões de reais na economia.
Somadas, as medidas do governo pós-Dilma conseguiram fechar 2017 com um índice acumulado de inflação de 2,46% - o menor desde 1999 (2,24%) - e um crescimento de 1% no PIB - certamente pífio, mas pelo menos melhor que o encolhimento de 3,5% em 2016 e 3,8% em 2015.
Apesar de todos estes acertos, o cidadão brasileiro médio ainda parece desejar o retorno dos incompetentes que derrubaram a economia com assistencialismos populistas e irresponsáveis. Se cada povo de fato tem o governo que merece, nosso futuro não parece muito favorável...
A partir do final da década de 1990 até o início de 2012, a explosão do crescimento Chinês ocasionou um enorme aumento na demanda por commodities (matérias-primas e produtos agrícolas), o que favoreceu o Brasil.
Entretanto, a crise econômica mundial de 2008 não tardaria a chegar por aqui: a diminuição da demanda externa, em especial da China, somado à queda nos preços das commodities, revelou as fraquezas estruturais do país, como a baixa produtividade, e começou a minar nossa economia.
Ao final do governo Lula em 2010, o país registrou uma taxa de crescimento do PIB de 7,5%, a maior expansão desde 1986. Porém, o estímulo ao consumo não foi acompanhado pelo crescimento na produtividade. Pelo contrário: o governo manteve seu exagero nos gastos, nos empréstimos subsidiados e em incentivos fiscais equivocados. A política de forte intervenção governamental na economia combinou política monetária (com a redução da taxa de juros) e política fiscal com dirigismo no investimento, elevação de gastos, concessões de subsídios e intervenção em preços.
Como consequência, a taxa de crescimento do produto potencial da economia brasileira saiu da faixa de 4% ao ano para menos de 2% ao ano. O setor público abandonou um superávit primário de 2,2% em 2012 e gerou um déficit primário de 2,7% em 2016. A dívida pública aumentou e as famílias passaram a se endividar mais.
Em 2016, os efeitos da crise econômica - que vinha sendo cozinhada nos anos anteriores - finalmente alcançaram a população. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no ano, quase metade dos entrevistados (48%) passou a usar mais transporte público; 34% deixaram de ter plano de saúde; e 14% das famílias trocaram a escola dos filhos de particular para pública - percentuais superiores aos verificados em 2012 e 2013.
Para sair do buraco, várias medidas foram adotadas - a maioria delas, vistas como impopulares. O Novo Regime Fiscal estabeleceu um limite (teto) para o crescimento dos gastos do Governo Federal por 20 anos. A Lei da Terceirização permitiu a terceirização do trabalho também para atividades-fim. A Reforma Trabalhista alterou itens Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
No começo de 2017, já havia sinais de recuperação econômica. O desemprego recuou 4,8%, o preço dos alimentos diminuiu 1,56%, e as exportações aumentaram 18,5%. A liberação do saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) permitiu reduzir a inadimplência e aumentar o consumo, injetando 41,8 bilhões de reais na economia.
Somadas, as medidas do governo pós-Dilma conseguiram fechar 2017 com um índice acumulado de inflação de 2,46% - o menor desde 1999 (2,24%) - e um crescimento de 1% no PIB - certamente pífio, mas pelo menos melhor que o encolhimento de 3,5% em 2016 e 3,8% em 2015.
Apesar de todos estes acertos, o cidadão brasileiro médio ainda parece desejar o retorno dos incompetentes que derrubaram a economia com assistencialismos populistas e irresponsáveis. Se cada povo de fato tem o governo que merece, nosso futuro não parece muito favorável...
05 junho 2018
CONSELHOS MÉDICOS PARA OTIMIZAR SEU TEMPO
Permita-me lhe fazer um alerta de saúde pública para prevenção de perda de horas preciosas:
Na presença de qualquer um dos sintomas, digo, "tendências argumentativas" abaixo, recomendo que você assuma que seu interlocutor possui um QI prático de 2 dígitos (sendo o da esquerda um ZERO) e simplesmente abstenha-se argumentar. Ainda que ele tenha um diploma qualquer, lembre-se: o transtorno mental que o aflige está além do alcance do seu bom senso.
Segue a lista das 10 manifestações psiquiátricas que você deve manter atenção:
1 - "A mídia é golpista"
2 - "O povo é oprimido"
3 - "Toda Moral é Relativa"
4 - "A Manuela D'Ávila tem ideias coerentes"
5 - "Qualquer criminoso pode e merece ser ressocializado"
6 - "O fim da "contribuição" sindical obrigatória vai lesar os trabalhadores"
7 - "Fora Temer!"
8 - "Pela defesa do direito das terras dos povos indígenas e sua soberania"
9 - "O capitalismo escraviza"
10 - "Lula (herói do povo brasileiro) livre!"
Se detectar qualquer um desses odores - QUALQUER UM! -, não invista no debate. Vá fazer um café, fumar um cigarro, levar o cachorro para dar uma volta ou lavar aquela louça que pacientemente lhe aguarda na pia.
No momento em que você aceita discutir com um idiota, passamos a ter 2 idiotas. Valorize seu tempo: ele é finito. A estultice desse povo aí, não.
Na presença de qualquer um dos sintomas, digo, "tendências argumentativas" abaixo, recomendo que você assuma que seu interlocutor possui um QI prático de 2 dígitos (sendo o da esquerda um ZERO) e simplesmente abstenha-se argumentar. Ainda que ele tenha um diploma qualquer, lembre-se: o transtorno mental que o aflige está além do alcance do seu bom senso.
Segue a lista das 10 manifestações psiquiátricas que você deve manter atenção:
1 - "A mídia é golpista"
2 - "O povo é oprimido"
3 - "Toda Moral é Relativa"
4 - "A Manuela D'Ávila tem ideias coerentes"
5 - "Qualquer criminoso pode e merece ser ressocializado"
6 - "O fim da "contribuição" sindical obrigatória vai lesar os trabalhadores"
7 - "Fora Temer!"
8 - "Pela defesa do direito das terras dos povos indígenas e sua soberania"
9 - "O capitalismo escraviza"
10 - "Lula (herói do povo brasileiro) livre!"
Se detectar qualquer um desses odores - QUALQUER UM! -, não invista no debate. Vá fazer um café, fumar um cigarro, levar o cachorro para dar uma volta ou lavar aquela louça que pacientemente lhe aguarda na pia.
No momento em que você aceita discutir com um idiota, passamos a ter 2 idiotas. Valorize seu tempo: ele é finito. A estultice desse povo aí, não.
02 junho 2018
OS MALVADOS IMPERIALISTAS EXPLORADORES E A MISÉRIA INTELECTUAL DE PINDORAMA
Pela terceira vez em uma semana, recebo um video pelo whats informando que 1/3 do café bebido no mundo passa pelo porto de Santos, mas que a Alemanha é o terceiro maior exportador de café processado do planeta - em boa parte, graças aos grãos que compra do Brasil e do Vietnã.
Acompanhando o video, vem o comentário de que "Ah, veja só, nossas riquezas naturais sendo exploradas desde o Brasil colônia! Basta viajar pelo Brasil para constatar que ele foi, é e será sempre explorado!".
Seguinte: já viajei por 16 estados desse país incrível de carro, ônibus, avião, moto e a pé, ficando na casa de amigos, em hotéis, pousadas e hostels, acampando... tirei fotos, mergulhei, nadei, caminhei; conversei com professores PhD, empresários, pescadores, bugueiros e balseiros; conheci gente muito rica e muito simples; carimbei o asfalto com 7 costelas fraturadas e até esmaguei metade de um pulmão explorando o Tocantins. E digo:
Só tem uma raça que explora esse país sem dar o devido retorno ou valor a ele: são os mesmos que o habitam há séculos.
Os que compram mercadorias de nós, sejam da nacionalidade que for, não são usurpadores imperialistas xauvinistas malvados: são CLIENTES. Considerar opressor alguém que paga DINHEIRO para receber um produto ou serviço é patognomônico da velha mentalidade socialista-comunista de sempre.
Esse papo de "buááá... olha como somos explorados desde antes da lama do dilúvio..." é uma bobagem sem tamanho, uma pura autocomiseração misturada ao ancestral complexo vira lata.
Temos recursos, por que não explorá-los, fazer dinheiro e então reinvestir, fomentando a indústria e agregando valor aos commodities que ofertamos?
Vilanizar o comércio, o agronegócio ou o extrativismo planejado de exportação como "exploradores de nossas riquezas sacrossantas" é repetir um eco autovitimista falacioso, e todo este alarde é nada além do sintoma de uma doutrinação acadêmica criminosa que vem nos condenando à lama do subdesenvolvimento.
Mas vamos dar tempo ao tempo: de repente, cedo ou tarde os alarmistas alcançam as leituras certas.
Acompanhando o video, vem o comentário de que "Ah, veja só, nossas riquezas naturais sendo exploradas desde o Brasil colônia! Basta viajar pelo Brasil para constatar que ele foi, é e será sempre explorado!".
Seguinte: já viajei por 16 estados desse país incrível de carro, ônibus, avião, moto e a pé, ficando na casa de amigos, em hotéis, pousadas e hostels, acampando... tirei fotos, mergulhei, nadei, caminhei; conversei com professores PhD, empresários, pescadores, bugueiros e balseiros; conheci gente muito rica e muito simples; carimbei o asfalto com 7 costelas fraturadas e até esmaguei metade de um pulmão explorando o Tocantins. E digo:
Só tem uma raça que explora esse país sem dar o devido retorno ou valor a ele: são os mesmos que o habitam há séculos.
Os que compram mercadorias de nós, sejam da nacionalidade que for, não são usurpadores imperialistas xauvinistas malvados: são CLIENTES. Considerar opressor alguém que paga DINHEIRO para receber um produto ou serviço é patognomônico da velha mentalidade socialista-comunista de sempre.
Esse papo de "buááá... olha como somos explorados desde antes da lama do dilúvio..." é uma bobagem sem tamanho, uma pura autocomiseração misturada ao ancestral complexo vira lata.
Temos recursos, por que não explorá-los, fazer dinheiro e então reinvestir, fomentando a indústria e agregando valor aos commodities que ofertamos?
Vilanizar o comércio, o agronegócio ou o extrativismo planejado de exportação como "exploradores de nossas riquezas sacrossantas" é repetir um eco autovitimista falacioso, e todo este alarde é nada além do sintoma de uma doutrinação acadêmica criminosa que vem nos condenando à lama do subdesenvolvimento.
Mas vamos dar tempo ao tempo: de repente, cedo ou tarde os alarmistas alcançam as leituras certas.
01 junho 2018
DEZ BRASILEIROS MAIS OU MENOS DESCONHECIDOS QUE VOCÊ DEVERIA CONHECER
Durante os anos de escola e faculdade, recebemos uma montanha de informações históricas que iam desde a Grécia antiga até Einstein, Kennedy, Gandhi e daí em diante. Figuras estratégicas do enredo brasileiro também não faltavam - mas, infelizmente, desconheço escolas que mencionem grandes pensadores e cientistas nascidos por aqui.
Quando muito, meio que por esforço próprio, vamos descobrindo alguns notáveis como Barão de Mauá, Lutz, Carlos Chagas, Darcy Ribeiro, Suassuna, Nelson Rodrigues e outros. Mas temos uma nação riquíssima em prodígios cerebrais que nosso "complexo vira-lata" (como diria o Nelson), associado à persistente catequização com viés esquerdista, relegou ao obscurantismo.
Fiz uma relação com alguns desses nomes, quem sabe eles podem lhe inspirar. Garanto que, pelo menos para mim, foi uma honra e uma alegria descobri-los. Sinta-se à vontade para enviar sua dica - resgatar nossa linhagem é imprescindível! Como escreveu Edmund Burke no século XVIII: "Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la".
#1- https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mario_Vieira_de_Mello
#2 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/José_Guilherme_Merquior
#3 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/José_Osvaldo_de_Meira_Penna
#4 - https://en.m.wikipedia.org/wiki/Lima_Barreto
#5 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bruno_Tolentino
#6 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Wilson_Martins_(crítico_literário)
#7 - https://en.m.wikipedia.org/wiki/Carlos_Paz_de_Araújo
#8 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/José_Leite_Lopes
#9 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Matias_Aires
#10 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Álvaro_Vieira_Pinto
Quando muito, meio que por esforço próprio, vamos descobrindo alguns notáveis como Barão de Mauá, Lutz, Carlos Chagas, Darcy Ribeiro, Suassuna, Nelson Rodrigues e outros. Mas temos uma nação riquíssima em prodígios cerebrais que nosso "complexo vira-lata" (como diria o Nelson), associado à persistente catequização com viés esquerdista, relegou ao obscurantismo.
Fiz uma relação com alguns desses nomes, quem sabe eles podem lhe inspirar. Garanto que, pelo menos para mim, foi uma honra e uma alegria descobri-los. Sinta-se à vontade para enviar sua dica - resgatar nossa linhagem é imprescindível! Como escreveu Edmund Burke no século XVIII: "Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la".
#1- https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mario_Vieira_de_Mello
#2 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/José_Guilherme_Merquior
#3 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/José_Osvaldo_de_Meira_Penna
#4 - https://en.m.wikipedia.org/wiki/Lima_Barreto
#5 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bruno_Tolentino
#6 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Wilson_Martins_(crítico_literário)
#7 - https://en.m.wikipedia.org/wiki/Carlos_Paz_de_Araújo
#8 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/José_Leite_Lopes
#9 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Matias_Aires
#10 - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Álvaro_Vieira_Pinto
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