* Especial para Manhood Brasil
Vez ou outra um problema leva seus nervos à flor
da pele, desaparecendo com a solução em um turbilhão improdutivo de tensões de
toda espécie, e a tentação de apertar o botão do "apocalipse conjugal" cresce
exponencialmente a cada piscada dos olhos.
Conseguiu recordar alguma cena assim?
Os eventos desestabilizadores são uma parte
natural e frequente da vida, e não são uma exclusividade sua: também podem
acontecer com a sua mulher.
Não discutiremos agora o que fazer quando isso
acontece com você, meu amigo com bagos, mas como proceder quando isto ocorre
com a parte do relacionamento que tem útero e ovários.
Afinal de contas, se a sua mulher está com a cara
amarrada devido algum contratempo, isso influencia diretamente na atmosfera do
seu lar e na sua paz de espírito - pra não comentar na qualidade do sexo que
você, provavelmente, NÃO está recebendo enquanto ela combate fantasmas no
próprio umbigo. Sendo o Homem da casa, você não pode se dar ao luxo de permitir
que isto aconteça debaixo das suas barbas sem tentar fazer algo a respeito.
Então, o que você deve fazer quando sua
companheira está se sentindo sufocada e ameaçada por algum contratempo?
O primeiro passo do seu trabalho como Homem é
separá-la delicadamente do problema. Não destrua a porra da parede logo de
saída, não ofereça a solução pronta segundo seu ponto de vista testiculoso: ao
invés disso, pergunte o que está acontecendo e por que ela está se sentindo tão
perdida daquele jeito.
Não diga “Não precisa se preocupar, linda”,
porque ela JÁ está preocupada. Dizer “não se preocupe” para ela é como avisar a
uma lata de cerveja ao sol: “Não esquente!”. É perda de tempo e lhe faz parecer
estúpido. Ao invés disso, demonstre interesse ao que ela disser. Ela está à
procura de alguém para compartilhar o problema e sentir-se acolhida. Faça
perguntas relevantes, deixe-a a vontade.
Uma vez encaminhada a conversa, e tendo ouvido a
maior parte da versão dela, você pode dar o segundo passo: oferecer um plano
para resolver o problema. Ou não.
Lembre-se: o importante é que a solução que você
vê para aquilo NUNCA seja oferecida de imediato. É preciso que ela se acalme um
pouco antes de ouvir. Você pode perguntar, depois de alguns minutos: “Você quer
resolver isso ou só queria falar comigo a respeito para extravasar?”.
Se ela quiser uma solução, é NESTA hora que você
pode brilhar. Porque, se existe uma coisa que um Homem é - neste mundo perdido
de deus -, é isso: um Homem é Prático. Eu tenho certeza que após 2 minutos da
conversa dela você já possuía em sua mente uma saída pragmática para a situação
exposta. Se ela disse que aceita uma sugestão, então exponha seu plano de ação.
Acalme-a e não fuja da chance de assumir parte da responsabilidade de fazer as
coisas darem certo.
Por exemplo: vamos dizer que sua namorada desaba
em lágrimas porque tem um relatório enorme para entregar e mais umas duzentas
outras coisas urgentes para resolver no mesmo período de tempo. Depois de
ouvi-la, você pode dizer: “Beleza, vamos fazer assim então: eu levo seu carro
para a revisão e resolvo o problema da carteira do plano de saúde. Você só
precisa manter o foco no relatório e deixa o resto comigo que eu resolvo”.
Se ela está arrasada por alguma tragédia - pelo
falecimento de uma tia ou um primo, por exemplo -, seu papel como Homem é
assumir a frente e resolver o que quer que tenha que ser resolvido. Dirija para
ela até o hospital, ampare-a enquanto conversa com os médicos, leve o documento
para liberar o atestado de óbito, contate a funerária, comunique os outros
parentes, atenda as ligações caso ela esteja sem condições, etc.
Guarde seu próprio sentimento de luto para mais
tarde, para o momento onde todas essas coisas estiverem resolvidas, e
manifeste-os de modo maduro e saudável.
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