30 novembro 2017

SOBRE NOSSO SISTEMA EDUCACIONAL

O academicismo preciosista brasileiro matou a Academia. Leia a biografia de Einstein, Leeuwenhoek, Newton, Darwin e Ignaz Philipp Semmelweiss, por exemplo, e veja que títulos eles possuíam quando produziram conhecimentos que mudaram o status quo.

Da mesma forma como o governo é o problema do país, os professores (e sua busca por titulações apenas para aumentar salários e não a eficiência do ensino) são o problema do sistema educacional: 50% dos profissionais da área sofrem de algum transtorno mental comum (aí inclusos síndrome de burnout, transtorno da ansiedade, depressão, bipolaridade e síndrome do pânico). Na população geral, a prevalência é de 20%.

Muito mais que a remuneração, precisamos melhorar a seleção de quem vai para as salas de aula. Depois de 30 anos, é perceptível que filtrar a admissão por credenciais acadêmicas e ideologias socialistas não produziu bons resultados: ostentamos a nada honrosa 60.ª posição no ranking mundial de educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No estudo da OCDE, foram avaliados 76 países - um terço das nações do mundo - por meio do desempenho de alunos de 15 anos em testes de Ciências e Matemática.

A mudança de filosofia deveria começar pela desconstrução da ideia por trás da valorização do ego academicista. Precisamos trocar os silogismos sofistas vitimizantes de nossas escolas por conteúdos técnicos focados em objetivismo, cidadania e responsabilidade resiliente. Apenas assim será possível observar alguma mudança efetiva daqui algumas décadas.

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