01 maio 2019

EM DEFESA DA ÁREA DE HUMANAS


Faça o teste e me diga o que você entende por:

- O Método de Prova da Dedução Transcendental e sua Aplicação na Crítica da Faculdade de Juízo Teleológico.

- Pacto social e direito de natureza no Tratado Teológico-Político.

- Ceticismo e Reconhecimento: Outras Mentes, Racionalidade e Linguagem.

- Conhecimento, intencionalidade e funcionalismo semântico: desintelectualizando o espaço lógico das razões.

- Do sujeito constituinte à constituição da subjetividade: o problema do fundamento da subjetividade na fenomenologia.

Se complicou? Leia os temas de novo. Se esforce.

Conseguiu a serventia e finalidade deles? Então responda: você pagaria 2 mil reais por mês durante 4 
anos para cada um dos sujeitos que ficou escrutinando esses assuntos?

E entre mestrados e doutorados somam-se dezenas, centenas dessas “utilidades”. Faz a soma aí: são 43 Universidades Estaduais e 68 Universidades Federais no Brasil, repletas de dissertações e teses na área de humanas com temas cabalísticos, hipóteses esfíngicas e empregos indecifráveis.

Cada aluno em um programa de pós-graduação stricto sensu desses custa, por baixo, cerca de R$ 2 mil reais por mês ao bolso dos pagadores de impostos.

É ou não é um dinheiro bem investido e com retorno certo em termos de desenvolvimento da ciência, florescimento Moral, progresso social, geração de trabalho, renda e prosperidade?

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12 março 2019

O FILME DA CAPITÃ: A DIFERENÇA ENTRE WONDER E MARVEL


Estive dia desses no cinema para assistir Capitã Marvel. Fiquei tão impressionado com o discurso do filme que não resisti e vim escrever uma resenha.

É o seguinte:

Em 2017, o lançamento de Mulher Maravilha foi exaltado como um hino do neofeminismo. Estrelado pela estonteante Gal Gadot, a história de uma heroína no mais pleno arquétipo Atena + Ártemis exibia, entre outras coisas, uma sociedade de amazonas misândricas como o clímax do ativismo do exército das SJW Progressistas Pós-Modernas.

Em si, o enredo de Mulher Maravilha não é ruim; a diversão é até decente, mas a mensagem subliminar é questionável. Ainda assim, Wonder Woman custou 149 milhões de dólares e rendeu 821 milhões, o que lhe garantiu o troféu de 9º maior bilheteria de 2017.

Dois anos depois de Mulher Maravilha, o lançamento de Capitã Marvel ofereceu um novo palanque para os argumentos neofeministas. Inclusive, a atriz principal, Brie Larson, foi acusada de fazer discursos “lacradores” e havia até mesmo a expectativa de que isso gerasse um boicote ao filme. O que não ocorreu:

Capitã Marvel custou 152 milhões de dólares e após 4 dias de exibição havia acumulado a bagatela de 456 milhões de dólares em bilheteria. No Brasil, Capitã já se tornou a terceira maior arrecadação da Marvel Studios, ficando atrás apenas de Capitão América: Guerra Civil e Vingadores: Guerra Infinita. O provável é que seu lucro ultrapasse Mulher Maravilha, mas isso não é o mais importante. O mais importante é a mensagem explícita que carrega.

Em inglês, a palavra “wonder” pode ser traduzida como “maravilha”, mas uma tradução mais correta seria “deslumbramento”, no sentido de que “wonder” sugere um êxtase prazeroso da imaginação ou um estado de admiração por encantamento.

Em contrapartida, apesar de “marvel” também poder ser traduzido como “maravilha”, a palavra tem um sentido mais refinado de espanto ante o extraordinário, um estado de surpresa diante do fenomenal e do grandioso – e esta é exatamente a diferença entre Mulher Maravilha e Capitã Marvel.

Mulher Maravilha é vistosa, Capitã Marvel é magnífica.

A super guerreira Diana Prince foi interpretada pela modelo internacional Gal Gadot. Gadot, com 1,78m de altura, Miss Israel em 2004, tem uma beleza incontestável e um corpo super malhado – atributos que foram bem aproveitados pela produção e pela indumentária de sua personagem.

Em contrapartida, Carol Danvers, a piloto da aeronáutica que se torna um dos seres mais poderosos do universo, foi interpretada pela jovem Brie Larson. Com apenas 1,70m e 58 kg, Larson tem uma beleza mediana e passaria quase despercebida caso comparecesse a uma festa ao lado de Gadot. Mas a Capitã de Brie Larson é um gigante perto da Wonder Woman de Gadot.

NÃO LEIA DAQUI EM DIANTE CASO NÃO QUEIRA RECEBER SPOILERS

Durante o longa Capitã Marvel, podemos perceber o quanto Carol Danvers era poderosa antes de ser “poderosa”: ela era o tipo de pessoa que você pode derrubar QUANTAS VEZES QUISER.

Entenda: para derrubar uma pessoa QUANTAS VEZES VOCÊ QUISER, essa pessoa deve levantar-se TODAS as vezes que cair. E Carol Danvers cai na praia, cai jogando baseball, cai andando de bicicleta, cai correndo de kart, cai treinando na academia militar, cai durante o teste de uma aeronave, cai na explosão de um reator... e levanta-se, sozinha, sempre.

Nos trechos em flashback, as jovens atrizes London Fuller (que interpreta Carol aos seis anos de idade) e Mckenna Grace (Carol aos 13 anos) dão um show quando se erguem encarando a câmera com um olhar de “Venha, mundo! Mostre o que mais você pode tentar fazer comigo! – e eu vou mostrar de volta o que eu vou fazer com você”. O efeito do close up em cada um daqueles olhares é inspirador.

Em outro trecho, Maria Rambeau, piloto habilidosa e melhor amiga de Carol Danvers / Capitã Marvel, se vê ante um dilema: ficar em segurança na terra cuidando de sua filha ou guiar um avião recém-adaptado para ir até o espaço e enfrentar uma força alienígena inimiga tecnologicamente mais avançada.

Quase enveredando por uma típica crise melodramática, Maria ouve sua pequena lhe dizer que momentos como esse existem para que você reflita exatamente qual mensagem deseja passar para seus filhos. E isso basta para que Rambeau entenda o que deve fazer.

Pessoas “comuns” atropeladas por contextos capazes de trazer à tona a verdadeira matéria que nos constitui: é disso que os bons filmes de heróis deveriam tratar. E as mulheres-heroínas em Capitã Marvel não deixa a desejar: elas são emocionais, vulneráveis e ternas, mas ao mesmo consistentes de um modo flexível, intensas de um modo empático e determinadas de uma maneira fascinante.

“Eu não sou o quê você acha que eu sou”, diz Danvers para Fury, logo no início do filme, antes de tentar abater um skrull com uma rajada de fótons. Na sequência, enquanto estão em perseguição ao skrull, Fury conversa com Coulson no carro:

– Você viu a arma dela? – pergunta Fury.

– Não. – responde Coulson.

Capitã Marvel não tem braceletes, ou laços mágicos, ou aviões invisíveis. Ela não dispara com armas: ela tem suas mãos, suas convicções e uma missão. E isso é tudo que precisa.

Numa cena-chave, Danvers encontra-se no ambiente virtual da Inteligência Suprema, o governante soberano do planeta Hala. Ao tentar revoltar-se contra a subserviência imposta pela Inteligência, é golpeada por raios de força. Imobilizada, recebe um aviso: “o que lhe foi dado também pode ser retirado”.

Esta frase marca uma epifania, quando Danvers compreende que sua “stamina” não foi “dada”: ela sempre esteve ali, porém acorrentado pelos mecanismos de controle daquilo que ela conhecia como Inteligência Suprema. E o que aconteceria se ela, uma simples terráquea voluntariosa e altruísta, decidisse renunciar ao servilismo? O que aconteceria se ela decidisse parar de lutar “com uma mão amarrada às costas” e desse vazão à sua avassaladora energia feminina?

Finalmente liberta do domínio da “Inteligência Suprema”, Danvers manifesta toda sua potência, destrói a ameaça alienígena no espaço – que foge com o rabo no meio das pernas – e retorna à Terra para um último compromisso: próximo aos destroços de uma nave, a Capitã encontra seu antigo instrutor, Yon-Rogg (interpretado por Jude Law).

Rogg era a ferramenta que a Inteligência Suprema havia colocado ao lado e acima de Marvel para garantir sua submissão à autoridade.  As frases pseudo-motivacionais de Rogg – “tudo que quero é que você seja a melhor versão de si mesma” – nunca foram potencializadoras, mas limitadoras das capacidades de Carol.

Se a Inteligência Suprema é todo o conjunto de Moralidades virtuais masculinas e femininas que agrilhoam as aptidões femininas, o traidor Rogg é a própria personificação do mito da “sociedade patriarcal machista opressora”. Ciente de sua desvantagem na situação, ele desafia Marvel para um embate mano a mano, sem que ela use plenamente seus poderes.

– Estou tão orgulhoso de você! – diz Rogg, colocando sua arma no coldre. – Você percorreu um longo caminho desde que a encontrei naquele dia, à beira do lago. Mas será que você consegue controlar suas emoções tempo o suficiente para me enfrentar? Ou irá permitir que elas roubem o melhor que você tem? Eu lhe disse: você estaria pronta apenas quando controlasse suas emoções e me vencesse sendo você mesma. E esta é sua chance! Este é o momento, Vers!

E então Rogg ergue os punhos, desafiando-a:

– Desligue seu show de luzes e prove, prove para mim, que você é capaz de me vencer sem... – e antes que possa terminar sua frase, Rogg recebe uma cacetada fotônica disparada por Danvers, sendo arremessado com violência contra uma pedra a centenas de metros de distância. Danvers aproxima-se dele. Rogg está caído e ferido. Ele a olha com temor. Ela o olha com desapego enfático.

– Eu não tenho que lhe provar coisa alguma. – responde Carol, enquanto cata Rogg pela mão e o arrasta pelo deserto.

Assistir Capitã Marvel é uma aula do legítimo poder feminino que as feministas atuais, ainda deslumbradas com a ilha de Themyscira, com os sovacos peludos e os absorventes mastigáveis, deveriam assistir várias vezes.

O feminismo não é, não deveria ser e nunca se tratou de uma luta contra os homens. Para as mulheres, o feminismo deveria significar uma busca pela feminilidade em seus genes, pelo poder singular que reside nos seus dois cromossomos X.

O Aretê Feminino não consiste em provar o seu valor para ou contra os outros, mas simplesmente descobrir sua Identidade Pessoal e cumprir seu propósito com força, coragem, honra, sentimento, justiça e sabedoria; sem amarras; por si, para si e para o bem dos outros à sua volta.

Em um trecho revelador, o líder skrull Talos pergunta a Danvers: “Você gostaria de saber quem você realmente é?”.  

Esta é a pergunta que ecoa pelo filme e mais além. E esta, sim, é uma questão Maravilhosa para as autênticas mulheres do século XXI – e um espetáculo para todos os homens que as admiram.

Capitã Marvel é um filmaço.


09 março 2019

O DURADOURO BAILE DO AUTOVITIMISMO PÓS-MODERNO

Se a Psicologia e a Psiquiatria desejam ser levadas a sério e consideradas minimamente científicas, as patologias de que tratam devem ser definidas e diagnosticadas de modo estritamente prático e objetivo. Infelizmente, boa parte destas “ciências” depende de percepções subjetivas e imprecisas. Como resultado, mais de 80% do que se faz em Psicologia e Psiquiatria consiste em legitimar o autovitimismo e tornar uma forma de drogadição socialmente aceitável por ser “terapêutica”.

Em 1 ano, de cada 1000 pessoas, apenas 4 apresentam transtornos francamente psicóticos, apenas 3 apresentam surtos de esquizofrenia, e apenas 10 apresentam sintomas de Depressão Grave (não tristeza, melancolia ou autopiedade, mas Depressão Maior de fato, com recusa de tomar banho, escovar os dentes, receber alimentos e sair de casa, além de ideações de autoextermínio ou tentativas de suicídio ipso facto).

Todavia, a cultura do vitimismo faz com que 200 de cada 1000 se digam portadoras de alguma forma de transtornos mental, lotando ambulatórios e redes sociais com suas lamentações.

Se Darwin estivesse vivo, seria divertido vê-lo tentando explicar o processo de Seleção Natural que aumentou tão exponencialmente a incidência do Mimimi...

Neste meio tempo, 11 milhões de pessoas saudáveis entre 15 a 29 anos não estudam e nem trabalham no Brasil. Isso equivale 25% de todos os jovens nesta faixa etária, ou quase três Noruegas. Tente responder: quantos destes estão sob acompanhamento psicológico ou aguardando renovação das receitas de seus psicotrópicos de estimação?
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Fontes:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1140960/

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5896987/

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3997379/

https://www.psychiatryadvisor.com/home/depression-advisor/prevalence-of-major-depressive-disorder-remains-high-in-us-population/

http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/a-geracao-nem-nem-e-os-profissionais-des-des/125089/

https://g1.globo.com/economia/noticia/numero-de-jovens-que-nao-estudam-nem-trabalham-cresce-20-em-4-anos-e-chega-a-258-em-2016-diz-ibge.ghtml

14 fevereiro 2019

A VOLTA DOS QUE NUNCA FORAM



Mais um verão, mais uma “epidemia” de dengue. Curioso ainda falarem em “epidemia”...

A Dengue chegou nas Américas nos intestinos e salivas dos primeiros Aedes aegypti que aportaram no Novo Mundo trazidos do Egito, na bagagem das caravelas e do tráfico de Escravos. Graças ao ambiente favorável, os insetos rapidamente se espalharam pelo Caribe, EUA, Colômbia e Venezuela.

No Brasil, a primeira epidemia de Dengue provavelmente acompanhou o surto de febre amarela que paralisou o Rio de Janeiro no começo do século XX. Na mesma época, o ciclo do Aedes foi bem documentado em uma monografia de 400 páginas escrita pelo médico paraense Antonio Gonçalves Peryassú (1879-1962), um verdadeiro gênio (1).

Só Odin sabe quantas mortes diagnosticadas como Febre Amarela foram causadas de fato pelo vírus da Dengue. Felizmente ou infelizmente, ambas as arboviroses possuíam o mesmo vetor, e o combate ao mosquito liquidava dois coelhos com uma pedrada só.

Apavorado com a escalada das mortes e amparado pelos estudos de Peryassú, Francisco Rodrigues Alves, o 5º Presidente da República do Brasil, escalou em 1903 um jovem médico de São Luiz do Paraitinga para dar conta do recado.

Nomeado Diretor Geral da Saúde Pública, Oswaldo Cruz – então com apenas 30 anos de idade – organizou batalhões de “mata mosquitos” e avançou como um tsunami. De acordo com o médico Egídio Sales Guerra (2), em apenas 1 mês Cruz vistoriou 14.772 prédios; extinguiu 2.328 focos de larvas; limpou 2.091 calhas e telhados, 17.744 ralos e 28.200 tinas; lavou 11.550 caixas automáticas e registros, 3.370 caixas d´água e 173 sarjetas, retirando 6.559 baldes de lixo dos quintais de casas e 36 carroças de lixo dos terrenos da cidade.

A ação enérgica provocou revoltas populares coordenadas por demagogos e ignorantes (desculpe o pleonasmo...), mas produziu resultados: em 1903, a febre amarela havia totalizado 584 óbitos no Rio de Janeiro. Em 1908, o número havia sido reduzido para apenas quatro (3). Todavia, o desgaste político de Cruz foi intenso e ele abandonou a saúde pública no ano seguinte. Em 1917, faleceria precocemente aos 44 anos, vítima de complicações de uma insuficiência renal.

Os esforços de Antonio Gonçalves Peryassú e Oswaldo Cruz conduziram ao controle efetivo da epidemia de Febre Amarela e da Dengue em 1920. Em 1955, o Aedes seria considerado erradicado do território nacional, mas o relaxamento das medidas de controle sanitário promoveria seu retorno ao longo da década seguinte (1).

No começo dos anos 80, voltamos a ter pequenos episódios localizados de Dengue no Brasil. Em 1986, um novo surto se alastrou do Rio de Janeiro para o restante do país e, desde então, a doença se tornou uma “epidemia anual”, só aguardando a combinação de sol e chuvas para lembrar que nunca foi embora.

A dengue ocorre o ano inteiro, causando sofrimento e dezenas de mortes, mas apenas no verão recordamos de sua existência. Passados os meses de calor mais intenso, os casos voltam a se tornar mais raros e os cidadãos e gestores públicos convenientemente se esquecem de tudo que Peryassú e Cruz ensinaram. No ano seguinte, lembrarão apenas em parte do que estava escrito nas apostilas e chamarão seu medo de morrer por picada de mosquito de “epidemia” – como têm feito por hábito ou burrice há mais de 30 anos.

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Fontes:

1. Instituto Oswaldo Cruz. Dengue - vírus e Vetor. Acessado em http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/longatraje.html

2. Egídio Sales Guerra. Oswaldo Cruz. Casa Editora Vecchi (1940).

3. Aleidys Hernández Tasco. O Surto de Febre Amarela no Rio de Janeiro (1928-1929). Acessado em https://www.13snhct.sbhc.org.br/resources/anais/10/1345081434_ARQUIVO_SurtodefebeamarelanoRiodeJaneiro.pdf

10 fevereiro 2019

EDUCAÇÃO BRASILEIRA: UM PROJETO PARA JOGAR DINHEIRO FORA

Um Mestrado dura 24 meses. Em instituições particulares, a mensalidade de um Mestrado Acadêmico varia de R$1,8 mil (Administração de Empresas) a R$1,9 mil (Ciências Médicas).  Um Mestrado Profissional varia de R$2,2 mil (Odontologia) a R$2,4 mil (Direito) (1).

Vamos considerar então que, para um Mestrado, a mensalidade média em instituições particulares gira em torno de R$2 mil. Para produzir um Mestre, são necessários R$48 mil. Não é uma fortuna, mas certamente é um bom dinheiro.

Um Doutorado dura cerca de 48 meses e tende a ser um pouco mais salgado: Em instituições particulares como PUC e FGV, a mensalidade varia de R$1,4 mil a R$ 3,5 mil (2,3).

Podemos considerar então que, para um Doutorado, a mensalidade média em instituições particulares gira em torno de R$2,45 mil. Para produzir um Doutor, são necessários R$117,6 mil. Novamente, não é uma fortuna, mas certamente é um bom dinheiro.

As instituições que oferecem estes cursos cobram estes valores como sendo suficientes e correspondentes ao uso de suas estruturas físicas, dos serviços prestados dentro do campi, como percentual do valor investido para formar os professores, manter as salas de aula, pagar água, luz, seguranças, faxineiros, colocar papel higiênico no banheiro, etc.

Apenas no ano de 2016, o Capes concedeu 50.273 bolsas de mestrado e 43.045 de doutorado (4). Esqueça o valor das bolsas– que está na casa de várias dezenas de milhões de reais, mas deixe isso de lado. Vamos nos concentrar no valor real dos cursos em si.

Milton Friedman já havia avisado: não existe almoço grátis. Da mesma forma, não existe Mestrado ou Doutorado grátis, nem mesmo nas faculdades federais.

Em valores reais de mercado, as 50.723 bolsas de Mestrado equivalem a um investimento de cerca de R$2.434.704.000 (dois bilhões de reais e uns trocados) ao longo de 2 anos. Este será o dinheiro, em valores reais de mercado, que será investido para formar todos estes Mestres.

Novamente, em valores reais de mercado, as 43.045 bolsas de Doutorado equivalem a um investimento de cerca de R$ 5.062.092.000 (meros 5 bilhões de reais) ao longo de 4 anos. E este será o dinheiro, em valores reais de mercado, que será investido para formar todos estes Doutores.

Considere o seguinte: em 10 anos, o "sistema" brasileito consegue rodar duas turmas de Doutorado e (2 x 5 = 10 bilhões de reais, estimando por baixo) e 4 de Mestrado (4 x 2 = 8 bilhões de reais, novamente nivelando por baixo).

Ao todo, em uma década, o Capes consome a bagatela de R$18 bilhões de reais – ou uns 5 bilhões de dólares, arredondando pra não levar moedinhas nem bala no troco pra casa.

Em 2012, ao custo de 10 anos de estudos e pesquisas e sob um investimento de 2,5 bilhões de dólares, a NASA colocou a sonda Curiosity no solo marciano (5).

Ou seja: no mesmo intervalo de tempo e pela metade do preço que nosso país investe para formar Mestres e Doutores, os Mestres e Doutores nos EUA pousaram uma nave terrestre em um planeta a 230 milhões de quilômetros daí da sua casa.

Por aqui, em nossas sapientíssimas universidades, sabe o que o dinheiro retirado do bolso dos PAGADORES DE IMPOSTOS produz após 2 anos de Mestrado e 4 anos de doutorado?

É só conferir a foto deste post.

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Fontes:
1. https://www.diplomas.com.br/quanto-custa-fazer-um-mestrado/
2. https://portal.fgv.br/educacao/mestrado-doutorado
3. https://www.pucsp.br/pos-graduacao/mestrado-e-doutorado
4. http://www.capes.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/8254-capes-divulga-numeros-de-2016
5. https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/espaco/sonda-de-us-25-bilhoes-pousa-com-seguranca-em-marte,0408879d792ca310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

O PROBLEMA DA PSIQUIATRIA E O CARÁTER HUMANO

Imagine alguém que tem um problema grave de visão. Uma miopia de 10 graus, por exemplo. Esta pessoa é disfuncional, não tem soberania sobre sua retina, não consegue navegar direito pelo mundo, tem dificuldade para arrumar emprego e ganhar dinheiro para seu sustento. Ela passa em um Oftalmologista que lhe prescreve um óculos e voila!, seu autopertencimento está de volta. Ela continua míope, porém agora tem autonomia.

Imagine alguém que sofre de diabetes. Os altos níveis de glicose provocam crises de coma por hiperglicemia, a neuropatia nas mãos compromete a coordenação e a vasculopatia nos pés dificulta sua locomoção. Essa pessoa é disfuncional, não tem soberania, não consegue navegar direito pelo mundo, tem dificuldade para arrumar emprego e ganhar dinheiro para seu sustento. Ela passa em um Endocrinologista que lhe prescreve dieta e insulinoterapia e voila!, seu autopertencimento está de volta. Ela continua diabética, porém agora tem autonomia.

Imagine alguém que sofreu um trauma gravíssimo na quinta vértebra torácica e desenvolveu espasmos musculares. As contrações nas pernas ocorrem a qualquer momento, comprometem suas interações, pioram ainda mais sua mobilidade, acentuando sua disfuncionabilidade. Essa pessoa não tem soberania, não consegue navegar direito pelo mundo, tem dificuldade para arrumar emprego e ganhar dinheiro para seu sustento. Ela passa em um Neurocirurgião que lhe prescreve um esquema adequado de neurolépticos e voila!, após algum tempo, as contrações e espasmos desaparecem. Seu autopertencimento está de volta. Ela continua paraplégica, porém agora ganhou mais autonomia.

Imagine alguém que sofre de epilepsia. As crises convulsivas inesperadas, as quedas, os traumas, as fraturas, a insegurança e o estigma a tornam disfuncional. Essa pessoa não tem soberania, não consegue navegar direito pelo mundo, tem dificuldade para arrumar emprego e ganhar dinheiro para seu sustento. Ela passa em um Neurologista que lhe prescreve um esquema adequado de anticonvulsivantes e voila!, após algum tempo, seu autopertencimento está de volta. Ela continua epiléptica, porém agora tem autonomia.

Agora imagine alguém que sofre de um transtorno psiquiátrico como Ansiedade, Depressão, Somatização, Déficit de Atenção e Hiperatividade, Transtorno Bipolar ou Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Essa pessoa não tem soberania, não consegue navegar direito pelo mundo, tem dificuldade para arrumar emprego e ganhar dinheiro para seu sustento. Ela passa em um Psiquiatra que lhe prescreve drogas psicoativas e... nada. Seu autopertencimento raramente volta. Ela continuará portadora do transtorno, porém agora tem outro problema: tornou-se dependente de medicamentos controlados.

Diferentemente do que ocorre em Oftalmologia, Endocrinonologia ou Neurologia, na Psiquiatria os tratamentos medicamentos são considerados uma “arte” dependente de tentativas e erros. Imagine um Cirurgião Geral que a cada caso de apendicite tem que ir “tentando achar” onde se escondeu o apêndice que deve ser retirado – algumas vezes no dedão do pé, outras no pescoço, outras no joelho... isso seria considerado “ciência”?

Apesar de décadas de desenvolvimento e estudos, os tratamentos psiquiátricos não produzem cura e apenas muito raramente produzem alguma melhora ou remissão efetiva (1).

Vejamos os pacientes com “depressão”. Estudos randomizados sugerem fortemente que o uso de antidepressivos não é superior ao uso de placebos no tratamento de transtornos depressivos unipolares (2). Entre os pacientes depressivos que utilizam medicamentos pesados, menos de 30% se livram do transtorno (3), sendo que a maior parte dos indivíduos tratados com medicamentos não apresenta melhora do funcionamento social (4).

Nos casos de transtorno bipolar, o uso de medicamentos não resolve o transtorno e apenas muito raramente produz remissão (5).

Cerca de metade dos pacientes com transtorno do pânico apresentam melhora dos sintomas com o uso de medicamentos psiquiátricos, mas exatamente a mesma quantidade melhora com o uso de comprimidos placebos feitos de açúcar (6). Uma extensão revisão sistemática da literatura realizada recentemente mostrou que de cada 7 portadores de transtorno do pânico tratados com remédios controlados, apenas 1 apresenta melhora dos sintomas (7).

Com relação ao tratamento de pessoas com transtorno de ansiedade, após 3 meses, 46% melhoram apenas com terapia cognitivo comportamental (contra apenas 27% de melhora entre aquelas tratadas apenas com remédios). Após 1 ano, 63% das pessoas submetidas apenas à psicoterapia cognitivo-comportamento referem melhora dos sintomas, versus 38% daquelas tratadas com remédios apenas (8).

Segundo estimativas do Ministério da Saúde, 12% da população brasileira apresenta transtornos de ordem psiquiátrica (9). Isso equivale a cerca de 23 milhões de pessoas – ou praticamente uma Austrália inteira.

Alguns transtornos psiquiátricos – como surtos psicóticos e Esquizofrenia – são doenças realmente, mas a massa dos casos não se classifica exatamente como “doença” dentro do conceito médico. São “doenças” do ponto de vista biopsicossocial: se você acha que está doente e não está, o “achar estar doente” basta para que você receba um diagnóstico.

Seria mais ou menos o mesmo que dizer que, se você acha que Papai Noel ou Saci-Pererê estão atrás da porta, então sua fé na existência destas entidades é prova mais que suficiente de que você está certo e elas estão ali de alguma forma. E esta é uma amostra da insanidade de nossos tempos.

Boa parte dos pacientes nas agendas dos consultórios psiquiátricos não sofre de doenças. E exatamente por isso o que apresentam não é classificado como “doença”, mas como transtorno. Eu iria além disso e, como Thomas Szasz em “O Mito da Doença Mental” (1961), classificaria a imensa maioria desses “transtornos” simplesmente como Fraquezas de Caráter.

Não que pessoas com depressão ou ansiedade ou pânico não tenham Caráter ou tenham um “caráter” ruim: o que elas têm é uma lâmpada incandescente de 20 watts em um ambiente que necessita de uma lâmpada de 100 watts. A luz que produzem não é boa ou ruim: ela é apenas insuficiente. É fraca.

Infelizmente, a maluquice da pós-modernidade faz com que você seja proibido de chamar o negro de negro, o gordo de gordo, o doido de doido, o viciado de viciado, o feio de feio, o manco de manco, o histérico de histérico, e daí em diante. Todos se doem. E todos procuram alguém que sinta pena de suas dores e legitime assim o falso esforço da fraqueza de suas luzes.

O dilema que se apresenta para a Psiquiatra no Brasil e no mundo todo é como fazer esta autocrítica e aceitar que uma parte substancialmente incômoda dos diagnósticos que fazem e dos tratamentos que instituem de pouco valem. Não porque a psiquiatria não seja válida, mas porque resignou-se a tratar com biqueiras de remédios controlados fraquezas de Caráter que nunca foram e nunca serão doenças de fato.

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Fontes:

1. McMahon FJ. Prediction of treatment outcomes in psychiatry—where do we stand ? Dialogues Clin Neurosci. 2014 Dec; 16(4): 455–464.

2. Walsh BT, Seidman SN, Sysko R, Gould M. Placebo response in studies of major depression: variable, substantial, and growing. JAMA. 2002 Apr 10;287(14):1840-7.

3. Trivedi MH et al.  Evaluation of outcomes with citalopram for depression using measurement-based care in STAR*D: implications for clinical practice. Am J Psychiatry. 2006 Jan;163(1):28-40.

4. Fawcett J, Barkin RL. Efficacy issues with antidepressants. J Clin Psychiatry. 1997;58 Suppl 6:32-9.

5. Sachs GS et al. Effectiveness of adjunctive antidepressant treatment for bipolar depression. N Engl J Med. 2007 Apr 26;356(17):1711-22. Epub 2007 Mar 28.

6. Shear MK et al. Pattern of placebo response in panic disorder. Psychopharmacol Bull. 1995;31(2):273-8.

7. Bighelli I et al.  Antidepressants versus placebo for panic disorder in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Apr 5;4:CD010676. doi: 10.1002/14651858.CD010676.pub2.

8. Craske MG et al. Treatment for Anxiety Disorders: Efficacy to Effectiveness to Implementation. Behav Res Ther. 2009 Nov; 47(11): 931–937.

9. Governo Brasileiro. Transtornos mentais atingem 23 milhões de pessoas no Brasil. Agência Brasil, 23 de dezembro de 2017. Acessado em http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2010/06/transtornos-mentais-atingem-23-milhoes-de-pessoas-no-brasil









25 janeiro 2019

O MENINO QUE GRITAVA "LOBO!"

Há quase 10 anos, desde que emergiu de um projeto de engenharia social televisiva, o pequeno menino travesso Sr. J. Wylly Wonka vem gritando "Lobo!".

Apesar disso, durante todo este tempo, sequer teve um fio de cabelo arrancado por quem quer que fosse. Jamais teve um furo de bala na janela da Câmara de onde, minutos antes, observava manifestantes na rua. Também não foi esfaqueado no abdome em plena luz do dia, quase perdendo a vida por isso.

Não. Nestes 10 anos, tudo Sr. Wonka fez foi gritar "Lobo!" toda vez que se sentia ultrajado, diminuído, menosprezado, abandonado ou ignorado.

Travesso, decidiu que deveria gritar “Lobo!” para outras plateias sedentas por alguém que lhes legitime o autovitimismo.  Então levou seu espetáculo para o exterior, onde – considerando a Fraqueza Moral que impera no Ocidente – certamente será um grande sucesso de bilheteria.

Reveja o histórico de apresentações do Sr. Wylly Wonka (o menino que gritava "Lobo!") e tire suas próprias conclusões:

Em 2011: http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/03/jean-wyllys-relata-ameacas-de-morte-comissao-de-direitos-humanos.html

Em 2013: https://celebridades.uol.com.br/noticias/redacao/2013/04/09/jean-wyllys-vai-ganhar-protecao-policial-24-horas-por-dia.htm

Em 2015: https://cidadeverde.com/noticias/201680/internauta-ameaca-de-morte-jean-wyllys-e-condenado-a-servico-comunitario

Em 2016: https://noticias.gospelmais.com.br/bispo-acusado-ameacar-jean-wyllys-morte-84297.html

Em 2017: https://noticias.r7.com/brasil/jean-wyllys-avisa-pf-sobre-ameacas-de-morte-a-familia-14032017

Em 2018: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/12/14/politica/1544825670_895192.html

24 janeiro 2019

A FALÁCIA DO SR. J. WYLLY “MATO SANTO” WONKA

É o seguinte, meu prezado patrício, minha prezada patriota:

As regras para aposentadoria dos Deputados Federais foram alteradas em 1997 com a aprovação da lei Lei 9.506/97 que instituiu o Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC).

O PSSC funciona da seguinte maneira: o valor da aposentadoria varia segundo um coeficiente calculado à razão 1/35 que é multiplicado pelo valor dos rendimentos.

Se o deputado contribuiu para o PSSC por 10 anos, por exemplo, o coeficiente será de 10/35 (ou aproximadamente 0,2857). Para calcular o valor a ser pago, basta multiplicar o salário do parlamentar por este coeficiente.

Conforme nos informa o Decreto Legislativo 276/14, o “subsídio” (leia-se: salário) de um deputado federal é de R$ 33.763,00.

O Sr. Wonka foi deputado por dois mandatos (2010-2014 e 2014-2018).
Sua aposentadoria, portanto, pode ser calculada da seguinte maneira: (8/35) x R$ 33.763,00. Isso totaliza módicos R$7.717, que ele irá receber até o fim dos seus dias.

Dentre suas valiosas contribuições do Sr. Wonka para o corpo legislativo nacional constam o Projeto de Lei (PL) 882/2015 que legaliza o aborto; o PL 5002/2015 que permite a mudança de nome da pessoa de acordo com sua identificação de gênero; o PL 7270/2014 que propõe a legalização da produção e venda de maconha; e o PL-7512/2017 que exige condições específicas na audiência de custódia para que o criminoso tenha sua dignidade preservada – entre outros projetos e requerimentos que certamente ostentam enorme valor histórico.

Felizmente, em 8 anos de mandato, NENHUM projeto de lei do Sr. Wonka foi aprovado.

Quer dizer... não sei se “felizmente” se aplica: o Sr. Wonka custou, mensalmente, 179 mil reais distribuídos entre 3,8 mil de auxílio moradia, 33 mil de salário, 30 mil de cota para atividade parlamentar, 97 mil destinados à contratação de pessoal, além de cobertura de despesas com saúde e salários extras no início ao final do mandado, para compensar eventuais gastos com mudanças.

Isso significa que ao longo de 8 anos os pagadores de impostos investiram 17 milhões de reais nos preciosos serviços Sr. Wonka, que agora alega “risco de morte”, refugiando-se em um local desconhecido acompanhado de sua módica aposentadoria. Segundo fontes, ele dedicar-se-á a atividades acadêmicas.

Uma beleza.

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Fontes:

http://www2.camara.leg.br/comunicacao/assessoria-de-imprensa/salario-de-
deputados

http://www2.camara.leg.br/comunicacao/assessoria-de-imprensa/aposentadoria-de-deputados

http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_lista.asp?Pagina=2&Autor=5310725&Limite=N

https://www.politize.com.br/quanto-ganha-deputado-federal/

21 janeiro 2019

UM COSMO ENTRE AS SUAS ORELHAS


Se considerarmos uma célula como a menor unidade organizada formadora do corpo humano, então podemos conceber uma estrela como sendo a menor unidade organizada formadora do universo.

A quantidade e a densidade de estrelas é a base do raciocínio utilizado pelos Astrônomos para separar e classificar as várias estruturas do universo.

Começando sua viagem pelo seu quarto – nosso planeta –, verá que vivemos em uma “suíte” que tem a forma de uma bolinha de terra e água com um raio de aproximadamente 6.400 km.

Nossa “casa” é um sistema com cerca de 2 anos-luz de raio em torno da estrela mais próxima, o Sol.

Saindo pelo portão da garagem e observando a “rua”, você perceberá que o pequeno “condomínio” onde está sua casa, a Via Láctea, tem uma extensão de 100.000 anos-luz de uma ponta à outra.

Este condomínio está localizado em um “quarteirão” que reúne vários outros “condomínios” – como a galáxia Andrômeda –, com cerca de 10 milhões de anos-luz de extensão. Mas a organização do universo segundo os grupamentos de estrelas não termina aí.

Afastando um pouco mais, chegamos a estruturas cósmicas imensas, algo como “bairros”, reunindo centenas de “quarteirões” de aglomerados galácticos. São os chamados Superaglomerados. Olhando para trás, você verá que sua casa faz parte de um destes superaglomerados, o Superaglomerado Virgo, que abriga mais de 2000 galáxias e se estende por mais de 65 milhões de anos-luz.

Existem milhões de Superaglomerados espalhados por todo o universo visível, e os aglomerados galácticos dentro deles e os próprios superaglomerados entre si “comunicam-se” por filamentos de Matéria Escura. É a força gravitacional da Matéria Escura que mantém galáxias, aglomerados e superaglomerados organizados na configuração que conhecemos.

A figura 1 deste post é uma simulação da NASA mostrando como a energia dos filamentos de Matéria Escura se estendem no tecido do espaço feito gigantescas avenidas flutuantes, conectando bilhões de bilhões de “quartos, casas, condomínios e bairros” que compõem o Cosmo.

A figura 2 deste post é uma fotografia eletrônica de um único neurônio, igual aos pouco mais de 85 bilhões de neurônios que você está utilizando bem aí, no cérebro guardado entre as suas orelhas, enquanto lê este texto.

Vê alguma semelhança entre as duas imagens? Einstein e Baruch Spinoza veriam.

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Fontes:

https://www.nasa.gov/content/hubble-highlights-shining-a-light-on-dark-matter

https://www.smithsonianmag.com/smart-news/meet-boss-largest-structure-universe-180958378/

http://www.thestargarden.co.uk/Galaxies.html

19 janeiro 2019

OS IDIOTAS PRIVADOS E A BURRICE COLETIVIZADA

Na pureza do Latim, o sentido de "idiotes" era o de “homem privado”, isto é, alguém voltado apenas para si mesmo, um egocêntrico metido com seus próprios afazeres e afastado de preocupações como política, sociedade ou nação.

O Idiota, portanto, sequer deveria ser notado, pois vive como e considera-se um fim em si mesmo.

Entretanto, quando temos uma Pós-Modernidade de 8 bilhões de pessoas voltadas quase que exclusivamente para seus autointeresses, fica impossível não sentir-se incomodado com a exposição ostensiva de suas "intimidades reservadas".

É nessa hora que "idiotice" passa a equivaler a estupidez e burrice.

A CAIXA-PRETA DO BNDES, OS POÇOS DO EXÉRCITO E A SEM-VERGONHICE PETISTA

A perfuração e instalação de um poço artesiano com uma bomba hidráulica movida a energia solar custa, em média, cerca de R$ 20 mil nas mãos do Exército Brasileiro.

Ao longo dos 15 anos do Império Criminoso Petista, a construtora Odebrecht, aquela mesma envolvida em escândalos de corrupção na Operação Lava Jato, fechou empréstimos no valor total de R$ 18 bilhões. 

Apenas a grana preta repassada para a construtora corrupta daria para instalar 900.000 poços artesianos.

Bem, o Nordeste inteiro possui 1.558.000 km2, mas, para efeito de atendimento às populações afetadas pelas secas, a área oficialmente denominada Região Semi-Árida do Nordeste abrange uma área de 900.485 km2. 

Ou seja: se o propinoduto da Odebrecht que alimentou os caciques da Esquerda Caviar tivesse sido direcionado para a instalação de poços, teríamos agora no mínimo 1 poço drenando água à vontade e distante no máximo 15 minutos de caminhada da casa de QUALQUER MORADOR da Região Semiárida do nosso querido Nordeste.

Você está vendo esses poços por lá? Nem eu. Nem o Ray Charles, e nem o Steve Wonder. O Molusco, bom... o molusco também não está vendo estes poços porque O LULARÁPIO CONTINUA PRESO. 

Agora vai lá tentar conversar sobre estes números com um esquerdopata pra ver se ele morre de vergonha e para de desperdiçar nosso oxigênio.

(Eu sei. Ele não vai morrer de vergonha. Eles não sabem o que é isso. Mas tente mesmo assim: fará bem para a sua autoestima indignada).


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Fontes:

https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/01/18/bndes-divulga-lista-com-os-50-maiores-clientes-do-banco.ghtml

http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2013/09/exercito-inaugura-poco-artesiano-movido-energia-solar-no-rn.html

https://books.google.com.br/books?id=ySoOAQAAIAAJ&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false

15 janeiro 2019

DECRETO DA POSSE ARMAS:

O novo texto para posse de armas, assinado hoje pelo Presidente Bolsonaro, permite que o cidadão compre até quatro armas de fogo.

A validade do registro passa dos atuais 5 anos para 10 anos.

Poderá possuir armas em casa quem que se encaixar nos seguintes critérios:

- Ser agente público (ativo ou inativo);

- Ser militar (ativo ou inativo)

- Ser dono ou responsável legal de estabelecimentos comerciais ou industriais

- Ser colecionador, atirador e caçador, devidamente registrados no Comando do Exército.

- Residir em área rural

- Residir em áreas urbanas com elevados índices de violência (consideradas aquelas localizadas em unidades federativas com índices anuais de mais de dez homicídios por cem mil habitantes, no ano de 2016, conforme os dados do Atlas da Violência 2018.

Este último item é curioso: segundo dados do IPEA, NENHUMA unidade da Federação apresenta uma taxa anual de homicídios abaixo de 10 / 100 mil habites. A menor taxa, do estado de São Paulo, é de 10.9. Ou seja: TODOS os estados da Federação passam a ser considerados "unidades com elevados índices de violência".

Conclusão: em breve, teremos fotos de balcões de ofertas nas lojas da Havan. Inicialmente, os preços tenderão a uma alta devido à demanda reprimida. Em um segundo momento, a produção se adequará à procura, as novas leis de livre mercado agirão, e as armas LEGAIS se tornarão acessíveis aos CIDADÃOS DE BEM.

Uma Nova Era, senhoras e senhores. Definitivamente, uma Nova Era.

09 janeiro 2019

GENTILI, DIMENSTEIN, E O SEU E O MEU DINHEIRO

Em 2017, Danilo Gentili foi condenado a pagar R$1.000 a Gilberto Dimenstein por postar em redes sociais “mensagens que desabonavam” o jornalista, responsável pelo site Catraca Livre.

Em setembro de 2018, terminada a primeira fase do processo, saiu a sentença, com uma reviravolta: a magistrada responsável pelo caso entendeu que Gentili estava dentro de seu direito à Liberdade de Expressão. Como o processo encontra-se transitado em julgado, não cabe mais recurso.

Em sua decisão, a Dra. Gisele Valle Monteiro da Rocha inocentou o réu Danilo Gentili, e condenou o Jornalista Gilberto Dimenstein a pagar as custas processuais e honorários ao vencedor da contenda. Vencido e injuriado, Dimenstein segue atacando Gentili nas redes sociais – e tem recebido, em troco, doses extras do humor ácido de Danilo.

Vale lembrar que Dimenstein é um conhecido promotor das agendas de esquerda, tendo recebido como gratificação por seus serviços repetidos financiamentos do governo via Lei Rouanet.

Segundo o sistema do Ministério da Cultura, entre 2011 e 2015, duas empresas que apresentam Dimenstein como sócio-administrador receberam cerca de 2 milhões de reais em “doações”. Um projeto de “jornalismo comunitário” recebeu mais de R$458 mil da concessionária do sistema Anhanguera / Bandeirantes AS.

A publicação “A Democratização Cultural e o Incentivo às Ações Locais” recebeu outros R$ 364 mil da Votorantim Cimentos Ltda como incentivo à divulgação.

Finalmente, o próprio site CatracaLivre recebeu dos cofres públicos mais de R$ 700 mil captados por doações do Banco Itaú e de duas empresas concessionárias de rodovias controladas pelo grupo Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez – ambos envolvidos em falcatruas e investigadas pela Lava Jato.

A Camargo Corrêa assumiu em justiça a participação em um esquema de fraudes e formação de cartel em 21 licitações que ocorreram em 7 Estados e no DF em um período de 16 anos. Como resultado, o juiz Sérgio Moro – agora Ministro da Justiça – condenou vários executivos da empresa a mais de 15 anos de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Em 2017, quatro executivos da Andrade Gutierrez e o ex-diretor da Petrobrás Renato Duque foram condenados por corrupção e lavagem de dinheiro.

É de fontes assim que vem a grana preta que sustenta o CatracaLivre do Sr. Dimenstein. É com seu dinheiro, meu dinheiro, nosso dinheiro que o CatracaLivre anti-Bolsonaro se sustenta.

Felizmente, os tempos estão mudando. E o Sr. Dimenstein vai ter que colocar a mão no bolso para pagar o processo que perdeu para o Sr. Gentili. Infelizmente, irá tirar do bolso o mesmo dinheiro que jamais deveria ter ido parar ali - o dinheiro dos pagadores compulsórios dos impostos que financiam o Estado que deveria agir para nossa Segurança, Liberdade e Prosperidade.


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Fontes:

https://emais.estadao.com.br/noticias/gente,danilo-gentili-e-condenado-a-indenizar-jornalista-por-ofensa-no-facebook,70001821697

https://www.justicaemfoco.com.br/desc-noticia.php?id=133360&nome=danilo_gentili_vence_de_uma_vez_por_todas_gilberto_dimenstein_na_justica

https://folhapolitica.jusbrasil.com.br/noticias/431797432/catraca-livre-recebeu-r-2-milhoes-via-lei-rouanet-na-era-dilma

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/camargo-correa-confessa-fraudes-em-metros-de-8-estados/

https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/executivos-da-camargo-correa-sao-condenados-a-mais-de-15-anos-de-prisao/

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/moro-condena-duque-e-executivos-da-andrade-gutierrez/

04 janeiro 2019

O CABO DE GUERRA DO MUNDO BICOLOR

Durante 2017, o Brasil teve 164 casos de estupro por dia.

Mais de 60 mil brasileiros são assassinatos por ano. Isso dá mais de 1 assassinato a cada 10 minutos, todos os dias – um índice 30 vezes maior que a média da Europa, por exemplo. E mais de duas vezes acima o número de homicídios de Uganda e do Congo, por exemplo.

Entre os 70 países avaliados pelo teste PISA, temos o 5º pior sistema de educação do mundo.

Sendo que 1 de cada 2 brasileiros não leu sequer 1 livro nos últimos 12 meses, e 30% da população brasileira jamais comprou um livro sequer durante toda a vida.

Segundo o IBGE, 3 de cada 10 brasileiros entre 15 e 64 anos de idade são analfabetos funcionais. Isso dá um contingente de 38 milhões de pessoas – ou quase 5 vezes a população da Finlândia ou uma Polônia inteira que não sabe nem ler nem escrever direito.

Finalmente, de acordo com o IPEA, 23% dos brasileiros entre 15 e 24 anos de idade não estudam, não trabalham e não estão procurando serviço. É uma montanha de 8 milhões de pessoas – ou uma Suíça ou duas Nova Zelândias inteiras.

Conseguimos todos estes indicadores maravilhosos depois de 16 anos de termos um governo federal com políticas fortemente de Esquerda.

E esse pessoal aí tá preocupado com quem veste azul ou rosa...

É um bando de gente doida da cabeça. Doida não: é um bando de canalhas.

E uma hora você vai ter que escolher: ou se finge de cego e continua tolerando a indecência de quem prega o socialismo e defende as heranças do petismo, ou se coloca à altura da sua dignidade e passa a chamar e tratar esse povo todo de bandido.

Não interessa se é da família, conhecido ou colega de trabalho.

Bandido é bandido, gente honesta é gente honesta.

E gente honesta não comunga com bandido, brother. Simples assim.

Não adianta dizer “veja bem...”, “olha só...” ou que isso ou aquilo é relativo: gente honesta não acha bandidagem normal ou engraçada. Não tem nada de normal nem engraçado nos números acima.

O ano de 2019 marca uma divisão de águas e só existem dois lados nesse cabo de guerra.

Escolha o seu. Eu já escolhi o meu.


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Fontes:

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2018/08/10/brasil-registra-164-casos-de-estupro-por-dia-em-2017.ghtml

https://oglobo.globo.com/brasil/atlas-da-violencia-2018-brasil-tem-taxa-de-homicidio-30-vezes-maior-do-que-europa-22747176

https://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-cai-em-ranking-mundial-de-educacao-em-ciencias-leitura-e-matematica.ghtml

https://observatorio3setor.org.br/noticias/74-da-populacao-brasileira-nunca-comprou-um-livro/

https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2018/08/epoca-negocios-tres-em-cada-10-sao-analfabetos-funcionais-no-pais-aponta-estudo.html

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-12/ipea-23-dos-jovens-brasileiros-nao-trabalham-e-nem-estudam