06 abril 2018

POR QUE AINDA PRECISAMOS FALAR SOBRE COMUNISMO?

Como bem observou o reitor da Universidade Positivo, comentarista econômico da Rádio CBN Curitiba e membro do conselho editorial da Gazeta do Povo, José Pio Martins, “os dois maiores resultados do Comunismo sempre foram a escassez de produção e a abundância de sangue”.

Apesar dessas peculiaridades bastante conhecidas, algumas pessoas acreditam que o Comunismo já foi discutido o suficiente, debatido o suficiente, chutado o suficiente, e que não apresenta mais risco algum. Tratam-no como um assunto enfadonho.

Não deveriam.

A mentalidade socialista-comunista encontra-se tão entranhada no raciocínio do brasileiro médio que não causa surpresa quando, ao menor sinal de problema, todos esperam por uma solução que venha do Estado, e não da soma da responsabilidade individual de cada um dos cidadãos.

Esta tal mentalidade “marxista” é essa voz reconfortante que sopra atrás da sua orelha dizendo que seus problemas não são seus exatamente, que existem forças ocultas trabalhando contra seu sucesso, e que o Estado deveria financiar cada uma de suas idéias, cada um de seus desejos e cada um de seus confortos – pois todos estes são seus “direitos por lei”.

Parte desta tolerância confortável que temos com a mentalidade comunista talvez advenha da falta de percepção sobre o que o regime realmente é: uma fraude manipuladora genocida e atroz, com discursos digressivos absolutamente desconectados da realidade e um grau de falsidade que colocaria no chinelo embusteiros como Pinóquio, Victor Lustig (o homem que vendeu a Torre Eiffel), Frank Abagnale ou Marcelo Nascimento da Rocha.

UMA SUCESSÃO DE FALCATRUAS

Segundo Lênin, o comunismo “é a produtividade de operários voluntários, conscientes, unidos, dispondo de uma técnica de vanguarda; uma produtividade elevada em relação à produtividade do trabalho capitalista". 

Cem anos depois, ainda estamos aguardando a tal “elevada produtividade voluntária comunista”: os cinco países comunistas que ainda existem no mundo (China, Coreia do Norte, Vietnã, Laos e Cuba) apresentam um PIB per capta médio equivalente a APENAS 12% (sim, DOZE por cento) daquele dos cinco países mais capitalistas.

A destruição da propriedade privada dos meios de produção e a libertação do trabalho de toda espécie de exploração são uma base firme para o desenvolvimento progressivo da moral comunista”, afirmou Viktor Nikolaevich Kolbanoski em A Moral Comunista (1947), completando: “Não há nada mais progressista, mais digno dos esforços humanos do que servir ao comunismo, que é o regime social mais avançado e o mais justo”.

Será?

Os países comunistas que ainda existem no mundo apresentam um IDH médio de 0,703, ao passo em que os países capitalistas onde o livre mercado é mais forte apresentam um IDH médio de 0,923.

Em outras palavras: o regime social “mais avançado e mais justo” produz sociedades com uma qualidade de vida 31% INFERIOR àquela dos países onde reina o “maldito capitalismo canibalista egocêntrico”.

A moral comunista exige que todas as manifestações de insensibilidade e de burocratismo sejam energicamente combatidas”, escreveu o teórico Kolbanoski. Mas existem governos mais burocráticos e insensíveis ao individualismo que os Estados comunistas? 

De acordo com o ranking de facilidade para fazer negócios, organizado pelo World Bank Group, o Vietnã é o país comunista com a melhor colocação na lista, ocupando a 68ª posição entre 190 países. A China fica em 78º e o Laos, em 141º. Coreia do Norte e Cuba sequer oferecem dados suficientes para determinar o índice. 

Em termos comparativos, dos cinco países mais capitalistas do mundo, três (Nova Zelândia, Singapura e Hong Kong) estão entre os lugares menos burocráticos do mundo para se fazer negócios.

Quanto mais as evidências acumuladas demonstram a mentira e a falsidade interna da moral Comunista, tanto mais sua linguagem oficial se torna hipócrita, na vã tentativa de ocultar sua sequência inacreditável de fraudes.

Disfarçado com peles de altruísmo consequencialista, o Comunismo é mais arrogante, arbitrário e desonesto que qualquer forma de capitalismo jamais foi. 

UMA CATÁSTROFE ESTRANHAMENTE TOLERADA

A maioria das pessoas torce o nariz quando vê uma bandeira nazista – e todos estão certos em agir desta forma. O Nazismo matou 20 milhões de pessoas, incluindo judeus, ciganos, homossexuais, comunistas e indivíduos com deficiências físicas. Entretanto, quantas pessoas torcem o nariz da mesma maneira quando falamos de Comunismo?

Rudolph Joseph Rummel, falecido professor emérito de ciência política e um dos mais aclamados especialistas mundiais em democídio, calculou que o comunismo matou 170 milhões de pessoas apenas no século XX. 

Em seu livro Statistics of Democide: Genocide and Mass Murder since 1900, publicado em 1998, Rummel afirma que todas as guerras ocorridas entre 1900 e 1987 custaram a vida de aproximadamente 34 milhões de pessoas – contabilizados aí os óbitos da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, da Guerra da Coreia e das Revoluções no México e na Rússia. Para efeito de comparação, Mao TseTung, por meio de seu regime, foi responsável por duas vezes mais mortes que todas estas guerras ajuntadas. 

Ainda que o comunismo tenha ceifado a vida de dezenas de milhões de pessoas e ser completamente ineficiente na maioria dos indicadores em que se autoafirma “campeão”, ele é capaz de operar uma mágica e não ser considerado hediondo pelo consciente coletivo. 

Com uma frequência assombrosa, o Comunismo é ensinado nas escolas e nas faculdades como um sistema “teoricamente bom” (o nazismo era “teoricamente bom”?), não tendo obtido o merecido sucesso simplesmente por ter sido “mal executado”. 

O Comunismo não deveria ser motivo de risos sardônicos, gracejos, esperanças preguiçosas, idealizações românticas ou qualquer tipo de idolatria: ele deveria ser incriminado como uma catástrofe horrenda, como uma das maiores bestialidades que a humanidade já produziu e assistiu – e tratado agressiva e diligentemente de acordo com todos os seus espólios de maldade.

Pare de aliviar a barra para este monstro.

Nenhum comentário: