Há alguns anos, o anacrônico Conselho Federal de Medicina (CFM) vem discutindo o uso de placebos em pesquisa clínica. Como é de praxe, o CFM posicionou-se em sintonia ao fisiologismo corporativista tão em moda nesse século de retrocessos e, em suas oficinas de debates, alinhou-se messiânica e unilateralmente ao proposto na versão de 2008 da Declaração de Helsinque - que condena veementemente o emprego de placebos.
Em um excelente artigo, lúcido e realista, pesquisadores do Laboratório de Endocrinologia Molecular e Translacional da USP ergueram uma voz quase solitária em defesa do método científico, propondo uma customização no emprego de placebos. O texto é extremamente recomendada para profissionais de saúde.
Realmente desanimador ver como o CFM, a Associação Médica Brasileira e a Associação Médica Mundial se destacam como os arautos da nova ciência humanista do Século XXI – que mais se assemelha a uma religiosidade romântica e ingênua do Século XVI. Estamos regredindo rapidamente para antes do Iluminismo.
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