06 maio 2017
O SUPRA SUMO HUMANO
Somos o supra sumo da natureza ou apenas gentilmente nos nomeamos assim?
Segundo Michael Shermer ("Cérebro & Crença), "a inteligência é o resultado previsível dos poderes da natureza, por que apenas uma espécie hominídea conseguiu sobreviver por tempo suficiente para fazer a pergunta: O que aconteceu com aqueles australopitecos bípedes e usuários de ferramentas: anamensis, afarensis, africanus, aethiopicos, robustus, boisei e garhi?
O que aconteceu com aqueles homos de grande cérebro produtores de cultura: habilis, rudolfensis, ergaster, erectus, heidelbergensis e neandertalenses? Se os cérebros eram tão grandes, por que todas essas espécies, menos uma, foram extintas?
Historicamente, experimento após experimento encontramos a mesma resposta: somos um feliz acaso da natureza, uma singularidade da evolução, uma gloriosa contingência.
É tentador cair na velha armadilha de todos os animais buscadores de padrões: escrever a própria história como padrão central, para encontrar propósito e significado nesse cosmo gloriosamente contingente. Mas o alarme dos céticos deve soar sempre que alguém afirmar que a ciência descobriu que nossos desejos mais profundos e nossos mitos mais antigos são verdadeiros.
Se existe uma inevitabilidade nessa história, é que o animal que busca um propósito se descobrirá como o propósito da Natureza" - e essa é a ideia egoísta que está no núcleo de todas as crenças em deuses sagrados e toda fé de cunho religioso e antropogeocêntrico.
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