© Dr. Alessandro Loiola
Será que a saúde mental de um bebê pode ser afetada pela qualidade da alimentação materna durante a gravidez e sua própria alimentação nos primeiros anos de vida?
Para responder a essa pergunta, mais de 20 mil gestantes norueguesas foram acompanhadas entre 1999 e 2008. Os resultados foram surpreendentes.
As causas dos transtornos comportamentais e emocionais em adultos jovens são muitas e variadas. Identificar os fatores de risco para essas anormalidades tem ocupado a cabeça dos cientistas há um bom tempo. Quase sempre, as pesquisas enfatizavam fatores psicossociais, tais como a qualidade da atenção dos pais, o nível de estresse no núcleo familiar e a presença de transtornos mentais na família. Finalmente, alguém fez uma pergunta diferente e partiu em busca de novas respostas.
O estudo norueguês mostrou, sem muita sombra para dúvidas, que uma dieta não-saudável durante a gravidez e na tenra infância aumenta o risco de produzir crianças com problemas de conduta oposicional e desatenção. Os resultados poderiam ser explicados pelo impacto da falta de nutrientes estratégicos durante a fase de crescimento e maturação do cérebro, mas para provar quais nutrientes e de que modo isto ocorre ainda serão necessárias mais pesquisas.
Atualmente, existe um movimento para explicar os transtornos mentais e somáticos utilizando os mesmos mecanismos que determinam a boa saúde de um modo geral. Ao sugerir que a alimentação tem um papel tão crucial no desenvolvimento do cérebro, este estudo reforçou esta tendência, abrindo uma enorme janela para intervenções profiláticas e a própria compreensão de bem-estar.
03 outubro 2014
A alimentação e o cérebro do bebê
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