14 fevereiro 2016

Impotência Sexual Masculina para Mulheres

© Alessandro Loiola


A Disfunção Erétil, popularmente conhecida como Impotência Sexual Masculina, afeta cerca de 10% dos homens e pode causar um desgaste enorme na qualidade de vida do casal, resultando em sentimentos de abandono, frustração, angústia, ansiedade ou raiva.

Infelizmente, por mais compreensiva que uma mulher seja, ela jamais poderá compreender completamente a impotência sexual a partir da perspectiva do homem. Uma mulher pode fingir um orgasmo, mas um homem jamais conseguirá fingir uma ereção. É por isso que aqueles que sofrem de Disfunção Erétil procuram sempre as desculpas mais esfarrapadas e, quando são confrontados com o problema, tendem a se sentir culpados e inseguros. Eles não têm como ou onde se esconder.

O pior – e mais triste – da história da Disfunção Erétil é que a imensa maioria dos homens se esquece na hora daquilo que AINDA é capaz de fazer: criar um clima sensual, beijar, ser agradável, romântico, etc. O fundo da verdade é que muitos não estão preocupados em dar prazer para sua parceira. Querem apenas provar para si mesmos que ainda são Homem com H maiúsculo. Ter uma ereção confiável é como um carimbo de qualidade no subconsciente masculino: “ainda sou macho!”. Lamentável.

Vez ou outra, atendo homens no consultório procurando tratamento para a Disfunção Erétil sem conhecimento de sua esposa ou parceira. É óbvio que boa parte destes casos não possuem um bom resultado terapêutico. Os mais bem sucedidos são aqueles que vêm ao consultório acompanhados. A avaliação do casal, a compreensão mútua do que está acontecendo e do que pode ser feito, é a chave para o sucesso.

Se você tem um exemplar desses em casa e deseja ajudar, minha recomendação é: procure um bom momento e pergunte diretamente “O que eu posso fazer para lhe ajudar?”.

Determinar exatamente qual é este momento é uma decisão delicada, mas vale a tentativa. Caso ele negue o problema, insista, mantenha uma atitude positiva, apele para os sentimentos de “macho protetor” que ainda existem sob aquela couraça. Por exemplo, você pode abordar a situação dizendo “eu tenho um problema e preciso que você me ajude”. E o seu problema é o fato dele ter um problema que afeta vocês dois.

Você também pode iniciar uma conversa sobre a Disfunção Erétil falando dos seus sentimentos: “tenho me sentido mais sozinha ultimamente” e etc, e emende daí o motivo da sua solidão. Abordar o problema a partir de como você se sente em termos emocionais ajuda a retirar o homem da defensiva. Em uma relação onde existe amor, o desejo dele em vê-la bem o tornará capaz de contornar muitos obstáculos – inclusive o embaraço de admitir que sofre de Disfunção Erétil.

Se vocês têm uma linha de diálogo mais franca e você sentir que é possível, vá direto ao ponto: pergunte se ele sabe de alguma clínica ou médico especialista em Disfunção Erétil. Atualmente, mais de 80% dos casos de impotência crônica são causados por problemas físicos, orgânicos, que podem ser tratados. Por que continuar perdendo tempo?


Qualquer que seja o caminho que você tomou, assim que você conseguir convencê-lo a ir a um médico, vá junto. Não sei como, mas dê um jeito. Sua presença no consultório na primeira avaliação será essencial. Se você o deixar ir sozinho, ele vai terminar dizendo ao médico que passou só para checar a pressão, contará duas piadas e não dará uma palavra sobre o problema. O tempo passou, mas ele continua terrível, eu sei.

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