03 junho 2016

A Sociedade Emasculadora

© Alessandro Loiola


Vivemos uma cultura "moderna" que sistematicamente degrada a virilidade. Nossos valores involuíram a um tal ponto em que a sociedade espera que o homem aceite de bom grado o papel de serviçal infantilizado, assistente sensível, subserviente e emasculado. Do outro lado, a mesma sociedade há décadas vem ensinando à mulher que ser "esperta e descolada" significa ser "rude e debochada" em relação à masculinidade. 

Não muito tempo atrás, eu estava na fila do cinema e ouvi duas mulheres conversando:
- Puxa, amiga, tempo que não te vejo!
- Tem mesmo. Terminei ficando mais em casa no final da gravidez. Mas graças a deus correu tudo bem e ela nasceu com saúde.
- Quer dizer que você tinha um filho e agora teve uma filhinha?
- Sim.
- Puxa, que sorte, você ficou com um casal! Apesar de quê, criar uma menina é bem mais difícil que criar um menino, né?

Fiquei pensando com meus botões: em que Século essas mulheres vivem? Porque, de onde eu enxergo, criar um menino é tarefa das mais difíceis nos dias de hoje: tudo que um menino faz e diz e pensa e sente é considerado completamente errado do ponto de vista de nossa sociedade metrossexual. 

Veja: os Homens tem essa inclinação surpreendente para serem e se comportarem como Homens, mas este traço de personalidade vem sendo tratado como uma espécie de maldição pelos padrões de aceitação social atuais. 

O resultado dessa distorção da Masculinidade está produzindo uma geração de homens jovens que serão inuteis como Homens, pois foram ensinados desde a tenra infância a negar e repelir cada um de seus instintos biológicos. Então, depois que tivermos destruído a virilidade desses meninos, nós, como sociedade, nos queixaremos que os homens não têm mais ímpeto, bravura, ambição, resiliência, estoicismo, instinto protetor ou "pegada".

Não há nada engraçado nisso. É, sim, preocupante.

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